Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa que tem por objetivo refletir sobre as relações de gênero que se configuram nos caminhos da profissionalização de homens (futuros) pedagogos. Este estudo está vinculado a um projeto de pesquisa mais abrangente desenvolvido em um Programa de Pós-Graduação em Educação da Região Sul do Brasil. Para atingir o objetivo proposto na investigação, foram realizadas entrevistas narrativas, com pedagogos em processo de formação e com outros já formados. Buscando apoio teórico nos estudos de gênero pós-estruturalistas, nos estudos em docência e nos estudos em pedagogia, pode-se concluir que: a) um pressuposto de gênero reduz a masculinidade do homem professor à sexualidade (natural e incontrolável), contribuindo para afastá-lo do exercício da docência na educação infantil e nos anos iniciais e colocar sob suspeita suas práticas pedagógicas; b) uma norma de gênero colabora, ainda, para posicionar esses homens em cargos administrativos, afastando-os, assim, da sala de aula e empurrando-os para outros espaços, mesmo que tais homens não aspirem a cargos de gestão, e que prefiram atuar nas atividades de docência que executam.Palavras-chave: Pedagogia. Docência. Profissionalização. Gênero. Masculinidade.
Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa que tem por objetivo discutir e tensionar a construção e (des)arranjos dos scripts de gênero nas infâncias, percebendo as situações que estão em jogo quando o assunto se refere à constituição de corpo, gênero e sexualidade das crianças, especialmente em relação ao tema da transexualidade. A metodologia utilizada foi a da entrevista-narrativa com três mulheres trans e três homens trans . Buscando apoio teórico nos Estudos de Gênero, de inspiração pós-estruturalista, bem como nos Estudos Queer, pode-se concluir que: a) a transexualidade é uma expressão identitária de caráter contingente que sofre constantemente regulações cisheteronormativas, de ordem social e familiar. b) o poder pastoral e a hipótese repressiva tornam-se tecnologias com vistas na regulação dos corpos. c) mesmo diante de todas as repressões sofridas, as crianças que apresentam variante de gênero operam técnicas para subverter a cisheteronorma.
Neste texto, inspirado pela nossa participação em um cine debate sobre a produção “Party Girl”, pretendemos problematizar questões referentes à generificação, à sexualização e ao envelhecimento dos corpos. Para cumprir com esse objetivo, nos apoiaremos nos Estudos de Gênero, nos Estudos Culturais e em teorizações do filósofo Michel Foucault, bem como de outros/as autores/as vinculados/as à perspectiva de análise pós-estruturalista. Consideramos que o controle dos corpos se dá de diversas maneiras e, nesse artigo, abordaremos as estratégias de poder que buscam conduzir os sujeitos através de certos scripts normalizadores de comportamento. Ao mesmo tempo, destacaremos formas de resistência da personagem principal às tentativas de controlar sua conduta. Tal resistência, que compõe o dispositivo da sexualidade, se dá na criação de uma vida como obra de arte que inventa scripts alternativos.
Neste artigo, a partir da proposição de uma lei que limita a atuação de homens na Educação Infantil no Estado de São Paulo, problematizamos a figura do homem-professor nesta etapa da educação. Sustentados nos Estudos de Gênero, de vertente pós-estruturalista, nos cabe considerar que nossas instituições educativas são atravessadas por scripts de gênero que dimensionam nosso olhar e conduzem a conduta dos sujeitos. Este texto foi produzido através do diálogo entre duas pesquisas produzidas em momentos distintos (BELLO, 2006; ZANETTE, 2018), mas que tinham como corpus a primeira etapa da Educação básica. As metodologias utilizadas foram a observação participante em uma turma da Educação Infantil e grupos focais com docentes, respectivamente. Depreendeu-se deste diálogo que o estranhamento da presença do homem-professor na Educação Infantil é ratificado pelo pânico moral que vêm se produzindo ao longo do tempo. Pânico este que traduz o sujeito masculino como portador de uma sexualidade incontrolável, consequentemente, perigosa. Contudo, percebe-se que estes obstáculos podem ser encarados como elementos que contribuem para a constituição de uma profissionalidade masculina que atua junto a diferentes instituições com crianças.
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