Resumo: O objetivo deste trabalho é realizar uma leitura comparativa entre duas narrativasa novela "O coração das trevas" (1898), de Joseph Conrad e o filme "Apocalypse now" (1979), do diretor Franz Ford Coppola -tendo por base a teoria pós-colonial. O filme é tido como uma adaptação da referida novela, porém altera-lhe o espaço de contexto: no século XIX, o enredo se passa na África, durante o período de sua colonização; já no século XX, o cenário é a Ásia, durante a vigência da Guerra do Vietnã (1964Vietnã ( -1973. Em cada um deles, novela e filme, evidencia-se a busca pela conquista territorial, pela imposição de forças, aparentemente desiguais. Neste sentido, é realçado o poder político e econômico dos países colonizadores, cada um a seu tempo, em espaços diferenciados (nos continentes africano e asiático), dando-se, no século XX, uma espécie de atualização ideológica da ocupação da África (realizado no século anterior), em que, uma vez abandonado o modelo de colonização ultramarina, leva-se à ascensão um novo formato desse sistema econômico, o qual, no último caso, tem por objetivo dar sustentação ao sistema capitalista norte-americano. Palavras-chave: Colonização. Conflitos. Debate pós-colonial. Imperialismo. IntroduçãoEm fins do século XIX, a Europa, por meio das Conferências de Berlim (1984-1985, decide pela ocupação da África, cujo cenário é explorado na novela "O coração das trevas" (1898), de Joseph Conrad.O enredo se passa na época em que esse continente é alvo do interesse de uma das potências econômicas, a Inglaterra, que aí impõe sua ideologia colonialista, em busca da riqueza de então, no caso, o marfim.Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.* Doutora em Literatura (Universidade Federal de Santa Catarina). Área de atuação em Literatura e pós-colonialismo.
The focus of this work is the representation of spaces in the book "Terra Sonâmbula" (Couto, 1999). It brings out the civil war in Mozambique (1976-1992), triggered by two distinct factions fighting for the same purpose: the conquest of political power in the country after colonial independence. The approached spaces are transformed in the midst of this war. In this context, we present a discussion based on the ecofeminist theory for its relevance and contribution to the debate about humans and non humans relationships in the environment.
Introduction: Cervical cancer is the third most common malignant tumor in the female population and the fourth cause of death from cancer in women in Brazil. The squamocolumnar junction and the transformation zone concentrate 90% of pre-invasive and invasive cervical lesions. Objective: To evaluate the prevalence of cytology without cells of the squamocolumnar junction and feasibility of active search. Methods: Cross-sectional study at a university hospital between 2017 and 2018. The prevalence of cytology without squamocolumnar junction cells was calculated. A convenience sample was obtained and mean age and relationship with presence of transformation zone cells were calculated. An active search was performed and cytology collected, with estrogen preparation if indicated. Medical records of the other women were analyzed. Results: Squamocolumnar junction cells were not found in 28.84% of samples. Mean age was 53 years, without association with presence of squamocolumnar junction cells (p=0.409). Seventy-six women returned, 36 of which (47.37%) used estrogen. Level 2 or 3 cervical intraepithelial neoplasia, microinvasive carcinoma or cancer was not identified. A total of 134 medical records were analyzed; only 36 women (26.87%) completed screening. Conclusions: The presence of squamocolumnar junction cells indicates quality of cytology; the use of estrogen in postmenopausal women favors its collection. There were difficulties in active search. An immediate repetition of cytology should be considered.
Introdução: A leiomiomatose peritoneal disseminada (LPD) é uma condição rara, majoritariamente benigna, caracterizada por implante de múltiplos nódulos de músculo liso, de variados tamanhos, de origem uterina, na superfície peritoneal e pélvica-abdominal. Relato de caso: Paciente com 46 anos, nuligesta, procurou o hospital terciário em 2019, com queixa de sangramento uterino anormal, em uso de desogestrel e história de miomectomia em 2005. Ao exame físico exibia abdômen globoso, com massa ocupando toda a pelve até o epigástrio, pouco móvel, lobulada à esquerda. Ao toque vaginal: útero aumentado de volume até o epigástrio, globoso, pouco móvel, abaulando fundo de saco anterior. A ultrassongrafia transvaginal em 2019 mostrou útero em anteversoflexão com 145x110x87 mm e imagens sugestivas de miomas. Ovários normais. O diagnóstico foi de miomatose uterina e foi indicada a realização de histerectomia total abdominal. O inventário da cavidade abdominal revelou, além do útero miomatoso, a presença de nódulos em peritônio com dimensões variando de 4 a 8 mm, sendo estabelecido o diagnóstico de LPD. Diante do grande número de lesões e de suas pequenas dimensões, com paciente assintomática, optou-se pelo tratamento conservador, com acompanhamento no ambulatório de ginecologia. A paciente apresentou boa evolução pós-operatória. Conclusão: A LPD acomete, na maioria das vezes, mulheres em idade reprodutiva e com alguns fatores de risco, tais como uso de terapia hormonal (estrogênio e progesterona) e história prévia de procedimentos cirúrgicos abdominais como miomectomia ou histerectomia total abdominal. Entretanto, seu mecanismo etiológico ainda não está totalmente esclarecido. É caracterizada pela proliferação benigna de células do músculo liso na cavidade peritoneal e epíploon, cujas dimensões podem variar de milímetros a centímetros. O diagnóstico é confirmado por biópsia que mostra a presença de células do músculo liso sem atipia ou necrose, fibroblastos e miofibroblastos. A doença habitualmente é assintomática e é descoberta, acidentalmente, em exames de imagem ou em cirurgias abdomino-pélvicas. A transformação maligna é incomum e, quando ocorre, apresenta uma evolução lenta, de meses a anos. A LPD pode revelar-se como uma doença única ou estar associada a outras patologias, tanto benignas como malignas. O tratamento conservador é o mais recomendado, sendo possível com a suspensão da terapia hormonal contraceptiva, a administração de análogos do GnRH, moduladores dos receptores de estrogênios ou inibidores da aromatase. Uma abordagem mais agressiva é recomendada para a LPD com alto risco de degeneração maligna, sendo indicada, nesses casos, a histerectomia total com salpingo- ooforectomia bilateral e excisão de nódulos ou ressecção dos órgãos afetados. Conclusão: A LPD é uma doença rara que não possui um método diagnóstico e terapêutico bem estabelecido na literatura. Por isso, torna-se relevante a descrição de casos clínicos e seu acompanhamento para a contribuição na literatura médica.
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