Objetivo: Analisar a tendência temporal da mortalidade por câncer de colo de útero em Sergipe, no período de 2000 a 2018, bem como identificar sua relação com taxa de cobertura de exames citopatológicos. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais, cujos dados referentes à população feminina residente, número de óbitos por neoplasia maligna de colo de útero e número de exames citopatológicos realizados, estratificados por faixa etária e outras variáveis socioeconômicas na Unidade da Federação e período descritos, foram extraídos do DATASUS e de seus sistemas associados. Resultados: Foram verificados, entre 2000 e 2018, 1.239 óbitos por câncer de colo de útero em Sergipe, dos quais 23,18% eram mulheres de 50 a 59 anos; 51,49% de cor parda; 24,53% com nenhuma escolaridade; 40,36% solteiras e 67,71% ocorreram em ambiente hospitalar. Na cobertura de exames citopatológicos, foram encontrados dados de 2006 a 2018, identificou-se 1.067.695 exames realizados no mesmo local, a maioria possuía raça/cor, escolaridade, estado civil e ocorrência ignorados ou não registrados e 27,80% eram mulheres de 20 a 29 anos. Conclusão: Percebe-se a tendência de crescimento da mortalidade e a tendência de diminuição da taxa de cobertura, fato que, mesmo não significativo estatisticamente, pode representar variáveis inversamente proporcionais.
Femicide is a multifactorial problem that affects many people in the world. The study aimed to characterize femicide in the Brazilian Northeast. It has a descriptive character, with a quantitative approach and is characterized as ecological. Secondary data of public access were available from the Department of Informatics of the Brazilian Unified Health System (DATASUS) and the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). It can be seen that in the year of 2016, in the Northeast, 6,578 women died from external causes, of which 1,435 (22.6%) were homicide only. It is a consensus in the literature that regions that are marked by socioeconomic inequalities have a relationship directly proportional to the high cases of femicide and that some common characteristics among the victims function as risk factors. It is inferred, therefore, that young, brown, low-educated and single women are more likely to be beaten, with death being the extreme outcome, and even under the protection of the Maria da Penha Law, only two Northeastern states succeeded, in 2016, to reduce infantile cases of femicide.
Objetivo: Descrever os impactos na saúde e qualidade de vida de cuidadores e familiares de pacientes acometidos pela doença de Alzheimer. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de natureza qualitativa e caráter descritivo. Para o levantamento dos artigos na literatura, realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). As estratégias de busca foram realizadas a partir do cruzamento dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH) e suas combinações nas línguas portuguesa e inglesa: “Alzheimer”, “Cuidador” e “Idoso”. Resultados: A amostra final foi composta por 13 artigos, os quais foram selecionados por se enquadrarem nos critérios pré-estabelecidos onde todos apresentaram concordância a respeito das características dos cuidadores, onde a maioria são femininos e fazem parte do ciclo familiar sendo filha ou esposa do idoso. Conclusão: O presente estudo constatou que a qualidade de vida dos cuidadores familiares se encontra cada vez mais prejudicada, onde estes apresentam estresse, frustração, solidão e impotência. Dessa forma, tais condições podem influenciar de forma direta no cuidado prestado, já que o papel do cuidador resulta no bem-estar do paciente. Ademais, sugere-se o desenvolvimento e/ou revisão de programas e políticas públicas de apoio a essa população em particular, especialmente aqueles com recursos limitados, favorecendo uma melhor qualidade de vida para o cuidador e consequentemente ao idoso.
O presente estudo objetivou estimar a tendência temporal dos casos confirmados de tuberculose nos estados do nordeste brasileiro no período de 2001 a 2020. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal utilizando banco de dados públicos. Os dados foram levantados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS). As informações foram dispostas por meio da estatística descritiva: média, desvio padrão, mínimo e máximo. A taxa de incidência de tuberculose (TIT) foi calculada segundo sexo e estado e utilizada para a estimativa de tendência, realizada por meio da regressão por JoinPoint. Estimativa de correlação foi realizada utilizado a TIT com coeficientes de GINI, renda per capita e esgotamento sanitário. O Nordeste apresentou uma média de TIT de 46,15 casos (DP= 5,54) para cada 100 mil habitantes. As maiores TIT foram observadas em Pernambuco com 60,15 casos/100 mil habitantes (DP=2,92), seguido do Ceará com 50,69 casos/100 mil hab. (DP=5,02). A tendência temporal do Nordeste, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Sergipe foi estacionária (p>0,05). O Maranhão apresentou diminuição de -6,7% no grupo geral entre 2005-2012 e redução geral de -2% em toda série temporal. O Ceará, Paraíba e Alagoas apresentaram diminuição de -2,8%, -2,4% e -8,2% no grupo de mulheres, respectivamente. O estado da Bahia apresentou diminuição em todos os grupos, -11,2% (masculino), -4,1% (feminino) e -3,3% (geral). Os resultados da correlação não foram estatisticamente significativos (p>0,05). O Nordeste, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Sergipe apresentaram tendência estacionária, enquanto o Ceará, Paraíba, Alagoas e Bahia apresentaram diminuição.
Este estudo objetivou avaliar a tendência da mortalidade por doenças isquêmicas (DIC) do coração e cerebrovasculares (DCbV) no Brasil e regiões de 1980 a 2018. Trata-se de um estudo ecológico, que avaliou dados sobre mortalidade por DIC e DCbV no Brasil e regiões, de 1980 a 2018. Os dados de 1980 a 1996 foram provenientes da CID-9 e de 1997 a 2018 da CID-10. A taxa de bruta de mortalidade (TBM) e a taxa padronizada de mortalidade (TPM) foram calculadas. Para análise de tendência optou-se pela regressão linear simples. O Excel 2019 e o BioEstat 5.0 foram utilizados. No Brasil, a média de TPM foi de 68 casos para cada 100 mil habitantes para o grupo DIC em toda série temporal. Destaca-se um decréscimo de 45,43% na mortalidade de 1980 a 2018 em todo país. Na análise de tendência da mortalidade por DIC, somente o Nordeste e o Norte demonstraram tendência de elevação dos casos (p<0,05). No tocante a DCbV, a média nacional da TPM foi de 74,5/100 mil hab. com destaque para o sul com 91,7/100 mil. Na série temporal, o Brasil apresentou redução de 60,2% nos casos, sendo 104,7 casos/100 mil em 1980 e 41,6/100 mil em 2018. Somente o Nordeste e o Norte apresentaram tendência na elevação de casos (p<0,05). O presente estudo contribui com informações que permitem o melhor controle, prevenção e monitoramento das doenças cardiovasculares, na medida em que as intervenções se concentram em cada região do país, almejando diminuir as desigualdades na saúde pública.
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