Na noite da terça-feira que antecedeu o início do Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, realizado na Unicamp nos últimos dias de junho e início de julho de 2017, recebi uma mensagem do meu orientador, coordenador da equipe de receptivo, em que pedia para que eu acompanhasse, durante o dia seguinte, uma professora em sua viagem relativamente curta em direção ao evento no qual ela seria homenageada. Essa era a possibilidade de estar com uma professora com muita experiência -mais especificamente noventa e cinco anos de experiência(s) -, que dentre outras viagens, já havia se embrenhado com uma amiga pela Amazônia em busca de seus estudos biogeográficos.O primeiro momento em que me peguei pensando sobre os encaminhamentos que deveria tomar nessa vivência com a tal professora foi quando, estranhamente, não pegamos trânsito algum na cidade de São Paulo e chegamos ao seu apartamento cerca de quarentas minutos antes do combinado. Resolvi ligar e avisar que havia chegado antes e que, caso ela achasse melhor, poderia descer do apartamento para que fôssemos um pouco mais cedo para o evento. Acontece que a comunicação foi quase impossível, porque ela parecia não entender o que eu estava dizendo. Eu dizia "professora, já chegamos, se a senhora quiser descer agora podemos ir para o evento neste minuto", ao que ela respondia: "13h! 13h!". Eu dizia: "tudo bem, professora, combinamos às 13h, mas como já estamos aqui, se a senhora quiser descer tudo bem, caso não queria, está tudo bem também" e ela mais uma vez "13h! 13h! 13h embaixo na portaria!".Pensando agora, ainda mais depois de passar quase um dia inteiro com ela, percebo que talvez estivesse ela achando que era eu quem não estava entendendo nada dessa conversa e provavelmente resolveu falar apenas o mínimo para que eu não me confundisse ainda mais e por isso ficava repetindo "13h, 13h, 13h...".Antes de continuar contando essa história, queria apenas fazer a observação de que, no dia anterior, havia pesquisado mais detalhadamente sobre sua vida e sua trajetória, assistido a entrevistas, procurado fotos etc. Fiquei receosa de não ser capaz de desenvolver uma conversa
AS REDES SOCIAIS EM UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
O artigo apresenta e analisa uma série de práticas educacionais no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - Ensino Médio (PIBIC-EM) desenvolvidas na Universidade [omitido para revisão às cegas]. Metodologicamente, nos orientamos pela corrente educacional do “Cotidiano Escolar” em diálogo com os pressupostos teórico-metodológicos do “Problem Bsed Learning” (PBL), ou Aprendizagem Baseada em Problemas. Nosso objetivo trata-se de analisar o processo de construção de um raciocínio geográfico com as estudantes participantes do projeto por meio da Aprendizagem Baseada em Problemas, a partir da temática da gravidez na adolescência e as práticas espaciais das adolescentes grávidas no contexto do município de Campinas-SP. Os resultados apontam para a potência do PBL na elaboração de práticas educativas que estimulam a autonomia, a criticidade, a criatividade e um pensamento científico, assim como permitem e promovem ferramentas para a construção de um raciocínio geográfico com as estudantes.
O artigo analisa, a partir de materiais didáticos e documentos curriculares selecionados dos últimos 100 anos (1920/2020), a dimensão pedagógica da realidade do aluno como elemento primaz do ensino de geografia ao longo de sua história. Entendemos a realidade do aluno como um discurso cujo sentido está em disputa por diferentes concepções de ensino de Geografia. Como resultado do artigo, demarcamos quatro momentos da disciplina no Brasil: hegemonização da geografia escolar moderna e a realidade do aluno como parte da renovação do ensino; dimensão do real na temporalidade dos estudos sociais; renovação crítica baseada nas teorias da aprendizagem e noção de totalidade para a apreensão do real; análise de princípios geográficos no contexto da BNCC e a realidade em função da espacialidade do fenômeno. Assim, concluímos que o sentido de realidade do aluno transita pelos momentos políticos e epistemológicos da geografia escolar.
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