RESUMO Neste estudo objetivou-se analisar as principais estratégias de cuidados adotadas por enfemeiros, no enfretamento do processo de morrer, na atenção à criança hospitalizada com câncer avançado, e no cuidado de si. Estudo descritivo, qualitativo, realizado no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), Brasil. Participaram nove enfermeiros. Os dados foram coletados entre janeiro e março de 2012, por entrevista semiestruturada e foi utilizada a Análise Temática para tratamento dos dados. Emergiram quatro categorias, das quais duas estão apresentadas neste artigo: a flexibilidade do cuidado de enfermagem em prol da melhor qualidade de vida da criança com câncer avançado em processo de morrer; e o cuidado de si adotado por enfermeiros frente à possibilidade da morte da criança com câncer avançado. Os enfermeiros organizam, planejam e implementam os cuidados de acordo com as necessidades da criança, valorizando o conforto, a qualidade de vida, a dignidade e a família. Estabelecem estratégias para a manutenção do equilíbrio psicoemocional pela dificuldade em lidar com o processo de morte/vida da criança, tais como: envolvimento com o trabalho, estabelecimento de relações interpessoais saudáveis, distanciamento emocional, religiosidade e capacitação profissional. O contexto é complexo, sugerindo a realização de novas pesquisas que fomentem conexões intersubjetivas no pensar e fazer o cuidado de enfermagem. Palavras-chave: Enfermagem Oncológica. Enfermagem Pediátrica. Autocuidado. Cuidados Paliativos. INTRODUÇÃO O câncer infantil é considerado raro quando comparado com os tumores em adultos, representando aproximadamente 2,5% de todos os casos de câncer no Brasil. Contudo, é a segunda causa de morte na faixa etária de 5 a 19 anos, ultrapassado apenas pelos óbitos por causas externas, resultado de políticas de prevenção de outras doenças na infância, como as infectoparasitárias (1). Na fase avançada da doença oncológica são implementados os cuidados paliativos, que consistem na assistência promovida por equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida da pessoa e dos seus familiares diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento da dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais (2). Essa fase do tratamento da criança é marcada pela incerteza, imprevisibilidades, dúvidas e elevada possibilidade de lidar com a morte, o que torna as relações de cuidado ainda mais complexas, como no caso das que são estabelecidas por enfermeiros, por exemplo, para com a própria criança e seus familiares (3-5). Dentre as modalidades de atendimento nos cuidados paliativos destaca-se a internação hospitalar, onde o enfermeiro permanece presente 24 horas, e ao gerenciar o cuidado, estabelece relação empática com a criança e com a família, valorizando a subjetividade, a comunicação e o trabalho em equipe em prol do atendimento das necessidades das mesmas (3). Desta forma, entende-se ...
The objectives were to assess the association between psychosocial stress at work and alcohol consumption patterns in offshore oil workers. This was a cross-sectional study of 210 workers on offshore oil rigs in the state of Rio de Janeiro, Brazil, from July to September 2014. The data collection instrument was a self-completed multidimensional questionnaire. Exposure to stress was measured by the demand-control model and alcohol consumption pattern was measured with the Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). Statistical analyses were based on the multivariate logistic regression model. Participants' mean age was 32.9 years (SD ± 8.1 years). Most were married (62.9%) and reported having a religion (84.5%); 15.2% reported abusive levels of alcohol consumption, 20.3% had finished university, and 56.6% had fewer than 5 years of offshore experience. All the participants were subject to 12-hour daily shifts for 15 days followed by 15 days off, and 62.4% worked on fixed shifts. The multivariate analyses showed that workers exposed to workplace stress (OR = 3.30; 95%CI: 1.18-9.27) had higher odds of alcohol abuse when compared to unexposed workers. The results help elucidate what is still a controversial issue in the literature, i.e., the relationship between psychosocial stress and alcohol consumption, and point to the need for further studies.
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