O artigo objetiva apresentar narrativas sobre as ações do Programa Mobral Cultural, implementado pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), no município de Santana do Ipanema-AL (1973-1985), com o desígnio de reconstrução da memória em Educação de Jovens e Adultos (EJA). Trata-se de um recorte de uma pesquisa que buscou compreender – a partir de fontes orais e visuais –, como os sujeitos do sertão alagoano experienciaram e ressignificaram as ações culturais desenvolvidas pelo Mobral em um contexto de Ditadura civil-militar. Os depoimentos foram colhidos por meio da abordagem qualitativa da história oral, com base nos postulados teóricos de Alberti (2008), Portelli (2010), Bosi (1994) e Thompson (1992) privilegiando, também, a fotografia como fonte baseado em Cartier-Bresson (1971), Leite (1993) e Mauad (1996). As fontes orais e visuais trouxeram novas reflexões em relação ao lugar – sertão alagoano. Isso nos fez perceber as contribuições e ressignificações que foram possíveis no contexto da investigação, entre elas a apropriação dos artistas locais das ações culturais desenvolvidas em um Movimento marcado pela Ditadura civil-militar.
RESUMO: Este texto enfatiza o Batalhão de Lagoa, que se caracterizava como uma prática cultural do sertanejo que agregava o cultivo do arroz nas lagoas formadas pelo Rio São Francisco, nas épocas em que as águas eram abundantes. É um recorte de uma pesquisa mais ampla, que utiliza a História oral (ALBERTI, 2008;BOSI, 1994), e integra o Núcleo de Memória da Educação de Jovens e Adultos. Neste recorte apresentamos a memória do referido Batalhão, por meio de narrativas memorialísticas advindas de fontes orais e visuais de um interlocutor, que testemunhou as práticas culturais do Batalhão de Lagoa; dentro das ações do Programa Mobral Cultural, desenvolvidas na zona rural do Município de Pão de Açúcarsertão de Alagoas. As narrativas foram colhidas por meio de entrevistas e fotografias Cartier-Bresson (1971), Guran, (2011) e Leite (1993). Os dados mostraram que mesmo em meio à forte carga ideológica da Ditadura civil-militar do golpe de 1964, os sujeitos sertanejos agiram enquanto praticantes culturais, demonstrando a resistência das comunidades tradicionais na tentativa de conservarem seus costumes e tradições. PALAVRAS-CHAVE:Prática cultural. Tradição. Memória. Sertão de Alagoas. RESUMEN:Este texto enfatiza el Batallón de la laguna que se caracterizaba como una práctica cultural del sertanejo y agregaba el cultivo del arroz en las lagunas formadas por el Río São Francisco, en las épocas en que las aguas eran abundantes. Es un recorte de una investigación más amplia, que utiliza la Historia oral
O artigo tem como objetivo narrar as pesquisas realizadas no âmbito do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), com o foco na permanência escolar dos trabalhadores-estudantes do Proeja. Utilizamos o método de História de vida como ponte entre o individual e o social conforme Cipriani (1988) e Paulilo (1999). O continuum das pesquisas em três campi se constituiu como resistência não só para que os cursos do Proeja permaneçam a partir dos seus resultados, mas também para possibilitar o aperfeiçoamento da política de permanência que o Ifal já defende, embora ainda seja necessária maior ênfase aos trabalhadores-estudantes no que tange aos aspectos materiais e simbólicos.
RESUMO Este artigo é um recorte de uma pesquisa realizada no período de 2015 a 2018, no sertão de Alagoas, que teve como foco as ações desenvolvidas no Programa Mobral Cultural, implementado pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), apoiando-se na História oral, Alberti (2008) e Bosi (1994), privilegiando como fontes as entrevistas e também a fotografia de Cartier-Bresson (1971), Guran (2011) e Leite (1993). Objetivou apresentar as narrativas memorialísticas advindas das fontes mencionadas de dois sujeitos inseridos no contexto das atividades culturais do referido Movimento, surgidas das indagações: A presença de ações culturais incentivadas pelo Mobral cultural ocasionou a valorização da cultura popular sertaneja? Quais os significados para os sertanejos das iniciativas culturais ofertadas? As fontes orais e visuais trouxeram novas reflexões em relação ao lugar - Sertão alagoano - e nos fizeram perceber as ressignificações que foram possíveis em um Movimento com a dimensão que teve o Mobral, na época da Ditadura Civil-militar.
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