RESUMO -Modificações no mini-exame do estado mental (MEM) foram sugeridas anteriormente em nosso meio. Neste artigo relatamos sugestões para aplicação uniforme deste instrumento. Método: Avaliamos 433 indivíduos saudáveis sem queixas de memória através do MEM tendo seu desempenho sido avaliado quanto às variáveis demográficas. As modificações propostas foram detalhadamente descritas. Resultados: A escolaridade foi o principal fator que influenciou o desempenho dos indivíduos. Na análise de variância entre os grupos de escolaridade obtivemos F(4,425)=100,45, p<0,0001. Os escores medianos por escolaridade foram: para analfabetos, 20; para idade de 1 a 4 anos, 25; de 5 a 8 anos, 26,5; de 9 a 11 anos, 28; para indivíduos com escolaridade superior a 11 anos, 29. Conclusão: Sugerimos o uso desta versão para uniformização dos resultados em nosso meio. Sua aplicabilidade revelou-se boa para ambientes hospitalar, ambulatorial e para estudo populacionais.PALAVRAS-CHAVE: mini-exame do estado mental, testes de rastreio, educação, ambiente domiciliar, ambiente hospitalar.Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil ABSTRACT -Mini-metal state examination (MMSE) is a screening test to detect cognitive impairment. The objectives of the present study are to describe some adaptations for use of MMSE in Brazil and to propose rules for its uniform application. Method: We evaluated 433 healthy subjects using the MMSE and verified the possible influence of demographic variables on total scores. Results: Educational level was the main factor that influenced performance, demonstrated by ANOVA: F(4,425) = 100.45, p<0.0001. The median values for educational groups were: 20 for illiterates; 25 for 1 to 4 yrs; 26.5 for 5 to 8 yrs; 28 for 9 to 11 yrs and 29 for higher levels. Conclusion: The MMSE is an excellent screening instrument and definitive rules are necessary for comparison purposes.
-There is a limited choice of psychometric tests for Portuguese speaking people which have been evaluated in well defined groups. A Portuguese version of CERAD neuropsychological battery was applied to a control group of healthy elderly (CG) (mean age 75.1 years/ education 7.9 years), 31 Alzheimer disease (AD) patients classified by clinical dementia rating (CDR) as CDR1 (71.4/ 9.0) and 12 AD patients CDR 2 (74.1/ 9.3). Cut-off points were: verbal fluency-11; modified Boston naming-12; Mini-mental State Examination (MMSE) -26; word list memory-13; constructional praxis-9; word recall-3, word recognition-7; praxis recall-4. There was a significant difference between CG and AD-CDR1 (p<0.0001) for all tests. There was a less significant difference for constructional praxis and no difference for Boston naming. Comparison between AD-CDR1 and AD-CDR2 showed difference only for MMSE, verbal fluency, and Boston naming. The performance of CG was similar to that of a US control sample with comparable education level. These results indicate that this adaptation may be useful for the diagnosis of mild dementia but further studies are needed to define cut-offs for illiterates/ low education people.KEY WORDS: CERAD, neuropsychology, Alzheimer disease. Aplicabilidade da bateria neuropsicológica CERAD em idosos brasileirosRESUMO -Existem poucos instrumentos psicométricos em português aplicados em grupos bem definidos. Uma versão em português da bateria neuropsicológica CERAD foi aplicada a um grupo controle de 85 idosos saudáveis (GC) (média de idade 75,1/ média de educação 7,9), 31 indivíduos com doença de Alzheimer (DA) classificados pela Classificação Clínica para Demência (CDR) como CDR1 (71,4/ 9,0) e 12 indivíduos com DA CDR2 (74,1/ 9,3). Os pontos de corte foram: fluência verbal 11; teste de nomeação de Boston 12; MEEM 26; memória da lista de palavras 13; praxia construtiva 9; evocação de palavras 3; reconhecimento de palavras 7; evocação da praxia 4. Houve uma diferença significativa (p<0,0001) para todos os testes, exceto o de nomeação de Boston (p<0,368). A comparação entre AD-CDR1 e AD-CDR2 mostrou diferença apenas para o MEEM, fluência verbal e teste de nomeação de Boston. O desempenho do GC foi semelhante ao de uma população controle americana pareada para nível educacional. Estes resultados indicam que esta adaptação pode ser útil para o diagnóstico de demência inicial, mas estudos mais detalhados devem ser realizados para determinar os pontos de corte para pessoas analfabetas ou com baixa escolaridade. PALAVRAS-CHAVE: CERAD, avaliação neuropsicológica, doença de Alzheimer.
