Este estudo faz parte de uma pesquisa de mestrado interdisciplinar vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade, na linha de Patrimônio, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e entrelaça discussões de cultura material, vestimenta e gênero tangidas pela linguagem das coisas. Com base nesse aspecto, objetiva-se problematizar as características simbólicas e culturais do vestuário buscando desvelar os engendramentos entre sujeitos e coisas no interior da linguagem, dos códigos sociais e da materialidade. Este trabalho é de revisão bibliográfica, mobilizando teóricos da cultura material que tratam das interações entre sujeitos e objetos acionando a questão da vida social das indumentárias como Eco et al. (1982), Castilho (2004 apud MARTINS, 2020), Kopytoff (2008), Stallybrass (2008), Andrade (2011), Candau (2011), Miller (2013), entre outros, que propiciam por meio das suas teorizações da cultura material e das vestimentas a interpretação da linguagem simbólica, cultural e social das roupas. Nesse ínterim, percebe-se a autoconstrução dos sujeitos e como eles atravessam as práticas e os códigos sociais do vestir, apropriando-se de ambos para fixar identidades, marcar diferenças e posições ideológicas e evocar memórias.
Resumo: Aborda-se neste artigo, derivado de um estudo de TCC, um dos componentes que contribui para a manutenção das hierarquias de poder nos papéis de gênero: os brinquedos infantis. Busca-se discutir a relação entre os brinquedos e a construção dos papéis sociais de homem e mulher. Trata-se de uma pesquisa exploratória e de natureza qualitativa, que recorre a um levantamento de dados relativos às percepções e sentimentos dos sujeitos pesquisados, mediante aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Contestado e Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), assinado por responsáveis pelos sujeitos de pesquisa, à respeito dos brinquedos infantis, do ser homem e do ser mulher. A técnica da entrevista com roteiro semiestruturado foi utilizada para a coleta de dados, posteriormente submetidos à análise de conteúdo. A amostra foi composta por 15 crianças, sendo 08 participantes do sexo masculino e 07 participantes do sexo feminino, com idade entre 09 e 11 anos. Observou-se que as crianças tendem a discriminar brinquedos conforme o sexo, a conceber o ser mulher como limitado aos cuidados domésticos e maternos, e o ser homem como relacionado à independência e provimento. Conclui-se que a infância, assim como os brinquedos infantis, é atravessada pela regulação das feminilidades e masculinidades, dentro do modelo patriarcal e das expectativas dominantes em nossa cultura.Palavras-chave: psicologia, infância, identidade de gênero, brinquedos infantis
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