Os trabalhadores de enfermagem enfrentam inúmeros sofrimento psicológico, estando expostos a uma variedade de elementos geradores de desgaste. Para se manterem saudáveis os profissionais desenvolvem estratégias e fatores protetivos como a resiliência. Este estudo teve por objetivo avaliar a resiliência entre profissionais de enfermagem de setores de emergência no município de São José do Rio Preto (SP) e comparar com o número de vínculos empregatícios. Trata se de um estudo quantitativo, descritivo, correlacional e transversal, que utilizou os instrumentos de coleta de dados Questionário de Variáveis Sociodemográficas e Profissionais e a Escala de Resiliência de Wagnild & Young. Participaram do estudo 144 profissionais entre auxiliares, técnicos e enfermeiros. Nos resultados, dos 144 participantes, 18 (12,5%) trabalham mais do que 44 horas semanais, 29 (20,1%) trabalhando em mais de um turno e 33 (22,9%) acumulam, sendo 30 (20,8%) com 2 e 3 (2,1%) com 3 vínculos; dos que acumulam 21 (14,6%) colocam a necessidade financeira como motivação e 12 (8%) a busca por melhor remuneração. Altos índices de resiliência (média de 136,4) entre os participantes, sem diferença significativa com o número de horas trabalhadas (p = 0,438), turno de trabalho (p = 0,959) ou número de vínculos empregatícios (p = 0,390). Pode se concluir que os profissionais de enfermagem deste estudo exibem elevados níveis de resiliência, mesmo com a desgastante rotina, demonstrando amor, orgulho e comprometimento profissional, independente de jornada de trabalho, turnos de trabalho e número de vínculos empregatícios, entre outros.
OBJETIVOS: Rastrear a presença de transtornos mentais menores, avaliar os níveis de resiliência em profissionais de enfermagem de serviços de emergência e unidades de internação e verificar possíveis associações entre essas variáveis e o perfil sociodemográfico e profissional. MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo, correlacional e transversal. Participaram 203 profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem), do interior do estado de São Paulo. A coleta dos dados foi realizada por meio de instrumento de caracterização sociodemográfica e profissional, o Self-Report Questionnaire (SRQ-20), e da escala de resiliência. RESULTADOS: Prevalência global dos transtornos mentais menores de 31%, menor em profissionais de maior idade e do sexo masculino. Resiliência elevada, com valores médios de 136,4 (±20,1) pontos. Maior idade e atuação em unidades de emergência obtiveram escores mais elevados de resiliência. Menores escores de resiliência estiveram associados a maior possibilidade de transtornos mentais menores neste estudo. CONCLUSÕES: Resiliência pode ser considerada fator de proteção contra os transtornos mentais menores em profissionais de enfermagem. Estratégias efetivas devem ser levadas em conta para mudar esse cenário de adoecimento de parte significativa da equipe de enfermagem.
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