O coletivo Bitonga Travel, criado em São Paulo no ano de 2018, busca fortalecer o protagonismo das mulheres negras no turismo, além de incentivá-las e auxiliá-las através de uma rede de apoio e troca de experiências. Esta iniciativa ocorre porque a figura da mulher turista tem sido representada como uma pessoa branca, enquanto a pessoa negra é vista como uma trabalhadora que atua nos bastidores ou em atividades subalternas. Este artigo pretende entender os desafios enfrentados pelas mulheres negras do coletivo Bitonga Travel enquanto turistas e as discussões sobre racismo e gênero se fazem importantes. Foi realizada uma pesquisa qualitativa com a aplicação de questionários com 35 mulheres e a realização de entrevistas semiestruturadas com 03 mulheres, das 116 mulheres negras participantes da Bitonga Travel. Foi possível traçar um perfil dessas mulheres e perceber que o racismo, o machismo e o sexismo são problemas presentes nos relatos dessas viajantes. Portanto, é de extrema importância pensar em uma atividade turística mais inclusiva e que promova estratégias para o combate ao racismo, ao machismo e ao sexismo.
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