Este texto objetiva analisar o papel do trabalho de campo para a formação discente e para a coleta de dados relativos a projetos de pesquisa em Geografia. Para tanto, há considerações sobre a importância deste procedimento de pesquisa a partir de duas atividades realizadas na fronteira que o Brasil compartilha com a França na América do Sul (a Coletividade da Guiana Francesa). A primeira consideração foi acerca de um ciclo de palestras com instituições de segurança de ambos os países e um percurso de reconhecimento da paisagem no baixo rio Oiapoque por meio de voadeiras, e a segunda, uma missão de pesquisa no médio e alto rio Oiapoque, entre a cidade de Oiapoque e a localidade de Vila Brasil, no lado brasileiro, para entender os efeitos da pandemia de Covid-19 na circulação de mercadorias e pessoas naquela região.
Este artigo visa refletir sobre a construção da Região Metropolitana Amapaense sob dois entendimentos, espacialidade e institucionalidade. Criada em 2003, foi originalmente formada pelos municípios de Macapá e Santana. A manifestação espacial da intenção de sua criação tem corroborado para a desconstrução das configurações da condição urbana para novas construções de uma configuração urbano-metropolitana, articulada com intenções políticas; mas ainda não é construída com políticas territoriais. Este texto é composto por três tópicos. O primeiro discute alguns aspectos da origem e evolução da região metropolitana no Brasil; o segundo, discute brevemente a condição urbana amapaense; o terceiro, visa perceber a instalação do novo processo de configuração urbana amapaense, em ensaios de condição urbano-metropolitana.
Située au nord de l'Amérique du Sud, la Guyane comme région ultrapériphérique connaît une position géographique particulière au sein de l'Union européenne. Partant de l'analyse de documents sur les régions ultrapériphériques (RUP), de lectures de rapports sur les résultats des financements européens pour la récente intégration régionale de la Guyane, ainsi que de l'analyse du rôle de la base spatiale de Kourou pour l'Union européenne, sera traitée la problématique suivante pour cet article : quelles sont les stratégies territorialo-réticulaires communes adoptées par l'Union Européenne dans le cas spécifique de la Guyane française? Dans la première section, sera discutée la construction de priorités et d’investissements pour les RUP en général, mais en établissant une analyse plus détaillée du cas de la Guyane. Dans la deuxième section, nous analyserons deux questions : a) les stratégies européennes et l'impact sur la Guyane de la présence du port spatial de Kourou, et b) quelques résultats de la première édition du PO Amazonie (2007-2013). Cela afin de tenter d'évaluer de façon précise et actualisée la géopolitique de la Guyane française qui se met en œuvre à travers les directives européennes.
A organização territorial de espaços fronteiriços e a sua (re)formatação para transfronteiriços, em especial as do Estado do Amapá com a Guiana Francesa, necessitam de análises mais profundas quando se insere nos debates do desenvolvimento regional, ao inserir reflexões sobre sua condição fronteiriça, sua organização espacial e reconstruindo sua interação espacial. Serão adotadas as abordagens de Milton Santos, a partir de reflexões sobre as categorias de sistemas de objetos, de normas, de ações, e os circuitos da economia. Este trabalho visa discutir a formatação do circuito econômico da fronteira Amapá-Guiana Francesa a partir das recentes ações econômicas ali estabelecidas, proporcionando novos usos da fronteira e do seu território. Este trabalho subdivide-se em três partes. O primeiro apresenta uma reflexão sobre a (des)construção do espaço, o uso do território e a partir do enfoque miltoniano sobre os sistemas de objetos, de normas e de ações; No segundo, discute-se os subsistemas dos circuitos da economia miltoniano (superior e inferior) como agentes (des)estimuladores para a (re)organização do espaço; No terceiro, insere-se a função da fronteira e a busca pela integração territorial; No quarto, debate-se a inserção do Estado do Amapá como uma fronteira tardia.
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