O presente texto analisa criticamente a obra As origens da vergonha de Vincent de Gaulejac (2006). Para este autor, pouco se tem discutido sobre este tema, uma vez que implica numa exposição das falhas e limitações daquele que escreve bem como uma identificação por parte daquele que lê. Neste sentido, entende-se que a vergonha é percebida como um sentimento que causa dor e, na maioria das vezes, as pessoas preferem não falar sobre ele. Tem relação direta com inúmeros outros elementos, tais como: inferioridade, culpa, autoestima, desprezo e humilhação. Gaulejac (2006) fundamenta a sua argumentação nos pressupostos da teoria psicanalítica, mais especificamente nos mecanismos de defesa do ego, narcisismo e Complexo de Édipo, e nas análises dos vínculos sociais. Dessa forma, trata-se de uma obra de cunho psicossociológico semelhante às proposições de Enriquez (2005), já que a vergonha representa um sofrimento social e psíquico. Essa obra é estruturada em vinte e dois capítulos em que são abordados estudos de casos sobre as mais diversas facetas do tema da vergonha. Em toda a obra, discute-se os efeitos subjetivos de elementos como pobreza, fracasso escolar, miséria afetiva, desqualificação social e as implicações no que diz respeito à construção de uma imagem negativa do Eu e a formação
O transtorno depressivo é o transtorno mental mais comum e é considerado um grave problema de saúde pública. Acredita-se que o conhecimento acerca da depressão é de fundamental importância para o profissional de enfermagem, haja vista seu papel no contato direto com o paciente, agindo como participante ativo na identificação e tratamento dos diversos transtornos mentais. Este estudo teve como objetivo conhecer as concepções sobre depressão dos acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Cuité. Trata-se de um estudo descritivo sob a perspectiva da abordagem qualitativa, realizado através da participação de discentes de enfermagem que responderam a um questionário semiestruturado versado sobre a temática da depressão. Os resultados foram analisados por meio da técnica da análise de conteúdo proposta por Bardin. Os resultados demonstraram que a maioria dos alunos julga seu conhecimento como bom ou regular e justificaram-se, sobretudo, na necessidade de aperfeiçoamento e falta de campo prático. Observou-se também, que os participantes, apesar das respostas mostradas anteriormente, explanaram uma assistência de enfermagem pertinente, holística e humanizada. Quanto à didática, os discentes apresentaram o método tradicional como preponderante no ensino do distúrbio e propuseram que melhorias no ensino poderiam ser alcançadas com o uso de metodologias ativas e articulação da teoria com a prática.
Food ethics in bible banquets: passage, communion and power Resumo Os banquetes, desde a Idade Antiga, oferecem elementos para reflexão sobre a passagem natureza-cultura operada via comensalidade no âmbito da culinária humana. E a Bíblia, enquanto obra literária, maior influência na formação da cultura ocidental, deixa pistas para a compreensão dos movimentos que instituíram tal prática de sociabilidade em torno da comida, bem como nos ajuda a refletir como eles ecoam em nossas práticas atualmente. Assim, este artigo objetiva compreender a ética constitutiva de banquetes descritos no texto bíblico, tendo como corpus a Bíblia. As análises do texto foram realizadas segundo a proposta de Bauer e Gaskell (2002). Os resultados apontaram para três tipos de comportamento que regiam os atos de partilha de alimentos: (1) a ética da passagem, que serve como signo de uma mudança na vida coletiva ou individual; (2) a ética da comunhão, que cria uma esfera de partilha de valores, conquistas, ideais, de cuidado em favor de alguém ou um povo, visando a um fim político; e (3) a ética do poder, partilhas que engendram relações de acordo, de demonstração do poder via produção de imagens de fartura e que desenham distinção entre soberano e súditos. Nessa ótica, pensar em alimentação envolve focar não apenas no componente nutricional, mas pensar os símbolos, a imaginação coletiva, a sociabilidade, enfim, as questões que perpassam o humano. Isso levanta desafios e a necessidade da construção de uma Antropologia da Nutrição.
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