Delirium é uma síndrome neurocognitiva aguda relativamente comum e grave que se caracteriza por desatenção, consciência alterada, disfunção cognitiva e curso flutuante, e pode levar à mortalidade, declínio funcional, institucionalização e demência, com maior incidência nos pacientes mais velhos. Pacientes hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e em uso de ventilação mecânica (VM), quando sedados em excesso, possuem maior duração de permanência na UTI, aumento da duração da VM, maior incidência de delirium e mortalidade. Estudos apontam que a dexmedetomidina reduz a incidência de delirium em pacientes adultos hospitalizados na UTI e em uso de ventilação mecânica quando comparada com outros sedativos. Desse modo, o objetivo do estudo é comparar a dexmedetomidina e outros sedativos na prevenção de delirium nos adultos em ventilação mecânica. Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, do tipo quantitativa, que utilizou as plataformas do PubMed, SciELO e Cochrane Library como bases de dados para seleção dos artigos, todos na língua inglesa. Foram utilizadas literaturas publicadas com recorte temporal de 2017 a 2022. De acordo com as literaturas analisadas, conclui-se que, quando comparado com outros sedativos gabaminérgicos, como os benzodiazepínicos e o propofol, a dexmedetomidina diminui significativamente a incidência de delirium nos pacientes adultos em ventilação mecânica na UTI, com melhora da capacidade de despertar do paciente, preservação do desempenho cognitivo e redução do risco de depressão respiratória. Desse modo, pesquisas futuras sobre as propriedades farmacológicas da dexmedetomidina podem ajudar a determinar se esta droga possui propriedades neuroprotetoras intrínsecas, sendo assim, tal descoberta facilitaria o desenvolvimento de análogos com menos efeitos colaterais cardiorrespiratórios, tendo em vista seu efeito hemodinâmico, com bradicardia e possível hipotensão associadas.
O crescente aumento do seu uso no começo do século XXI, os ansiolíticos vêm se tornando a “porta de fuga” para nova e também velha geração. Geração essa, que cada vez mais vem sendo consumida por distúrbios de ansiedade, insônia e quadros depressivos de forma exponencial. (Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – 2019). Este trabalho, avalia o uso e possível dependência psicológica dos benzodiazepínicos, a partir de um levantamento bibliográfico de forma sistemática de pesquisas dentro da literatura científica acerca do assunto.
IntroduçãoA International Classification of Headache Disorders define a cefaleia pós-punção dural (CPPD) como aquela que ocorre em até cinco dias após punção lombar (PL), causada por vazão de licor através do ponto de punção na dura-máter. Possui como fatores de risco ser adulto jovem, sexo feminino, gestante, história prévia de CPPD, maior calibre da agulha e/ou bisel cortante. O objetivo deste estudo é buscar as atuais opções terapêuticas e preventivas da CPPD, averiguando a segurança e a eficácia destas.MetodologiaFoi feita uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PubMed, com os descritores: “Post-Dural Puncture Headache AND (Prevention OR Treatment)”. Selecionou-se apenas os ensaios clínicos e os estudos randomizados publicados integralmente em inglês nos últimos 10 anos. Excluiu-se os estudos duplicados e aqueles que não se enquadravam nos objetivos da revisão, restando 13 artigos.ResultadosUm ensaio clínico multicêntrico randomizado concluiu que a aminofilina, metabólito ativo da teofilina, pode ser útil não só no tratamento, como também na prevenção da CPPD, pois associou-se com redução da intensidade da dor, com escores positivos na Impressão Global de Mudança para o Paciente e sem evidência de grandes efeitos adversos. Em acordo, um estudo realizado com gestantes, demonstrou redução significativa da incidência de CPPD com pré-administração de 250 mg de aminofilina durante cesariana eletiva sob anestesia combinada raqui-peridural. Também, outro ensaio duplo-cego, randomizado, com 61 mulheres, observou que a incidência de cefaleia pós-punção dural foi de 78% no grupo de morfina intratecal e de 79% no grupo de solução salina intratecal, não havendo diferenças significativas entre os grupos no início, duração ou gravidade da dor. Além disso, muitos estudos citaram o bloqueio do gânglio esfenopalatino (BGE) como seguro e eficaz no manejo da CPPD, sendo que um deles evidenciou que os pacientes que realizaram esse procedimento com 0,3 ml de bupivacaína a 0,5%, apresentaram uma queda significativamente na escala de dor, 15 e 30 minutos após administração do tratamento, durando por 24h após o procedimento.ConclusãoA aminofilina e o BGE se mostraram seguros e eficazes como opção terapêutica da CPPD, sendo que o primeiro também mostrou bons resultados como opção profilática. Já a morfina e solução salina intratecais não diminuíram significativamente a incidência ou a gravidade desse tipo de cefaleia.
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IntroduçãoA cefaleia tensional (CTT) é o tipo mais comum de cefaleia primária, sendo caracterizada por ataques dolorosos em aperto, tipicamentebilaterais, com duração de horas ou dias, prejudicando significativamente as atividades diárias dos seus portadores. Tendo em vista as mudanças na etrutura etária da população e a importância da medicina moderna oferecer uma melhor qualidade de vida (QV) para o idoso, o objetivo deste estudo é buscar as formas de tratamentos atuais mais eficazes no manejo da CTT nesses pacientes.Material e MétodosFoi realizado uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PubMed, com os descritores: “Tension headache AND Elderly”. Foram usados os filtros: relatos de caso, ensaio clínico, metanálise, últimos 5 anos, idade acima de 65 anos. Excluiu-se os trabalhos que não se enquadravam nos objetivos.ResultadosUm estudo prospectivo concluiu que a combinação do tratamento medicamentoso padrão com o tratamento cognitivo-comportamental (TCC) para CTT foi capaz de diminuir a intensidade e a frequência da cefaleia, além dos prejuízos específicos como a depressão e as mudanças cognitivas relacionaas à dor. Foram incluídos no TCC: a psicoeducação, relaxamento muscular progressivo, estratégias de enfrentamento da dor e do estresse. Outro estudo evidenciou que a toxina botulínica A (TXB-A), quando aplicada nos músculos frontal, risório, abaixador do ângulo da boca, zigomático maior e menor e orbicular do olho, mostrou-se eficaz no tratamento da CTT causada por espasmo hemifacial (EHF), apresentando melhora significativa da cefaleia, em grau e frequência, em 70,6% dos pacientes. Em consonância, outro estudo relacionou o uso de TXB-A com a diminuição do consumo de triptano e redução da gravidade e frequência da cefaleia em pacientes com CTT. Ademais, dois ensaios clínicos apontaram que a técnica de inibição dos músculos suboccipitais esteve associada a uma melhora significativa na QV e nas dimensões física e emocional dos pacientes idosos com CTT episódica ou crônica, tanto durante como no pós-tratamento. Por fim, a acupuntura como opção terapêutica da CTT apresentou rsultados divergentes na literatura analisada.ConclusãoPercebeu-se eficácia significativa da TXB-A, da TCC e da técnica de inibição dos músculos subboccipitais na redução da intensidade e frequência da dor em idosos com CTT. Além disso, necessita-se de estudos de maior rigor científico para analisar o papel da acupuntura nesses pacientes.
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