RESUMO Objetivo: comparar o resultado do escore de Alvarado com os achados cirúrgicos e com os resultados do exame histopatológico do apêndice de pacientes operados por apendicite aguda. Métodos: estudo observacional com delineamento transversal de 101 pacientes com 14 anos de idade ou mais, submetidos à apendicectomia de urgência. A avaliação continha o escore de Alvarado, pontuação no escore, sexo, idade, etnia dos pacientes e tempo de evolução. Foi obtido o aspecto cirúrgico do apêndice, dados a respeito das complicações pós-operatórias e o resultado do exame histopatológico. O intervalo de confiança pré-estabelecido foi de 95%. Foram calculadas sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo do escore, e realizada uma análise através da curva ROC. Resultados: a associação entre o escore de Alvarado e a confirmação diagnóstica utilizando como ponto de corte uma pontuação maior ou igual a seis encontrou-se significância estatística (P=0,002), com sensibilidade de 72% e especificidade de 87,5%. A pontuação maior ou igual a seis mostrou maior tendência a apresentar fases mais avançadas da apendicite aguda tanto no aspecto cirúrgico quanto histopatológico, quando comparado a uma pontuação menor que seis. O sexo masculino apresentou maiores chances de complicações quando comparado ao sexo feminino (P=0,003). Conclusão: o escore de Alvarado se mostrou um bom método para triagem diagnóstica na apendicite aguda, já que pontuações maiores ou iguais a seis estão associadas a uma probabilidade maior de confirmação diagnóstica e de quadros mais avançados da doença aguda.
-Background -Large proportion of surgical patients experience severe pain postoperatively. Aim -To evaluate the analgesic efficacy of infiltration on incision of laparoscopic cholecistectomy with ropivacaine and the effect on opioids consumption. Methods -A prospective, randomized, double-blind study was conducted, where 70 patients undergoing laparoscopic cholecistectomy were divided into two groups, I (infiltration) and C (control). After 12 hours of post-operative patients were interviewed and answered the Visual Analogue Scale. The consumption of opioids was evaluated through medical records at the time of interview. Results -When comparing the intensity of pain in both groups, was noticed a better profile of pain in the intervention group, with 44.4% reported mild pain, moderate pain 50% and 5.6% severe pain. In group C the respective values were 38.2%, 50% and 11.8% (P = 0.622). The group I had lower average pain, 2.75, compared with group C, 3.75, but this result was not statistically significant (P = 0.319). Similarly group I opioids had a lower consumption than group C, 47.2% and 52.9% respectively, although with no statistical significance (P = 0.632). Conclusion -The infiltration of the incisions with ropivacaine, although without statistical significance, produced reduction in the postoperative pain, as well as reduced the consumption of opioids after 12 hours. ABCDDV/809RACIONAL -Racional -Grande parte dos pacientes cirúrgicos experimenta dor intensa no pós-operatório. Objetivo -Avaliar a eficácia analgésica da infiltração das incisões da colecistectomia laparoscópica com ropivacaína, bem como seu efeito sobre o consumo de opióides. Métodos -Foi realizado estudo prospectivo duplo-cego randomizado, em que 70 pacientes submetidos a colecistectomia laparoscópica foram divididos em dois grupos, I (infiltração) e C (controle). Após 12 horas de pós-operatório os pacientes foram entrevistados e responderam a Escala Visual e Analógica da Dor. O consumo de opióides foi avaliado através dos prontuários médicos, no momento da entrevista. Resultados -Notouse melhora da dor no grupo intervenção sendo que 44,4% revelaram dor leve, 50% dor moderada e 5,6% dor intensa. Já no grupo C os respectivos valores foram 38,2%, 50%, e 11,8% (P=0,622). O grupo I apresentou menor média de dor, 2,75, comparada com o grupo C, 3,75, mas esse resultado não foi estatisticamente significante (P=0,319). Da mesma forma o grupo infiltrado consumiu menos opióides que o grupo controle, 47,2% e 52,9 respectivamente, embora sem significância estatística (P=0,632). Conclusão -A infiltração das incisões da videocolecistectomia com ropivacaína, conferiu diminuição na dor pós-operatória, bem como reduziu o consumo de opióides após 12 horas de pós-operatório.
