Infecções por leveduras do gênero Candida têm gerado elevados índices de morbidade e mortalidade, longo período de permanência em hospitais, dificuldade e alto custo de tratamento. Indivíduos imunodeprimidos como os portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIdS) apresentam grande suscetibilidade a desenvolver essas infecções em razão do baixo número de linfócitos T-Cd4, menor que 200 cel/mm 3 . Candida albicans é a espécie mais estudada e está relacionada com os processos de colonização e patogenicidade na boca do homem. Essa característica é decorrente, entre outros fatores, da produção de exoenzimas facilitadoras da interação do fungo com as células do hospedeiro. Este estudo verificou a produção das exoenzimas proteinase, fosfolipase, gelatinase e hemolisina de amostras bucais de Candida isoladas de 49 pacientes com AIdS (grupo teste) e de 26 indivíduos hígidos (grupo controle). C. albicans foi a espécie mais prevalente no grupo teste (59,2%) e Candida parapsilosis (53,8%) no grupo controle. C. albicans apresentou resultados significativos para a produção de proteinase (ambos os grupos) e fosfolipase no grupo teste. Já as espécies de Candida não albicans (CNA) apresentaram resultados altamente significativos para fosfolipase no grupo controle. Em relação às enzimas gelatinase e hemolisina, não foram encontradas diferenças significantes entre C. albicans e espécies CNA. Por fim, não foi encontrada diferença estatística na produção de exoenzimas quando foi comparado o grupo teste com o grupo controle. dESCRITORES: Candida. Exoenzimas. Fatores de virulência. HIV/Aids.
A adesão às células do hospedeiro é considerada uma propriedade de virulência essencial para o desenvolvimento da candidíase, uma vez que é a etapa inicial do processo infeccioso em mucosa, especialmente em pacientes imunocomprometidos. O presente estudo avaliou a adesão à lamínula de 118 isolados clínicos de Candida de diversos sítios anatômicos e classificou os arranjos celulares em padrões de aderência distintos. Foram estudadas quatro espécies de Candida (C. albicans, C. tropicalis, C. parapsilosis e C. glabrata). Em um total de 93 (79%) isolados foi identificada a propriedade de aderência e, destes, 51 (43,3%) mostraram capacidade fraca de aderência; 25 (21,2%), intensidade moderada e 17 (14,4%), forte. Isolados de C. glabrata mostraram os menores níveis de adesão e os de C. tropicalis, os maiores. Entre os isolados com capacidade de aderir, 44 (47,3%) apresentaram o padrão de aderência localizado, 24 (25,8%) mostraram um padrão agregativo e 9 (9,7%), o tipo pseudo-hifal. Nos isolados de C. parapsilosis, verificou-se maior variabilidade em termos de padrões de adesão às lamínulas. Em síntese, esta pesquisa mostra que os isolados de espécies de Candida não C. albicans foram mais aderentes que os de C. albicans sugerindo maior expressão desta propriedade naquelas amostras. DESCRITORES: Adesão; candida; virulência; padrões de aderência.
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