Este estudo teve como objetivo realizar uma análise epidemiológica de casos da Doença de Chagas registrados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) no Brasil no período compreendido entre 2009 a 2019. Nas quais as variáveis aplicadas foram: ano, mês, região de notificação, modo provável de infecção, faixa etária, gênero e evolução. No período estudado foram registrados, no território brasileiro, 2.821 casos confirmados da Doença de Chagas, onde foi possível observar uma crescente número de casos. O ano de 2018 destacou-se como o de maior incidência até o atual momento, tendo como modo provável de infecção a transmissão via oral que representou 85,6% das notificações totais, com evidência a partir do ano de 2014 e sendo o açaí o causador dessa mudança no cenário de transmissão. A curva epidemiológica de notificações por mês evidenciou um padrão de distribuição sazonal, devido os picos nos meses de outubro e declives durante os meses de março, correferindo com as características do vetor e safras de açaí. As maiores taxas de incidência ao longo dos anos ocorreram na Região Norte, onde apresentou 98,8% no ano de 2016, fato esse justificado devido ao alto consumo do fruto no estado do Pará. Os indivíduos mais acometidos foram os do sexo masculino, em uma faixa etária compreendida entre 20-59 anos, sendo esta a população economicamente ativa. Apesar das variáveis com valores espantosos, 1,45% dos pacientes chagásico evoluíram para óbito evidenciando a baixa relação da doença de Chagas com a mortalidade. É necessário reconhecer a amplitude do quadro e atuar em diferentes frentes para que estes índices diminuam. Sendo notório a estruturação de uma vigilância epidemiológica e sanitária na região mais acometida, a necessidade de ações de conscientização e educação para a população.
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