A infestação de plantas daninhas de difícil controle em uma cultura exerce efeitos negativos diretos no seu crescimento e desenvolvimento, competindo por água, luz e nutrientes, além de dificultar a colheita e, no caso específico da cana-de-açúcar, pode reduzir a longevidade do canavial. Normalmente, a mistura formulada de herbicidas em condições de pré-emergência é utilizada na cultura de cana-de-açúcar, para se alcançar maior espectro de ação, longo efeito residual e redução de custos. No entanto, uma mistura de duas moléculas pode resultar em efeitos sinérgicos, antagônicos ou aditivos, portanto, é importante conhecer a interação envolvida em cada mistura utilizada. Desta forma, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar possíveis interações da associação dos herbicidas flumioxazin e pyroxasulfone aplicados em condições de pré-emergência, bem como avaliar a eficácia de controle da mistura em capim-colonião (Panicum maximum). O experimento foi realizado em condição de casa-de-vegetação em vasos plásticos com capacidade de 5 L, e os tratamentos constaram de esquema fatorial 4 x 4, quatro doses do herbicida flumioxazin (0, 50, 100 e 200 g ha-1) e quatro doses do herbicida pyroxasulfone (0, 50, 100 e 200 g ha-1). Adotou-se o esquema experimental de blocos ao acaso, com avaliações percentuais de controle, e massa seca residual aos 35 dias após a aplicação (DAA). Os dados da interação foram analisados utilizando-se o modelo de Colby, e os dados de eficácia de controle foram analisados por meio do teste F e do teste de Tukey. A eficácia da associação entre os herbicidas flumioxazin e pyroxasulfone sobre o capim-colonião foi comprovada na aplicação em condições de pré-emergência, com médias acima de 90% de controle. A interação dos herbicidas flumioxazin e pyroxasulfone foi considerada aditiva pelo modelo de Colby.
Considera-se que o controle eficiente de plantas daninhas com o uso de herbicidas em pósemergência depende, sobretudo, do estádio de desenvolvimento das plantas alvo no momento da aplicação. Neste sentido, o estádio fenológico das plantas é uma variável importante a ser considerada no ambiente de produção, pois interfere na eficácia do produto e exige readequação das doses recomendadas. Assim sendo, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a suscetibilidade do capim-amargoso ao herbicida glyphosate influenciada pelo estádio fenológico no momento da aplicação. Para tanto, dois experimentos semelhantes foram realizados, nos quais os tratamentos foram organizados segundo esquema fatorial 8x5, em que oito foram as doses do herbicida glyphosate (0, 45, 90, 180, 360, 720, 1440, 2880 g ha-1) e cinco os estádios fenológicos do capim-amargoso. Comparado à variável massa seca, observou-se que a variável controle percentual promoveu melhor estimativa da suscetibilidade do capim-amargoso ao glyphosate, considerando-se diferentes estádios fenológicos; para esta variável o cálculo de DL80 resultou em excelente estimativa de suscetibilidade da espécie, obtendo-se a equação y = 26,276x – 112,42. Ou seja, a cada 10 unidades na escala BBCH, necessita-se de 150 g ha-1 adicionais de glyphosate para obter o mesmo DL80.