RESUMO -Objetivos: Avaliar o desempenho na fluência verbal em nossa população e verificar a influência da idade e escolaridade. Métodos: Foram entrevistados 336 indivíduos sem queixas neurológicas ou psiquiátricas, através do Mini-Exame do Estado Mental (MEM) e geração de animais em um minuto. Para efeito comparativo e para verificação dos níveis de corte, foram examinados 65 indivíduos com quadro de perda cognitiva, acompanhados no ambulatório de Neurologia do Comportamento da EPM. Resultados: Na população "normal" tivemos média de 13,84 animais por minuto. Para os grupos de escolaridade: 11,92, para analfabetos; 12,82, para indivíduos com até 4 anos incompletos; 13,45, para os de 4 a 8 anos incompletos; 15,88 para os com 8 ou mais anos de escolaridade. Houve diferença significante entre eles (p= 0,0001). Para os grupos etários, tivemos médias de: 13,79, para aqueles com idade inferior a 65 anos; 13.92 para os com idade igual ou superior a 65 anos (sem diferença estatística). Determinamos para esses grupos dois níveis de corte: 9 para indivíduos com até 8 anos de escolaridade com sensibilidade de 75 % para analfabetos, 100 % para baixa escolaridade, 87 % para média escolaridade; e especificidade de 79 % para analfabetos, 84 % para baixa escolaridade, 88 % para média escolaridade. Para o grupo de alta escolaridade o escore de corte foi de 13, com sensibilidade de 86 % e especificidade de 67 %. Conclusão: Devemos utilizar níveis diferenciados de corte no teste de fluência verbal, em nosso meio, considerando os efeitos da escolaridade sobre o desempenho neste teste. PALAVRAS-CHAVE: fluência verbal, escolaridade, linguagem.Normative data: category verbal fluency Abstract -Objective: Evaluate the performance on verbal fluency (VF) in our population in a Brazilian sample checking the influence of age and literacy. Methods: 336 people without neurological or psychiatric complaints evaluated through Mini-Mental State Examination and VF (animals). For comparison, and to determine cut-off points, 65 people with cognitive loss followed at our clinic were also evaluated. Results: We found a mean of 13.8 animals in 1 minute, with the following distribution: illiterates, 11.9; up 4 years of education, 12.8; 4 to 7 years, 13.4; 8 years or more, 15.8 (p= 0.0001). In relation to age the means were: up to 64 years, 13.7; 65 years or more, 13.9. There was no difference between the two groups. The cut-off points were 9 for people under 8 years of education with a sensitivity of 75% for illiterates, 100% for low educational level (up 4 years),and 87% for middle level (4 to 7 years). The specificity was respectively 79%, 84%, and 88%. For the high educational level the mean was 13 with a sensitivity of 86% and specificity of 67%. Conclusions: In the VF (animals) there is a significant influence of schooling and different cut-off points should be used.KEY WORDS: educational status, verbal fluency, language O teste de fluência verbal (FV), comumente, está inserido em baterias neuropsicológicas ou é utilizado isoladamente, tanto para e...