Objective The study evaluated factors associated with abdominal pain during colonoscopy. Methods This was a cross-sectional observational study that evaluated patients who underwent colonoscopy between February 2014 and February 2015. Physical characteristics, surgical history and previous colonoscopies, indication and current examination conditions, fentanyl and midazolam dose, and pain level were analyzed. Significance level adopted: p < 0.05. Chi-squared test was used for association of categorical variables, Student's t-test was applied for comparison of means, and Spearman's coefficient was used for correlation. Results A total of 566 women and 391 men with mean age of 54.81 years and mean BMI of 27,064 were evaluated. Of the total, 29 (3.0%) had mild pain, 42 (4.4%) had moderate pain, and 18 (1.9%) had severe pain. Women were less tolerant (p = 0.011) and had longer cecal intubation times (p = 0.001). Mean duration of colonoscopy and mean dose of midazolam were higher in patients with pain (p = 0.001), (p < 0.001*). Among the 39 patients with an incomplete examination, 8 reported pain (p = 0.049). Conclusion Female gender and prolonged intubation time were significantly associated with abdominal pain during colonoscopy. Patients with discomfort had a higher failure rate on the exam. Additional doses of midazolam given to patients with pain were not effective.
INTRODUÇÃOColangiocarcinomas são formas incomuns de neoplasia gastrointestinal, cuja incidência varia de 0,01% a 0,8% 8 . Os tumores de Klatskin (TK) são colangiocarcinomas hilares (CCCH) 16 originados na bifurcação do ducto hepático principal 9 , cuja localização é extra-hepática. Correspondem a 25% de todos os colangiocarcinomas e são frequentemente adenocarcinomas 5 . Classificação de Longmire para as vias biliares extra-hepáticas, divide-os em tumores dos terços proximal, médio e distal 8 .A clínica é principalmente icterícia obstrutiva 6 , além de dor abdominal em hipocôndrio direito e perda de peso 7 .Os fatores de risco principais para o seu desenvolvimento são: cirrose, colangite esclerosante primária, coledocolitíase crônica, adenoma ductal, papilomatose biliar, doença de Caroli, cisto de colédoco e infestação parasitária biliar 12 . Contudo, a maioria dos pacientes permanece com etiologia desconhecida 12 .A letalidade é alta 13 e a ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha; porém, a maioria está, no diagnóstico, em estágios avançados envolvendo estruturas adjacentes e, por conseguinte, irressecáveis 6,8,10,14 . O prognóstico é pior nas lesões do terço superior, o que ocorre ente 40% e 60% dos casos 6,15 . Assim, a morbidade desse tumor atinge taxas de 30% a 50%, enquanto que a mortalidade não ultrapassa 10% 15 .Derivação bilio-digestiva, após ressecção, é uma forma de reconstrução do trânsito, e a operação de Longmire é habitualmente utilizada. O procedimento de colangiojejunostomia intra-hepática 9,16 usa o ducto hepático esquerdo distal para a anastomose bílio-digestiva. RELATO DO CASOHomem de 68 anos, natural e procedente de Itajaí, procurou assistência médica com quadro ictérico intenso e tomografia computadorizada demonstrando lesão na bifurcação dos ductos hepáticos com pequena dilatação das vias biliares e sem critérios de invasão adjacente ou metástases. Foi solicitada colangiorressonância magnética que confirmou os achados da tomografia.Levado à laparotomia exploradora com incisão subcostal bilateral, verificou-se massa em hilo hepático com invasão portal, hepática e do complexo duodenopancreático. Sendo contraindicada a ressecção, optou-se por derivação biliodigestiva e hepatectomia parcial esquerda com anastomose hepaticojejunal (Figura 1). Houve boa evolução no pós-operatório, com diminuição da icterícia. Objetivos -Relatar um caso de tumor de Klatskin submetido à drenagem cirúrgica da via biliar intra-hepática. Relato do caso -Homem de 68 anos, procurou assistência médica com quadro ictérico intenso e colangiorressonância magnética confirmou o diagnóstico de tumor de Klatskin. Levado à laparotomia exploradora verificou-se massa em hilo hepático com invasão portal, hepática e do complexo duodenopancreático. Optou-se por derivação biliodigestiva e hepatectomia parcial esquerda com anastomose hepaticojejunal. Houve boa evolução no pós-operatório, com diminuição da icterícia. Conclusão -A derivação biliodigestiva no tratamento do tumor de Klatskin é procedimento que alivia o quadro ictéric...
