A reflexividade que ocorre durante os processos de aprendizagem em comunidades de prática constitui o foco deste artigo. Seu objetivo é descrever o papel que a refl exividade desempenha em ambientes marcados por interações sociais e pelo intercâmbio de experiências conectadas a uma prática. No plano teórico, adota-se a abordagem socioprática da aprendizagem organizacional. No plano metodológico, realiza-se um estudo de quatro casos de organizações de ensino superior com base em entrevistas semiestruturadas e observações sistemáticas. Os resultados permitem desenvolver o conceito de colaboração reflexiva, discutindo sua importância na promoção de idéias inovadoras sobre uma prática, intensifi can-do, conseqüentemente, a aprendizagem e a geração de novos conhecimentos.
O principal propósito deste artigo é investigar o processo de formação do professor em Administração no Brasil e, mais particularmente, as concepções, as práticas e os desafios que envolvem tal formação. A pesquisa, de natureza qualitativa, sustenta-se na análise de discurso oriundo de entrevistas semi-estruturadas realizadas junto aos representantes de entidades responsáveis pelo fomento e regulação do ensino superior de Administração no Brasil. Os resultados da pesquisa indicam significativa carência de políticas de formação do professor no ensino de Administração no Brasil, tanto por parte do governo quanto por parte das organizações de ensino superior em Administração. No entanto, também verificamos algumas iniciativas fecundas relacionadas à formação do professor em Administração que decorrem de parcerias interinstitucionais. Concepções e práticas da formação do professor convergem ao favorecer uma visão tradicional da aprendizagem como transferência hierárquica do conhecimento explícito. Convergem, também, ao ignorar a dimensão sócio-prática da aprendizagem em ações e programas formalmente institucionalizados.
RESUMOAo realizar a revisão teórica sobre comunidades de prática, percebemos certa fragilidade na literatura que toma por certo o surgimento espontâneo dessas estruturas sociais no contexto organizacional, independentemente das variáveis culturais, das relações sociais e trabalhistas. Partindo dessa lacuna, este artigo objetiva examinar como emergem as comunidades de prática no contexto organizacional. Para levar a cabo nosso propósito de pesquisa, utilizamos a abordagem qualitativa e o estudo de caso do tipo múltiplo como estratégia metodológica. Constatamos que as comunidades de prática foram pouco verificadas nos casos estudados. Isso nos permitiu perceber que há elementos que funcionam como inibidores à geração de condições fecundas ao desenvolvimento dessas comunidades. Nesse sentido, propomos a noção de "cultura organizacional de aprendizagem socioprática" para melhor entender a criação de condições propícias à emergência de comunidades de prática.
Resumo Fruto de uma pesquisa mais ampla sobre docência superior no campo da Administração, este artigo buscou identificar quais as competências que compõem o perfil do professor excelente na área de Administração na ótica dos próprios estudantes de graduação em Administração. A pesquisa adotou uma abordagem qualiquantitativa, utilizando-se do Discurso do Sujeito Coletivo como estratégia de análise dos dados. O material empírico foi coletado junto a 87 estudantes de graduação de três universidades da Bahia. A partir da análise do material empírico, identificou-se 44 competências caracterizadoras do professor excelente na área de Administração, embora somente 22 delas foram mais profundamente analisadas devido ao quesito representatividade. Convém ressaltar que tais competências corroboram as pesquisas anteriores sobre o tema (MARSH, 1991; FRIEDMAN, 1999; LOWMAN, 2007; PAN et al., 2009; DELANEY et al., 2010) e, em certa medida, acrescentam detalhes a partir da apresentação dos discursos coletivos.
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