RESUMO Objetivo Avaliar a saturação de oxigênio (SatO2), a frequência cardíaca (FC), o tempo de internação e o peso dos recém-nascidos pré-termos (RNPTs) em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, na oferta de dieta pelas técnicas de alimentação via copo e sonda-dedo, simultaneamente ao aleitamento materno. Método Ensaio clínico randomizado simultâneo. Foram selecionados 25 prematuros internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de hospital público, no período de outubro de 2011 a fevereiro de 2012. A amostra foi dividida em dois grupos: 8 prematuros nascidos em dia par, que receberam a dieta no copo (GCP) e 17 prematuros, nascidos em dia ímpar, que receberam a dieta pela sonda-dedo (GSD). Na oferta da dieta foram anotados os valores mínimos e máximos da SatO2 e FC, antes de oferecer a dieta, durante e após a oferta. Resultados Quanto às variáveis SatO2 e FC, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, mas, no fator grupo versus tempo, os grupos apresentaram diferenças, não contínuas na variável SatO2. Em relação ao peso, foi constatado ganho estatisticamente significativo para ambos os grupos, sendo que, no GCP, o maior ganho de peso foi por causa do maior tempo de internação. Foi verificado que o GSD apresentou menor tempo de internação. Conclusão Não houve diferenças quanto à SatO2 e FC. Contudo, ao se analisar o fator tempo, os grupos apresentaram algumas diferenças, não contínuas, o que indica a necessidade de outros estudos para melhor compreensão do efeito. O GSD apresentou menos tempo de internação e os RNPTs do GCP tiveram maior ganho de peso em razão do maior tempo de internação.
Introdução: A presença da disfagia no ambiente hospitalar aumenta os custos de cuidado com a saúde e leva a maior tempo de internação hospitalar sobrecarregando, portanto, o sistema de saúde. Pacientes internados, por diferentes doenças de base, podem apresentar risco para disfagia com necessidade de intervenção fonoaudiológica. Objetivo: Rastrear o risco de disfagia em pacientes internados em um Hospital Universitário. Métodos: Estudo do tipo transversal descritivo realizado no período de março de 2016 a setembro de 2018 em um Hospital Universitário. Os dados foram coletados por meio de análise de prontuário e aplicação do instrumento de rastreio - Eating Assessment Tool (EAT-10). Os pacientes que pontuaram 3 ou mais foram classificados com risco de disfagia. Para análise estatística foi considerado o nível de 5% de significância. Resultados: O risco de disfagia foi identificado em 191 (7,8%) pacientes. Houve prevalência do sexo masculino, idade superior a 60 anos, e a doença de base prevalente foi cardiovascular. Observou-se que a Disfonia (4,2%), refluxo gastroesofágico (3,8%), uso de traqueostomia (1,1%) e via alternativa de alimentação (3,1%) foram fatores associados ao risco de disfagia. Conclusão: Observou-se risco de disfagia nos pacientes internados principalmente nos pacientes do sexo masculino, idosos e cardiopatas. Disfonia, refluxo gastroesofágico, uso de traquestomia e via alternativa de alimentação foram fatores associados ao risco de disfagia.
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Introdução: Envelhecer envolve mudanças que podem comprometer órgãos e funções. Com o crescimento da população idosa há grande demanda de idosos saudáveis suscetíveis a alterações na deglutição. Objetivo: Identificar o risco de disfagia e avaliar a qualidade de vida em deglutição de idosos saudáveis. Método: Estudo descritivo, observacional e transversal, aprovado pelo Comitê de Ética, no 1.797.382. Foram incluídos indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos e considerados saudáveis. A pesquisa foi realizada nas dependências da instituição e foram aplicados os protocolos EAT-10 e SWAL-QOL. Resultados: Participaram 110 idosos saudáveis com média de idade de 71 anos. Foram identificados 41 (37,27%) indivíduos com risco de disfagia, sendo a maioria do sexo masculino (n = 26; 63,41%) e com idade igual ou superior a 70 anos (n = 25; 60,98%). Não houve relação estatística entre risco de disfagia, sexo e faixa etária. Quanto ao SWAL-QOL houve diferença estatística entre os sexos para os domínos “deglutição como um fardo”, “frequência de sintomas” e “saúde mental”, porém sem diferença nas faixas etárias. Independente do sexo e idade, não houve impacto na qualidade de vida relacionada à deglutição. Não houve associação entre risco de disfagia e qualidade de vida. Conclusão: Idosos saudáveis apresentam risco de disfagia mais frequente após 70 anos e menores escores para os domínios “sono” e “fadiga” no SWAL-QOL.
A Esclerose Múltipla é uma doença que afeta o Sistema Nervoso Central, é prevalente em mulheres e tanto sua evolução como a gravidade dos sintomas são variáveis, acometendo de forma diferente cada indivíduo. As manifestações clínicas dependem da localização da lesão e da lesão tecidual e os pacientes podem apresentar uma série de sintomas, dentre eles destacam-se a fadiga e a disfagia. A fadiga na Esclerose Múltipla é de natureza multidimensional e a disfagia é um dos sintomas que pode estar ligado à fadiga. Objetivo: Identificar e correlacionar sintomas de fadiga e risco de disfagia em pacientes com Esclerose Múltipla. Métodos: Estudo do tipo transversal descritivo no qual foram incluídos pacientes com diagnóstico de Esclerose Múltipla atendidos no ambulatório de Neurologia de um Hospital Universitário. Os pacientes foram avaliados por meio da escala MFIS-BR e do questionário DYMUS-BR relacionados à fadiga e deglutição, respectivamente. Resultados: Foram incluídos 74 pacientes. Houve prevalência do sexo feminino (56,8%) e idade maior que 60 anos (95,9%). A forma da esclerose múltipla mais frequente foi a Remitente-recorrente (81,1%), o risco de disfagia foi identificado em 19 pacientes (25,7%) e a presença de sintomas de fadiga em 32 pacientes (43,2%). Houve correlação positiva fraca entre sintomas de fadiga e risco de disfagia (r <0,5) Conclusão: Embora fraca, houve correlação positiva entre sintomas de fadiga e risco de disfagia. Quanto maior o grau da fadiga, tanto maior pode ser o risco de alterações da deglutição.
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