A cirurgia bariátrica tem-se mostrado o método mais eficaz na resolução do diabetes mellitus (DM) tipo II, chegando a resultados superiores a 80% de cura da doença 1,2,3 . A resolução não se deve apenas à perda de peso que gera aumento da sensibilidade à insulina, mas à "inanição" no pós-operatório imediato que leva a balanço energético negativo, condição que aumenta a tolerância à glicose, além de que haverá aumento dos hormônios pancreáticos que aumentam a secreção e a ação da insulina 3 . Contudo, alguns estudos têm mostrado estado de hiperinsulinemia com hipoglicemia em certos pacientes obesos mórbidos após a realização da cirurgia bariátrica 4 , principalmente pelo procedimento de Y-de-Roux com bypass gástrico, que é o mais utilizado nos Estados Unidos . Essa entidade foi denominada de nesidioblastose, crescimento patológico das células beta do pâncreas que resulta em ameaça à vida devido ao estado hiperinsulinêmico-hipoglicêmico excessivo 2,5 . Service et al. ABCDDV/574Klaus DG, Carvalho DC, Souza JCG. Hipoglicemia por nesidioblastose: uma complicação rara da cirurgia bariátrica? ABCD Arq Bras Cir Dig 2007;20(4):280-2. RESUMO -Introdução -A cirurgia bariátrica tem-se mostrado o método mais eficaz na resolução do diabetes mellitus tipo II, chegando a resultados superiores a 80% de cura da doença. Contudo, alguns estudos têm mostrado estado de hiperinsulinemia com hipoglicemia em certos pacientes obesos mórbidos após a realização da cirurgia bariátrica, ao que se denominou nesidioblastose, que corresponde ao hipercrescimento patológico das células beta pancreáticas. O objetivo desse estudo é realizar revisão bibliográfica sobre nesidioblastose pós-cirurgia bariátrica, através da pesquisa por artigos científicos publicados a partir de 2000. Métodos -Realizou-se revisão bibliográfica de artigos científicos publicados a partir de 2000. A base de dados pesquisada foi o PubMed, através do site www.pubmed.gov. cruzando-se os descritores Nesidioblastose. Hiperinsulinismo. Hipoglicemia. Cirurgia bariátrica, complicações. Revisão da literatura -Revisou-se 14 publicações encontradas com o tema. Dentre elas, Cummings defende que após a realização da cirurgia bariátrica, ocorrem alterações no trânsito intestinal gerando estimulação e crescimento excessivo das células beta-pancreáticas e maior atividade dos hormônios pancreáticos, sugerindo possível causa para a nesidioblastose. Corroborando para desvendar a causa dessa doença, autores sugerem que o rápido trânsito alimentar duodenal após o bypass gástrico, eleva os níveis da peptídeo glucagonóide 1 e estimula, assim, a hiperinsulinemia hipoglicêmica nesses pacientes. De forma semelhante, outros defendem que a perda de peso após a cirurgia bariátrica, reduz muito a resistência à insulina devido à hipertrofia e hiperfunção das células beta-pancreáticas, o que é muito comum na obesidade, gerando a nesidioblastose. Conclusão -A nesidioblastose após cirurgia bariátrica pode representar o extremo patológico de um fenômeno benéfico para a maioria dos pacientes obesos mórbidos...
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