ResumoO objetivo deste artigo é descrever o processo de implementação e avaliação do Viva Mais! -o programa de preparação para aposentadoria (PPA) de uma Universidade pública brasileira. Para tal, utilizou-se um modelo lógico baseado em insumos, produtos, resultados, pressupostos e fatores externos. Treze participantes inscritos foram divididos em dois grupos que receberam 24 horas de intervenção informativa e vivencial durante oito semanas. Os temas basearam-se nos preditores do envelhecimento bem-sucedido. Utilizou-se a análise de conteúdo para interpretar as respostas dos participantes nas entrevistas de avaliação de resultados. Os dados demonstraram que o principal objetivo do programa -promover o bem-estar, a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores da Universidade -foi alcançado. Palavras-chave: Pré-aposentadoria, aposentadoria, envelhecimento, intervenção, avaliação AbstractThe aim of this paper is to describe the process of establishment and evaluation of Live More! -the retirement planning program of a Brazilian public university. A logic model based on inputs, outputs, results, assumptions and external factors was used. Thirteen employees were divided into two groups receiving 24 hours of informative and experiential intervention during eight weeks. The topics' selection was based on the predictors of successful aging. Content analysis was adopted to interpret the participants' answers in the evaluation interviews. Results demonstrated that the main goal of the program -to promote workers' well-being, health and quality of life -was achieved. Keywords: Pre-retirement, retirement, aging, intervention, evaluation. Transições no âmbito da formação profi ssional e do trabalho são esperadas desde a juventude até o envelhecimento. Incluem, por exemplo, concluir o ensino médio ou superior e ingressar no primeiro emprego; mudar de um trabalho para outro em um mesmo ramo ou em ramo distinto; deixar o trabalho por diversas razões, como mudança geográfi ca, desemprego ou aposentadoria e retornar às atividades laborais após um período de afastamento (Fouad & Bynner, 2008). Todas estas transições podem requerer adaptação e resultar em algum grau de estresse. Por isto, constituem-se em momentos oportunos para a implantação de ações de prevenção ou promoção de saúde mental (Muñoz, Mrazek, & Haggerty, 1996).Dentre estas transições relativas ao trabalho, a aposentadoria tem se confi gurado como uma das mais discutidas Endereço para correspondência: Universidade de Brasí-lia, Campus Darcy Ribeiro, Departamento de Psicologia Clínica, Instituto de Psicologia, 70.910-900, ICC/Sul, Brasília-DF, Brasil. E-mail: giardini@unb.br por diferentes segmentos da sociedade, incluindo pesquisadores das áreas de trabalho, saúde e envelhecimento, profi ssionais de gestão de pessoas, e formuladores de políticas públicas em saúde do trabalhador e/ou envelhecimento. Neste contexto, um dos focos investigados é o impacto da aposentadoria sobre a saúde mental dos aposentados e os fatores que facilitam ou difi cultam o ajustamento a ...
RESUMO -Este estudo investigou os lugares favoritos, os lugares evitados e os afetos a eles relacionados como exemplos de estratégias de regulação das emoções. Um total de 340 participantes (169 homens e 171 mulheres), com idades entre 60 e 90 anos, residentes em Brasília e Natal, responderam individualmente a uma entrevista semi-estruturada, indicando os lugares favoritos quando se sentem alegres e quando não se sentem alegres, os lugares evitados e as razões para tais escolhas. Os resultados apontam preferência por ambientes facilitadores de interação social quando se sentem alegres e, em seguida, a sua própria casa. Essas preferências se invertem, quando não se sentem alegres, sendo indicado também que lugares agitados e cheios de estimulação são evitados. Foram encontradas mais similaridades do que diferenças quanto ao local de residência e poucas diferenças quanto ao gênero. Os resultados são discutidos em termos da perspectiva do curso de vida, bem como da influência recíproca pessoa versus ambiente.Palavras-chave: lugar e auto-regulação emocional; idosos; psicologia do desenvolvimento; psicologia ambiental. The Place of Affect, the Affect for the Place: What do the Elderly Say?ABSTRACT -This study investigated the favorite and the avoided places, as well as the affects related to them as examples of environmental strategies of emotional regulation. A total of 340 participants (169 male and 171 female), between 60 to 90 years old, living in two Brazilian capitals, Brasília and Natal, responded individually to a semi-structured interview about their favorite places when they are happy and unhappy, the places they avoid and the reasons for these choices. The results point out to preferences, when they are happy, for environments that allow for social interaction and, next, for their own homes. When the respondents are not happy, the order of those preferences is reverse, and they refer also to places that are agitated and full of stimulation as avoided. It was found more similarities than differences with respect to place of residence, and few differences regarding to gender. Results are discussed in terms of the lifespan perspective as well as the reciprocal influence between person versus environment. Keywords: place and emotional self-regulation; elderly; developmental psychology; environmental psychology. No passado recente, pessoas acima de 60 anos formavam um grupo minoritário da população mundial. A explosão demográfica verificada na segunda metade do Século XX, aliada aos avanços na área da saúde, superou os vaticínios mais otimistas de que os indivíduos podem viver mais e, quem sabe, melhor.O aumento deste segmento da população tem despertado crescente interesse científico para a compreensão das dimensões do processo de envelhecimento. Apoiando-se em idéias ligadas ao Direito, à Ética, à Psicologia e às noções de bem-estar, conceitos como limites voluntários (Steinberg, 2002), envelhecimento bem-sucedido (Freund & Baltes, 1998;Khoury, 2005), controle primário e controle secundário (Heckhausen & Schu...
