O autor utiliza não apenas documentos sobejamente conhecidos, como os que integram parte da literatura clássica e antico-testamentária, mas inclui um conjunto de documentação primária trazida à luz por descobertas arqueológicas que, em muitos casos, contaram com sua participação direta, percorrendo três milênios (3500-500 a.C.) de uma história que deixa importantes traços na cultura ocidental. Liverani destaca que o surgimento de novas fontes acaba exigindo a revisão contínua de capítulos inteiros da história oriental e, naturalmente, com implicações historiográficas mais abrangentes.Liverani publicou, originalmente, seu livro em 1988, mas em suas numerosas reedições, particularmente na reedição de 2009, utilizada nesta tradução, preocupou-se em incorporar as modificações surgidas na interpretação das fontes, nas discussões e metodologias aplicadas ao conhecimento do Antigo Oriente Próximo.Como professor e pesquisador emérito da Universidade La Sapienza de Roma, Liverani nos apresenta de forma didática e inovadora seu conhecimento acumulado sobre sumé-rios, hititas, assírios, babilônios, judeus, fenícios, entre outros povos.Oferece um rico conjunto de documentos, figuras e tabelas que colocam o leitor diretamente em contato com as fontes, com informações textuais, epigráficas, arquitetônicas LIVERANI, Mario.
R E S U M O :A relação entre dominadores e dominados na Palestina do sé-culo I emerge de forma indireta em um documento produzido com o objetivo de relatar o testemunho do autor, Flávio Josefo, sobre a guerra entre judeus e romanos. Mais que uma guerra contra os romanos, o que se vislumbra é uma crise interna profunda envolvendo diferentes interesses de grupos judaicos alinhados ou distantes do poder do "inimigo". PA L AV R A S -CHAVE:Romanos; Judeus; Palestina.O Oriente Médio -e particularmente a Palestina -exerceu uma permanente atração sobre diferentes dominadores ao longo da história. Ora por motivos econômicos, ora políticos ou apenas estratégicos, assírios (733 a.C.), babilônios (588 a.C.), persas (539 a.C.), ptolomeus (323 a.C.) e selêucidas (198 a.C.) se assenhorearam, depredaram e deixaram suas marcas na Palestina. Mas nada se igualou às conseqüências da dominação romana e às dimensões da resistência desencadeada contra ela, documentadas por Flávio Josefo(37-100 d.C.) em sua obra A Guerra Judaica. CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS DE A GUERRA JUDAICAOs escritos de Flávio Josefo constituem -juntamente com os textos do Novo Testamento -as principais fontes sobre a história judaica do primeiro século. Em A Guerra Judaica, o autor escreve a respeito do poder dos romanos sobre os judeus com uma forma semelhante àquela que Políbio, dois séculos antes, utilizara para justificar a hegemonia dos romanos sobre os gregos. Trata-se de uma obra escrita por uma testemunha ocular dos fatos narrados (GJ 2 1,1-23), como fora Tucídides, o autor de A Guerra do Peloponeso.
Apesar de utilizar um título infeliz, por se referir a mito com um significado negativo que denigre sua densidade e importância cultural, Yoffee compensa amplamente esse deslize com um texto que traz novas e importantes contribuições sobre a origem e formação do Estado e que leva em consideração não apenas suas próprias pesquisas, mas importantes discussões acadêmicas sobre o tema. Além disso, sua publicação preenche uma grande lacuna relativa a obras em língua portuguesa sobre história antiga oriental.Professor de antropologia na Universidade de Michigan e especialista em arqueologia mesopotâmica, Yoffee propõe uma ruptura com uma perspectiva unilinear de compreensão do processo de surgimento e desenvolvimento dos Estados, cidades e civilizações, em defesa de vias multilineares e menos rígidas de abordagem. Se por um lado ele dispensa uma especial atenção às sociedades mesopotâmicas, encontra em outras experiências sociais, situadas inclusive no âmbito das Américas, dados comparativos que contribuem para alicerçar suas propostas interpretativas e para indicar diferentes tipos de estruturas de estado que nem sempre se pautam por padrões únicos de organização. Apresenta evidências de uma grande variedade de sistemas sociais e de tipos de poder entre os primeiros Estados.Yoffee critica muitos arqueólogos -talvez com excessivo rigor -que, influenciados pelo darwinismo social, interpretaram o passado em termos evolutivos, considerando o Estado o ponto de chegada de um progressivo e controlado sistema de organização e aperfeiçoamento das sociedades antigas. Cabe lembrar que o darwinismo, aliado ao eugenismo, também causou sérios desvios na interpretação do desenvolvimento socioeconômico brasileiro no final do século XIX e início do século XX.Este tipo de interpretação considera os Estados antigos regimes totalitários e estáveis, governados por déspotas que monopolizavam o fluxo de bens, serviços e informações, impondo-se ao resto da população, o que, segundo Yoffee, deixa de levar em conta outros papéis sociais para além daquele do líder, tais como os assumidos por escravos, soldados, sacerdotes e sacerdotisas,
O taylorismo é identificado com o sistema de organização e administração do trabalho proposto, no início do século XX, por Frederick Winslow Taylor, e busca alcançar o máximo de produção e rendimento com o mínimo de tempo e de esforço despendidos, por meio de padronizações e simplificações num momento de expansão da indústria que exigiu grandes preocupações com a eficiência do trabalho. Apesar de vinculado inicialmente à atividade industrial, o taylorismo foi adaptado à racionalização das mais diversas atividades econômicas, inclusive da agricultura. Neste texto será analisada a obra De re rustica de Columela como uma proposta de racionalização “taylorista” do trabalho em uma villa romana do século I a.C., marcada por processos de padronização e de organização do sistema produtivo rural.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.