Desde o final da década de 1940, as embarcações do tipo tototó cumprem a função de transportar passageiros entre as margens na foz do baixo Rio Sergipe. Em 2011, receberam o título de Patrimônio Cultural e Imemorial do Estado de Sergipe pelo Decreto-Lei n. 7.320. A partir da pesquisa bibliográfica, trabalho de campo e adoção da metodologia do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC/Iphan), o presente estudo propõe roteiros turísticos pela foz do Rio Sergipe proporcionando outros itinerários para essas embarcações. Uma das soluções verificadas em campo se pautou na elaboração de roteiros dentro do segmento do Turismo de Base Comunitária, onde os canoeiros seriam protagonistas desses circuitos gerando um impacto positivo para a cadeia produtiva do turismo em Barra dos Coqueiros. Essa ação poderia tornar-se uma ferramenta de educação, conhecimento e preservação dos bens culturais e ambientais que se vinculam ao espaço, sendo o ofício do canoeiro e os demais saberes da localidade, valorizados. Os roteiros seriam geridos pelos próprios barqueiros ou pessoas da comunidade interessadas em desenvolver o turismo sob essa ótica.
A educação patrimonial envolve práticas educativas tanto para população fixa quanto flutuante, possibilitando trazer à tona o valor único do seu patrimônio cultural. Turistas que se deslocam aos lugares com projetos de educação patrimonial nas cidades visitadas, constatam o valor atribuído pela comunidade aos bens simbólicos, patrimônios culturais, históricos e artísticos. A partir da discussão teórica de textos em livros, artigos manuscritos, documentos e sites eletrônicos, bem como, observação in loco, o artigo analisa a educação vinculada ao conceito de história, memória, educação e patrimônio cultural, tendo como exemplo os centros antigos de São Cristóvão-Sergipe, São Luís-Maranhão e Ilhéus-BA. As práticas na educação patrimonial nos eventos, projetos e lugares do centro antigo, possibilitam um novo olhar na experiência cotidiana. Essa outra forma educativa pode modificar as relações entre população local e os bens culturais do entorno, bem como, turistas e o patrimônio cultural visitado, não perdendo de vista a consolidação de destinos cidadãos e criativos.
A partir de leituras sobre o turismo religioso, festa católica e religiosidade popular, o presente artigo tem o intuito de refletir acerca do turismo religioso como prática motivadora para a fé e crença comunal. O trabalho a seguir, ainda discute a singularidade da demanda que desenvolve a atividade turística no âmbito religioso. Romeiros, devotos, peregrinos, promesseiros, penitentes, turistas religiosos e curiosos são categorias independentes, mas que se imbricam para formar o grupo de atores sociais que se deslocam ao destino sagrado. Os resultados da reflexão apontam que, pessoas enquadradas nesse segmento turístico, possuem um perfil sui generis. Ainda assim, aparecem traços que as tornam encaixadas na forma de deslocamento do entorno habitual e fuga do cotidiano que são inerentes à atividade do turismo.
As cidades do Brasil que surgiram no período colonial (século XVI ao início do século XIX) são detentoras de um conjunto de bens culturais tangíveis e intangíveis, que atraem pessoas de vários locais do país e de outros lugares do exterior. Dessa maneira, a memória dos moradores dessas cidades, também acaba se tornando um atrativo agregado ao patrimônio cultural, trazendo turistas. O presente artigo tem o objetivo de demonstrar que as memórias dos moradores mais antigos podem acrescentar valor ao produto turístico. A metodologia utilizada foi de pesquisa bibliográfica, com revisão de literatura sobre alguns autores no campo teórico-conceitual sobre Turismo, Memória, Cidade, Tradição, Espaço, Lugar e Patrimônio. Ao final, constatou-se que a atividade turística como fenômeno sociocultural pode ser fator de desenvolvimento das localidades, auxiliando na economia e mantendo ativa a tradição e a memória dos moradores.
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