Introdução: os medicamentos à base de plantas detêm de importantes contribuições a sociedade desde a antiguidade. O uso deve ser conduzido de maneira cautelosa, além disso a eficácia deve comprovada e a toxicidade deve ser mensurada para que não haja reações adversas pós-consumo. Diante disso, a Cissus sicyoides que é popularmente conhecida como cipó-pucá, insulina vegetal, uva brava e cortina japonesa, é utilizada por apresentar atividade antidiabética, anti-inflamatória, antimicrobiana, antidiarreica, entre outros. Com isso, são necessários ensaios científicos com objetivo de avaliar possíveis citotoxicidade e atividades biológicas. Objetivo: avaliar a possível toxicidade, caracterização fitoquímica e potenciais biológicos da Cissus sicyoides. Metodologia: o estudo foi realizado através de análise fitoquímica (CCD) e ensaios de eliminação de radicais livre (DPPH), atividade foto protetora in vitro, atividade hemolítica e citotoxicidade frente Artemia salina. Resultados: a análise fitoquímica foi positiva para alcaloides, flavonoides, saponinas, polifenóis (taninos hidrolisáveis), terpenos e esteroides. Entretanto, os ensaios de citotoxicidade mostram CL50 baixa bioatividade frente Artemia Salina e elevada atividade hemolítica. Quanto aos espectros de absorção espectrofotométrica foi evidenciado um potencial fotoprotetor. Conclusão: sugere-se a realização de novos estudos para que possa determinar outros potenciais biológicos, para possivelmente contribuir no desenvolvimento de novos fármacos, onde pode ser aplicada em atividades terapêuticas que envolvem citotoxicidade, como antitumoral e antimicrobiano.
Introdução: com passar dos anos as espécies vegetais passaram a ser alternativas terapêuticas para grande parte da população, mesmo com restritas pesquisas científicas que assegurem sua eficácia e segurança. Dentre essas, encontra-se a Crescentia cujete, uma espécie arbórea, com grande distribuição no Nordeste do Brasil. Conhecida população local como coité ou árvore de cabaça, é utilizada para diferentes finalidades terapêuticas, como analgésico, antitumoral, espasmolítica e alguns distúrbios ginecológicos. Objetivo: avaliar a possível citotoxicidade e realizar a caracterização fitoquímica do extrato hidroalcoólico da Crescentia cujete. Metodologia: o extrato foi obtido através de homogeneização com solução hidroalcoólica. A avaliação da citotoxicidade se baseou nas metodologias de fragilidade osmótica eritrocitária e letalidade frente à Artemia salina L. Resultados: foram detectados a presença de promissores fitoquímicos como taninos, saponinas e cumarinas. Os ensaios citotóxicos demonstraram CL50 1186,77μg/mL, considerado baixo potencial citotóxico frente à Artemia salina L. quanto ao percentual hemolítico, o extrato obteve percentual de 60,67%. Conclusão: portanto, fomenta-se a realização de novas pesquisas in vivo e in vitro que busque caracterizar seu potencial tóxico, como também mais estudos para quantificação dos compostos fitoquímicos para possível aplicação no desenvolvimento e descoberta de fármacos.
Objetivo: Revisar e compilar informações descritas na literatura sobre a composição química e atividades biológicas do gênero Crescentia. Revisão bibiografica: A Crescentia cujete L. mostrou ser tão eficaz quanto Crescentia alata kunt em relação aos efeitos terapêuticos. As espécies possuem diversos compostos bioativos isolados e identificados através de técnicas espectrométricas, compostos estes, ligados às atividades biológicas apresentadas nas espécies do gênero, até mesmo as atividades que necessitam de relativa toxicidade, como atividades antimicrobiana e anticancerígena, destacando-se como uma futura candidata a fornecer seus componentes para a indústria farmacêutica. Muitas espécies são utilizadas, no uso popular, de forma inadequada, tendo em vista que grande parte dos usuários não possuem conhecimentos científicos acerca das suas atividades biológicas, resultando por vezes, em efeitos adversos. Considerações finais: Apesar do uso do gênero para fins terapêuticos se mostrar bastante difundido, em algumas situações essa prática pode não ser recomendada, devido a toxicidade que permeia as substâncias presentes, fazendo-se necessários estudos de toxicidade de modo a estimar a segurança bem como os verdadeiros potenciais terapêuticos.
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