O termo “reforço” apresenta subdivisões e muda de função dependendo do adjetivo que o acompanha. Um dos subtermos é encontrado na literatura como reforço natural. Buscando mapear diferentes funções da utilização desse conceito e identificar fontes de controle para seu emprego, recorreu-se a uma revisão de literatura operada em sete periódicos. Colheu-se todos os artigos que continham pelo menos uma das palavras: “reforço natural”, “reforçadores naturais”, “reforçador natural” ou “reforçamento natural” no corpo do texto. A busca resultou em 70 artigos publicados entre 1993 e 2020 e foram categorizados em três funções relativas ao emprego do termo analisado: 1) uso como função estabelecida filogeneticamente; 2) relação direta e impossível de mediação social entre resposta e reforçador; 3) contingência em vigor (planejada ou não) como critério de definição do conceito. A maioria dos artigos seguiu uma tendência no uso das definições 2 e 3 para o termo “reforçadores naturais”, porém, há trabalhos que se diferenciam dessa definição generalizada. Conclui-se, com este estudo, que é possível apontar avanços no uso do conceito de reforçadores naturais, promovendo uma maior unificação da linguagem científica dos eventos que este termo descreve.
O problema do reducionismo é uma questão perene na história e na filosofia da ciência. Tendo em vista a polissemia do termo e dos problemas advindos de se nomear um autor ou uma corrente teórica em ciência como reducionista, buscou-se neste ensaio teórico avaliar a que tipos de proposições reducionistas o pensamento skinneriano se opõe e/ou das quais se aproxima, com a finalidade de buscar reduzir equívocos no emprego desse adjetivo ao pensamento de B. F. Skinner. Para tanto, foi realizada uma análise conceitual de sua extensa obra de caráter teórico, no que se refere à possibilidade de ser categorizada como reducionista. Com exceção do período anterior à publicação do primeiro livro de Skinner em 1938, foram encontradas três categorias de reducionismo discutidas na obra skinneriana. Em uma primeira acepção, Skinner posiciona-se contra o reducionismo de condução derivacional, na segunda, coloca-se contra o reducionismo como uma supersimplificação dos fenômenos comportamentais e, por fim, apresentou-se uma terceira função para o debate ao identificá-lo como um defensor do estatuto nomológico do comportamento. Conclui-se que atribuir o rótulo de reducionista ao pensamento de Skinner não se configura um equívoco, pois esta ideia pode variar em função de que tipo de reducionismo está em questão. Apenas um dos três sentidos do termo reducionismo, o qual se refere a este como uma defesa do estatuto nomológico do comportamento, é concordante com o pensamento de Skinner. Os outros dois sentidos, o de condução derivacional e o de supersimplificação, podem ser considerados incompatíveis com a proposta skinneriana de ciência.Palavras-chave: análise do comportamento; Skinner; reducionismo; redução; análise conceitual.
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