Introdução: Bacillus sp. é um gênero de bactéria conhecido por possuir espécies promotoras de crescimento de diversas culturas agrícolas. Objetivo: avaliar a utilização deste grupo para promoção de crescimento de mudas de Solanum lycopersicum (tomate) e Capsicum annuum (pimentão). Material e Métodos: foram utilizadas mudas das duas hortaliças e 18 cepas de Bacillus sp. Assim, foram determinados 18 tratamentos e um tratamento controle para cada hortaliça, com seis repetições para cada tratamento. As mudas foram transplantadas para recipientes de 500 mL contendo substrato e mantidas em condições de casa de vegetação. Foram realizadas suspensões bacterianas com concentração ajustada para 0,5 (OD 600 nm) e em seguida inoculadas próximo ao sistema radicular. Para o tratamento controle foi utilizado solução salina (0,85% NaCl). Após 21 dias foi realizada a reinoculação. As análises foram feitas aos 7, 14, 28 e 42 dias após a primeira inoculação, sendo analisados: número de folhas, clorofila a, b e total, diâmetro do caule, comprimento da parte aérea, área foliar, comprimento e volume da raiz e massa seca da parte aérea e raiz. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e quando significativos (P<0,05), as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade, utilizando o software estatístico Sisvar. Resultados: Para o tomate, 4 tratamentos tiveram destaque, T5, T15, T16 e T17, com aumento do teor de clorofila a, b e total (28 e 42 dias) e diâmetro do caule (42 dias). Os dados obtidos com 7 e 14 dias não foram estatisticamente significativos, evidenciando que as mudas de tomate precisaram da reinoculação para obter incremento em relação ao tratamento controle. Já para o pimentão, os melhores tratamentos foram: T3, T6, T8 e T18, com incremento da clorofila b (7 dias), número de folhas (14 dias), área foliar e diâmetro do caule (28 dias). Os dados obtidos aos 42 dias da inoculação não foram significativos, evidenciando que os inóculos promovem o crescimento do pimentão apenas nos estágios iniciais de desenvolvimento. Conclusão: Os melhores tratamentos de tomate e pimentão, apresentados, devem ser utilizados em consórcio para aumentar a produtividade vegetal de forma sustentável.
Espécies silvestres de Manihot apresentam alta resistência a fatores bióticos e abióticos, além de possuírem genes de interesse para o melhoramento genético, que visam o aumento da produção de variedades comerciais como Manihot esculenta Crantz. Estacas de algumas espécies de Manihot não produzem brotações e é necessário o plantio de sementes para o desenvolvimento dos trabalhos de micropropagação. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a germinação de sementes de espécies de Manihot em ambiente telado. O trabalho foi conduzido em dois experimentos separadamente. O experimento 1 foi desenvolvido na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus Juazeiro-BA. Foi utilizado como material vegetal 90 sementes de M. glaziovii, M. cartaginensis, M. caerulescens, M. flabelifolia, M. peruviana e M. irwinii, 15 sementes de cada espécie. As sementes foram plantadas em recipientes de 200 mL contendo areia lavada. O experimento 2 foi conduzido na Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas- BA. Como material vegetal foram utilizadas 36 sementes de M. anomala, M. peruviana e M. dichotoma, 12 de cada espécie. As sementes foram plantadas em tubetes contendo substrato comercial Vivatto, terra vegetal e areia lavada (1:1:1). Após 60 dias foi avaliado o percentual de sementes germinadas. No experimento 1, apenas as espécies M. glaziovii e M. caerulescens apresentaram sementes germinadas, com um percentual de 13,3% de germinação cada. No experimento 2, houve germinação de sementes para todas as espécies, com 8,3% para M. peruviana e M. dichotoma e 16,6% para M. anomala. Todos os tratamentos tiveram baixa viabilidade das sementes, o que não corrobora com trabalhos anteriores que mostram alta viabilidade de sementes de mandioca silvestre mesmo após seis anos de armazenamento. Sendo assim, pode-se inferir que as sementes de Manihot utilizadas neste trabalho perderam a capacidade de germinar, apresentando baixo percentual de germinação nos dois experimentos. Com isso, surge a necessidade de aprofundamento nas análises para entender os motivos da dificuldade de germinação dessas sementes.
A utilização de microrganismos na agricultura desponta como uma promissora tecnologia, em especial com a utilização de bactérias do gênero Bacillus. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de diferentes cepas de Bacillus sp. consorciadas para a promoção de crescimento de mudas de Solanum lycopersicum (tomate) e Capsicum annuum (pimentão). Foram utilizadas 4 cepas de Bacillus sp. para pimentão e 4 cepas para tomate, selecionadas previamente com base na capacidade de promoção de crescimento das hortaliças. Assim, foram determinados, para cada hortaliça, 11 tratamentos a partir da combinação de cepas (duas, três ou quatro cepas consorciadas) e um tratamento controle, cada tratamento com 6 repetições. As mudas de tomate e pimentão foram transplantadas para recipientes de 500 mL contendo substrato e mantidas em casa de vegetação. As cepas tiveram suas concentrações ajustadas para 0,5 (OD 600 nm), consorciadas e inoculadas próximo ao sistema radicular. Para o tratamento controle foi utilizado solução salina (0,85% NaCl) e após 14 dias foi realizada a reinoculação. As análises foram feitas aos 28 dias após a primeira inoculação, sendo analisados: quantidade de folhas, clorofila a, b e total, diâmetro do caule, comprimento da parte aérea, área foliar, comprimento e volume da raiz e massa seca da parte aérea e raiz. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e quando significativos (P<0,05), as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade, utilizando o software estatístico Sisvar. Para o tomate, o tratamento T11, com 4 cepas de Bacillus sp., apresentou os melhores resultados para clorofila b, comprimento da parte aérea, área foliar, volume da raiz e massa seca da raiz, em relação ao tratamento controle. Para o pimentão, 3 tratamentos diferiram estatisticamente do controle, T5 com 2 cepas, T7 com 3 cepas e T11 com 4 cepas, ambos os tratamentos com resultados para clorofila a, massa seca da parte aérea e massa seca da raiz. Os resultados confirmam a eficiência do consórcio de cepas do gênero Bacillus na promoção de crescimento de mudas de tomate e pimentão, o que resulta na geração de produtos biotecnológicos para a horticultura.
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