Resumo -A solução mais comum para as falhas no controle de plantas daninhas no sistema de produção é a inclusão de herbicidas alternativos, aplicados de forma isolada ou misturados em tanque. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a eficácia e a interação de misturas de metsulfuron-methyl e glyphosate para controle de plantas daninhas. Para tanto, foram desenvolvidos dois experimentos independentes, avaliando-se diferentes bioindicadores, uma monocotiledônea (capim-amargoso -Digitaria insularis) e uma dicotiledônea (corda-de-viola -Ipomoea triloba). Os tratamentos constaram de esquema fatorial 5x5, correspondendo o primeiro fator às cinco doses do herbicida glyphosate (0, 180, 360, 540 e 720 g e.a. ha -1 ) e o segundo fator às cinco doses do herbicida metsulfuron-methyl (0; 1,2; 2,4; 3,6 e 4,8 g i.a. ha -1 ). Em ambos os experimentos se adotou delineamento experimental de blocos ao acaso, com seis repetições. A aplicação da mistura de glyphosate e metsulfuron-methyl sobre o capim-amargoso foi considerada aditiva em todas as doses utilizadas; já sobre a corda-de-viola, a adição de metsulfuron-methyl à calda de glyphosate eleva o controle absoluto da mistura, porém com magnitude aquém da esperada, o que denota caráter antagônico.Abstract -The most common solution for problems on weed control in agricultural system of production is the inclusion of alternative herbicides, applied isolated or in tank mixtures. Thus, this work was carried out with the objective of evaluating the efficacy and interaction of metsulfuron-methyl and glyphosate tank mixtures for weed control. For that, two independent trials were performed, evaluating different bioindicators, being one monocotyledonous (sourgrass -Digitaria insularis) and one dicotyledonous (morning glory -Ipomoea triloba). Treatments were consequence of a factorial combination 5x5, corresponding the first factor to five rates of glyphosate (0, 180, 360, 540 and 720 g a.e. ha -1 ) and the second factor to five rates of metsulfuron-methyl (0; 1.2; 2.4; 3.6 and 4.8 g a.i. ha -1 ). In both experiments, randomized blocks were adopted as experimental design, with six replicates. Andrade et al. Rev. Bras. Herb., v.14, n.4, e610, out./dez.2018 2/9
O uso repetitivo do herbicida glyphosate e em elevadas doses tem selecionado biótipos de plantas daninhas resistentes, além de favorecer à seleção de plantas tolerantes ao mesmo. A solução mais comum nestes casos é a inclusão de herbicidas alternativos no sistema de produção, aplicados de forma isolada ou misturados em tanque. Desta forma, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a eficácia e a interação de misturas de saflufenacil com o herbicida glyphosate para controle de plantas daninhas. Foram desenvolvidos dois experimentos independentes, avaliando-se duas espécies de plantas daninhas, uma monocotiledônea (capim-amargoso - Digitaria insularis) e uma dicotiledônea (corda-de-viola - Ipomoea triloba). Os tratamentos constaram de esquema fatorial 4x4, com quatro doses do herbicida glyphosate (0, 360, 720 e 1.080 g e.a. ha-1) e quatro doses do herbicida saflufenacil (0, 21, 42 e 63 g ha-1). Em ambos os trabalhos se adotou delineamento experimental de blocos ao acaso e cinco repetições. Dentre as combinações testadas, a mistura foi considerada aditiva para o capim-amargoso e para a corda-de-viola. Estas misturas foram consideradas importantes ferramentas para controle de plantas daninhas resistentes e tolerantes nos sistemas de produção, sendo o saflufenacil uma excelente molécula a ser utilizada em acompanhamento ao herbicida glyphosate.
The coffee plant is sensitive to weed competition, which negatively affects its growth and development. Thus, the proper and safe use of herbicides is extremely important for weed management to allow the crop to develop its maximum productive potential. The objective of this study was to evaluate the control efficacy of different herbicides under pre-emergence conditions and assess their selectivity for coffee crops. Two experiments were carried out in the field, in randomized block designs, with four replicates and eight treatments, totaling 32 experimental plots. The treatments were: unweeded control; weeded control; sulfentrazone + diuron 1.4 L ha -1 ; sulfentrazone + diuron 1.7 L ha -1 ; sulfentrazone + diuron 2.0 L ha -1 ; sulfentrazone + diuron with indaziflam 1.4 + 0.15 L ha -1 ; respectively, indaziflam 0.15 L ha -1 ; and oxyfluorfen + chlorimuron 3.0 L ha -1 + 0.08 kg ha -1 , respectively. The treatments were applied prior to the emergence of weeds in a directed spray between the crop rows. Evaluations of weed control in the area, phytotoxicity to the crop, branch length, and internode distance of coffee were conducted at 30, 60, 90, and 120 days after treatment application (DAA). In general, all treatments guaranteed greater than 80% efficacy up to 60 DAA. After this, some treatments suffered reductions in efficacy, and did not guarantee satisfactory control up to 120 DAA. For Digitaria nuda, the most effective treatments were those that contained indaziflam alone or in combination with sulfentrazone + diuron, and oxyfluorfen + chlorimuron for 60 DAA. In both experiments and the two species analyzed, the indaziflam treatments guaranteed efficacy percentages above 80%, even at 120 DAA. All treatments were equally selective for the coffee plants under the conditions evaluated.
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