Objetivo: Realizar uma análise epidemiológica acerca do suicídio, dentre os gêneros, na região metropolitana de Maceió, ao longo de 20 anos (2000 até 2019). Métodos: Estudo ecológico observacional e transversal, realizado com amostra de 693 vítimas de suicídio residentes na região metropolitana de Maceió, entre ambos os gêneros. Foi utilizado como fonte de informação os dados de Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, disponibilizados pelas plataformas do DATASUS. Os dados foram analisados pela estatística temporal e espacial descritiva e pela análise inferencial de tendência de Mann-Kendall, adotando nível de significância de 5%. Resultados: Do total de suicídios, 77,5% (537) eram do gênero masculino e 22,5% (155) eram mulheres. A taxa média para a região metropolitana foi de 2,2 por 100.000 habitantes, sendo 3,3 por 100.000 para homens e 1,0 por 100.000 para mulheres. Houve incremento significativo das taxas entre os anos de 2000 e 2009 para a população em geral (p = 0,03) e para o gênero feminino (p = 0,01). Conclusão: Os homens foram as principais vítimas de suicídio com taxas mais altas e estáveis, já para o sexo feminino enquanto que houve incremento significativo das taxas para o sexo feminino entre 2000 e 2009.
Objetivos: Apresentar resultados do eixo 2 do projeto DVEAL. Neste artigo é comparado o padrão epidemiológico do estupro de crianças/adolescente em relação aos adultos. Métodos: Delineou-se uma investigação observacional e retrospectiva incluindo 380 registros de violência sexual no Instituto Médico Legal, entre 2016 e 2018. Por meio de regressão logística binária e múltipla calculou-se a chance de violência por faixa etária, associando os possíveis fatores relacionados. Resultados: Metade das vítimas estupradas possuíam até 13 anos de idade, com média de 14 anos, e 9 em cada 10 casos eram de mulheres/meninas vitimadas. O padrão do estupro identificado foi de vítimas: em situação conjugal solteira; estudantes, abusadas por conhecidos; que realizaram exame pericial entre 1-7 dias; abusadas durante a madrugada; e em região genital. Cerca de 8 em cada 10 casos foram estupros confirmados pela perícia, o restante foi via relato oral. O modelo final identificou dois fatores mais associados a violência sexual em crianças/adolescentes. Conclusões: O padrão de vitimização sexual no estado impacta significativamente crianças e adolescentes, e principalmente o gênero feminino.
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