Este trabalho investigou os papéis sociais e as tarefas evolutivas desempenhados por adultos. O local escolhido para investigação foi um assentamento de famílias de baixa renda do Distrito Federal criado em 1989. Utilizou-se um questionário contendo 17 questões abertas e 15 questões fechadas, preenchido pela primeira autora durante uma visita domiciliar. Participaram 98 respondentes (73 F e 25 M), sendo 51 entre 50 e 59 anos e 47 a partir de 60 anos. Os resultados apontaram que este grupo é heterogêneo e que seus papéis sociais são influenciados pelas variáveis demográficas (idade, sexo, escolaridade, ocupação, naturalidade e estado civil) e também pelas variáveis relativas à moradia atual. Concluiu-se também que as expectativas sociais, o suporte social e a escolarização são fatores de suma importância para oferecer recursos para a otimização e compensação necessárias a um envelhecimento bem sucedido.
ResumoExplorou-se neste estudo quais os lugares preferidos e não preferidos por 562 jovens (292 F e 270 M), com idades entre 13 e 19 anos (média = 15 anos e 7 meses e desvio padrão = 1 ano e 1 mês), freqüentando a primeira série do ensino médio, sendo 274 de escolas públicas e 288 de escolas particulares. Dentre os participantes 39,5% moram no Plano Piloto de Brasília e 60,5% em Cidades Satélites do DF. Em casas, moram 341, em apartamento, 215. Os resultados mostram que o lugar favorito mais freqüentemente mencionado foi a própria casa, indicado por 195 (35,3%) dos respondentes, seguido por Shopping (n = 108; 19,6%) e bar/boate/festa (n = 103; 18,7%). O lugar que obteve maior freqüência como não sendo preferido foi bar, boate, festa, indicado por 108 (21,3%) dos participantes, seguido por escola (n = 90; 17,7%) e lugares que provocam sentimentos ruins (n = 32; 6,3%). As diferenças encontradas são discutidas em termos de gênero, tipo de escola (pública ou privada) e tipo de moradia (casa ou apartamento).Palavras-chave: lugares preferidos; identidade de lugar; adolescência; psicologia ambiental AbstractFavorite places of adolescents in the Federal District. This study explored which are the most and least favorite places among 562 adolescents (292 F e 270 M), with ages between 13 and 19 (mean age 15 yr 7 mo, s.d. 1 yr 1 mo), attending 9 th grade, with 274 respondents in public and 288 in private schools. Some 39.5%live in the central area of Brasília, 60.5% in the surrounding cities. Some 215 live in apartments, 314 in single occupancy houses. Results indicate that the most frequently mentioned favorite place was the home (n = 195, 35.3%), followed by Shopping Malls (n = 108, 19.6%) and bar/disco/parties (n = 103, 18.7%). The least favorite places were bar/disco/parties (n = 108, 21.3%), school (n = 90, 17.7%) and places that provoke negative feelings (n = 32, 6.3%). Differences are discussed in terms of gender, type of school and type of residence.Key words: favorite places; place identity; adolescence; environmental psychology A adolescência, além de fenômeno biológico caracterizado por mudanças fisiológicas e hormonais, é fenô-meno social modelado por forças culturais e históri-cas. Este processo dinâmico e recíproco entre forças do desenvolvimento e sócio-culturais, ou seja, mudanças fisioló-gicas, interesses sexuais emergentes, novos papéis sociais, mudanças de atitude frente aos adultos e dos adultos frente aos jovens força uma redefinição e reavaliação pessoal, um processo denominado de formação da identidade.Na Psicologia do Desenvolvimento, vários trabalhos hoje clássicos, acrescentaram ao termo identidade outros construtos, como pode ser exemplificado nos estudos sobre difusão e crise de identidade (Erikson, 1968(Erikson, /1972, identidade do eu e status de identidade (Marcia, 1994), ou, mais recentemente, sobre a emergência da identidade do eu (Akers, Jones & Coyl, 1998).A Psicologia Ambiental, ao discutir a ligação que as pessoas estabelecem com lugares geográficos, fez uso do conceito de identidade, a...
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