O artigo objetiva apresentar narrativas sobre as ações do Programa Mobral Cultural, implementado pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), no município de Santana do Ipanema-AL (1973-1985), com o desígnio de reconstrução da memória em Educação de Jovens e Adultos (EJA). Trata-se de um recorte de uma pesquisa que buscou compreender – a partir de fontes orais e visuais –, como os sujeitos do sertão alagoano experienciaram e ressignificaram as ações culturais desenvolvidas pelo Mobral em um contexto de Ditadura civil-militar. Os depoimentos foram colhidos por meio da abordagem qualitativa da história oral, com base nos postulados teóricos de Alberti (2008), Portelli (2010), Bosi (1994) e Thompson (1992) privilegiando, também, a fotografia como fonte baseado em Cartier-Bresson (1971), Leite (1993) e Mauad (1996). As fontes orais e visuais trouxeram novas reflexões em relação ao lugar – sertão alagoano. Isso nos fez perceber as contribuições e ressignificações que foram possíveis no contexto da investigação, entre elas a apropriação dos artistas locais das ações culturais desenvolvidas em um Movimento marcado pela Ditadura civil-militar.
No presente artigo, evidenciamos as contribuições das leituras de Freire (1975, 1979, 1992, 2005) e Honneth (2009, 2018) que fizeram parte da nossa trajetória profissional. Ressalta-se que nos percursos que vivemos em momentos distintos, na condição de professores/as, pesquisadores/as da Educação, tivemos a oportunidade de vivenciar práticas pedagógicas inovadoras, grande parte, com base no legado bibliográfico de Paulo Freire, que nos possibilitou/possibilita valorizar a relevância da ação político-pedagógica nas escolas. Trazemos o recorte de uma pesquisa realizada em quatro escolas públicas de Alagoas, investigação inserida no Observatório Alagoano de Leitura na EJA, que nos conduziram a constatar que as escolas se configuram como espaçotempo de exercício de autonomia, de estudantes e professores, apropriando-se da realidade. Inspirados ainda em Freire (1979) reafirmamos o compromisso com a Educação como prática da liberdade. Nesse contexto, a palavra é compreendida como “força de transformação do mundo”. Assim, podemos pensar com Freire (2005) e Honneth (2009; 2018) nas formas de engajamento e luta que evocam processos de humanização e libertação frente aos contextos de profunda coisificação e consequente esquecimento do reconhecimento subjetivo e social.
RESUMONeste texto serão apresentados os resultados da investigação que teve como foco analisar a utilização do Livro Didático -LD no processo interativo de sala de aula da 1ª Fase da Educação de Jovens e Adultos -EJA. A opção metodológica centrou-se na abordagem da pesquisa qualitativa na modalidade do Estudo de Caso auxiliado pelas orientações da etnografia interacional. Para fundamentar a pesquisa tomou-se como referencial teórico os estudos de Bakhtin (2004), Geraldi (2002, Koch (1997), Marcuschi (2001), Bazerman (2006. A pesquisa revelou dentre outros aspectos que o uso do LD, não é uma prática constante em sala de aula, outros suportes de gêneros como jornais e revistas marcam presença. Revelou também que não foi explorada e nem valorizadas outras vozes presentes nos gêneros trabalhados, tanto do LD como de outros suportes, prejudicando assim, o entendimento ao enfoque bakhtiniano, fazendo com que a interação e, conseqüentemente, a interação verbal não acontecessem amplamente.Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos, livro didático, língua materna, interação.
Resumo: Este artigo, recorte de uma pesquisa longitudinal em andamento (2012)(2013)(2014)(2015), tem por objetivo refletir sobre os procedimentos da pesquisa colaborativa que, ao favorecer espaços de aprendizagens entre escola e universidade, põe em relevo os movimentos de alteridade entre os sujeitos envolvidos na atividade investigativa. Empenhadas na ideia de realizar uma pesquisa com os docentes de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede pública de ensino e não sobre eles, elegeuse esse tipo de abordagem para colocar em foco o ensino da leitura. Como apoio teórico e metodológico a determinadas categorias que compõem a discussão deste artigo, buscou-se interlocução com Bakhtin (2003), Freire (2006, 1981, 1979), Ibiapina (2008 entre outros que contribuem com o tema em tela. As sessões de reflexão realizadas, a exemplo do episódio analisado neste trabalho, têm revelado que os fundamentos epistemológicos e encaminhamentos metodológicos da pesquisa colaborativa, além de subverterem o modelo positivista de ciência, vêm contribuindo com a formação continuada desses professores de EJA, com o contexto escolar, bem como com os próprios pesquisadores da universidade.aape epaa
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