A teoria traçada neste trabalho gira em torno do axioma enunciativo de Benveniste (2005; 2006; 2014): enunciação é o colocar em funcionamento a língua por um ato individual de utilização. Com base em uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, realizada em duas capitais nordestinas, Recife e Salvador, baseada nas orientações de Cardoso (2010) e nos estudos de Benveniste (2005; 2006), identificamos nuances que permeiam a fala de dois espaços próximos, mas, que ao mesmo tempo, com características socioculturais distintas. Nosso objetivo é revelar que a enunciação possui valores semióticos e semânticos, que marcam o sujeito no discurso, destacando o dialeto não apenas como traço linguístico de uma comunidade, mas carregado de sentido para os usuários da língua, que ao mesmo tempo reafirma a sua identidade cultural.
do Vale Deissler** Resumo: Associada muitas vezes ao autismo em virtude da similaridade dos sintomas (SCHWARTZMAN et al., 1995; DIAMENT; CYPEL, 1996), a Síndrome do X-Frágil (SXF) é caracterizada, sobretudo, por déficit cognitivo acompanhado por alterações comportamentais e sensório-motoras, distúrbio de aprendizagem, comprometimento físico e de linguagem. Esta é marcada por atraso em sua aquisição, omissões, substituições e distorções fonéticas, ecolalia, holofrase, frases curtas, pausas e hesitações, frequentes interjeições e monólogos. Este artigo objetiva discutir o caráter contemporâneo da língua portuguesa e o processo de identificação na linguagem em um contexto multilíngue como fundamentais para a apropriação de uma língua por um sujeito diagnosticado com SXF. Baseamos nossas discussões na Teoria da Enunciação de Émile Benveniste (2005, 2006) e nos estudos de Silva (2009), que analisa por uma perspectiva enunciativa a relação língua, linguagem e sujeito. Percebemos que a língua portuguesa foi utilizada em ocasiões específicas, marcando produções singulares em português, alemão clássico e
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