BackgroundWeight loss in patients with Alzheimer's disease (AD) is a common clinical manifestation that may have clinical significance.ObjectivesTo evaluate if there is a difference between nutrition education and oral nutritional supplementation on nutritional status in patients with AD.MethodsA randomized, prospective 6-month study which enrolled 90 subjects with probable AD aged 65 years or older divided into 3 groups: Control Group (CG) [n = 27], Education Group (EG) [n = 25], which participated in an education program and Supplementation Group (SG) [n = 26], which received two daily servings of oral nutritional supplementation. Subjects were assessed for anthropometric data (weight, height, BMI, TSF, AC and AMC), biochemical data (total protein, albumin, and total lymphocyte count), CDR (Clinical Dementia Rating), MMSE (Mini-mental state examination), as well as dependence during meals.ResultsThe SG showed a significant improvement in the following anthropometric measurements: weight (H calc = 22.12, p =< 0.001), BMI (H calc = 22.12, p =< 0.001), AC (H calc = 12.99, p =< 0.002), and AMC (H calc = 8.67, p =< 0.013) compared to the CG and EG. BMI of the EG was significantly greater compared to the CG. There were significant changes in total protein (H calc = 6.17, p =< 0.046), and total lymphocyte count in the SG compared to the other groups (H cal = 7.94, p = 0.019).ConclusionOral nutritional supplementation is more effective compared to nutrition education in improving nutritional status.
Resumo -Objetivo: Tradução e adaptação da escala Cornell de depressão em demência e verificação da confiabilidade entre e intra-examinadores da versão na língua portuguesa. Método: A versão original da escala Cornell foi traduzida para o português por firma especializada em tradução de textos médicos e retrotraduzida para o inglês por outros dois tradutores independentes. As divergências de tradução foram identificadas e discutidas, chegando-se à versão que foi submetida à pré-teste para adaptação sócio-cultural. Após esta adaptação, obteve-se a versão final que foi administrada a amostra de 29 pacientes com doença de Alzheimer provável e aos seus cuidadores. Resultados: A versão final da escala mostrou-se de fá-cil aplicação e obteve boa confiabilidade intra-examinador (Kappa=0,77; p<0,001) e entre-examinadores (Kappa=0,76; p<0,001). Conclusão: A versão brasileira da escala Cornell é um instrumento que pode ser utilizado para avaliação e acompanhamento de depressão em pacientes com demência.PAlAvRAs-ChAve: depressão, escalas, adaptação, reprodutibilidade dos testes. Brazilian version of the cornell depression scale in dementiaABsTRACT -Objective: Translating and adapting the Cornell scale for depression in dementia to the Portuguese language and verifying the interrater and test-retest reliability of the translated and adapted version. Method: The Cornell scale was translated into Portuguese and back translated into english. Divergences of translation were identified and discussed, resulting in a version which was submitted to a pre-test for cross-cultural adaptation. The final version was administered to a sample of 29 patients with probable AD and to their caregivers. Results: The Cornell scale presented good interrater (Kappa=0,77; p<0,001) and test-retest reliability (Kappa=0,76; p<0,001). The final version was easy to administer and well understood by the caregivers. Conclusion: The Brazilian version of the Cornell scale is an instrument with good reliability to evaluate depression in patients with dementia. This tool will contribute to the evaluation and follow-up of depressed patients with dementia in our population and may also be used in multicentric studies with Brazilian population.Key woRDs: depression, scales, adaptation, reproducibility of results. Depressão e demência são síndromes clínicas muito freqüentes na população idosa e podem, muitas vezes, coexistir. A prevalência de sintomas depressivos em pacientes com doença de Alzheimer (DA) varia entre 10 e 86%, dependendo dos critérios diagnósticos, das avaliações utilizadas e das populações estudadas [1][2][3][4][5] . estudos longitudinais sugerem que a depressão pode preceder o desenvolvimento de demên-cia ou mesmo constituir um fator de risco para o aparecimento da DA [6][7][8] . esses fatores apontam para a necessidade de se utilizar instrumentos específicos para avaliar sintomas depressivos em pacientes com demência. A escala Cornell de depressão em demência (eCDD) é um instrumento para auxiliar em pesquisa farmacológica e em estudos sobre a e...
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