O objetivo geral desta pesquisa é mapear a rede de coautoria científica de pesquisadores brasileiros que publicaram sobre a temática dos repositórios digitais, além de, identificar os atores com maior índice de centralidade na democratização do conhecimento sobre o tema nas instituições de ensino e pesquisa no Brasil. Para a presente investigação empregou-se o Método Relacional de Análise Informacional (MRAI) que parte das seguintes dimensões: quantitativas - as técnicas bibliométricas e medidas de análise de redes sociais (ARS) e qualitativas - categorias analíticas da teoria social de Pierre Bourdieu e de seus conceitos como campo científico e capital social. Para a análise dos dados, fez-se uso do software UCINET 5.0 e para os gráficos, utilizou-se também o VOSviewer. Os resultados evidenciam a maior incidência dos pesquisadores que atuam na Universidade Federal de Minas Gerais com alto índice de citações e centralidade de grau na área, seguidos dos que estão vinculados a Universidade Federal de São Carlos e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Por fim, recomenda-se a popularização dos repositórios institucionais nas universidades e institutos de pesquisa pela formação de elos entre atores centrais a fim de promover a democratização do acesso aberto a informação científica no Brasil.
RESUMO Neste artigo é discutida a etimologia do conceito de abertura dentro do campo científico a partir do movimento de acesso aberto e do movimento de ciência aberta. Trata da abertura científica a partir da publicação aberta, que constrói um novo modelo de documento a partir da cultura digital e outros modos de compartilhamento, revisão por pares e participação mais efetiva da sociedade. Apresenta a mudança do conceito etimológico de accountability em ciência e como colabora para a governança cidadã. Debate a questão do impacto da abertura na responsabilidade pública da ciência, como amplia a autonomia social em educação científica e a consolidação de outros modelos de avaliação e validação da ciência. A metodologia aplicada consiste em uma pesquisa bibliográfica nas principais bases de dados científicas com recorte temporal entre os anos de 2002 e 2020 a partir dos principais termos presentes na literatura sobre o acesso aberto e ciência aberta que permitiu a análise conceitual evolutiva dos termos estudados. Conclui-se que está sendo construído um “novo contrato social para ciência” pautado na abertura dos processos científicos, possibilitando a difusão das inovações científicas e dados subjacentes e desenvolvendo práticas que equalizem o conhecimento dos não-cientistas com o dos cientistas.
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