RESUMONo Brasil, aproximadamente 1,87 milhões de hectares são plantados com as espécies de Pinus, normalmente em solos pobres quimicamente. Os objetivos deste trabalho foram estudar a mineralogia das frações areia, silte e argila e estimar a reserva mineral de K por diferentes métodos de extrações químicas em solo naturalmente pobre nesse nutriente e cultivado com Pinus taeda L., no Segundo Planalto Paranaense. Foram selecionadas cinco árvores com maior diâmetro (árvores dominantes), em uma área de 500 m 2 , para abertura de uma trincheira (1,6 m) na projeção da copa de cada árvore. Todos os perfis foram classificados como Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico típico e apresentaram similaridade na morfologia e na sequência dos horizontes, cujas profundidades médias foram: O = 0,04 m, A1 = 0-0,09 m, A2 = 0,09-0,24 m, BA = 0,24-0,43 m, B1 = 0,43-0,66 m e B2 = 0,66-1,60 + m. As amostras coletadas em cada horizonte foram submetidas a análises físicas (granulometria) e químicas (pH, carbono orgânico, acidez potencial, Al 3+ e bases trocáveis, P disponível, K total e não trocável), e as frações areia, silte e argila foram estudadas por difratometria de raios-X (DRX). As frações areia e silte dos solos apresentaram mineralogia bastante uniforme, com predomínio absoluto de quartzo e apenas ocorrência de discretas reflexões de mica por DRX. A fração argila também apresentou limitada ocorrência de minerais micáceos. Os tratamentos sequenciais para remoção de óxidos de Fe, gibbsita e caulinita foram eficientes para concentração de mica na fração argila, o que facilitou a identificação de biotita e muscovita por DRX. Os baixos teores de K não trocável obtidos com diferentes concentrações de HNO 3 fervente (máximo de 91 mg kg -1 ) e de K total extraído com HF concentrado (máximo de 202,7 mg kg -1 ) foram consistentes com a pobreza das frações do solo em minerais primários, fontes desse nutriente. As correlações positivas e significativas entre os teores não trocáveis de K no solo e os teores e conteúdos do nutriente nas árvores indicaram a importância de formas de reservas do nutriente na nutrição da espécie em solos altamente intemperizados e pobres em K trocável.Termos de indexação: mica, extração nítrica, K não trocável, K total.(1) Recebido para publicação em 20 de setembro de 2012 e aprovado em 22 de julho de 2013.
RESUMOA erva-mate ocorre naturalmente em solos ácidos, mas é comumente cultivada em consórcio com culturas anuais que requerem correção da acidez. Contudo, pouco se conhece sobre seu comportamento frente à calagem. O objetivo desse estudo foi verificar a influência do calcário no crescimento e estado nutricional de plantas jovens de erva-mate. Para isso, incubou-se o solo com 0,0, 0,7, 1,8, 2,5, 3,4, 4,3 e 5,2 g dm -3de calcário. Após 21 dias de incubação, mudas de erva-mate foram transplantadas para vasos com 3 dm 3 de solo. Após 210 dias determinou-se o crescimento em altura e diâmetro, posteriormente separou-se as plantas em folha, caule e raiz para determinação da área foliar, comprimento e volume de raízes, produção de matéria seca e teor de N, P, K, Ca, Mg, Fe, Cu, Zn, Mn e Al, além da eficiência de utilização de Ca e Mg pela planta. O solo foi analisado quimicamente. O calcário elevou os teores de Ca, Mg e K do solo e estimulou um pequeno aumento no crescimento da parte aérea das plantas, o que não ocorreu para o sistema radicular. O máximo crescimento e produção de matéria seca da parte aérea da erva-mate ocorreu em pequenas doses de calcário, quando o teor de Ca e Mg no solo se situava, respectivamente, na faixa de 3,3 a 3,4 e 1,1 a 1,4 cmol c dm -3 . Nas maiores doses de calcário os teores foliares de Cu, Zn, Mn e Fe e o crescimento das plantas foram fortemente reduzidos. A eficiência de utilização de Ca e Mg pela planta reduziu com o aumento da disponibilidade dos mesmos no solo. A erva-mate mostrou ser pouco responsiva à calagem e muito tolerante ao Al. Desta forma, a aplicação de calcário deve visar o suprimento de Ca e Mg para as plantas e não a correção da acidez do solo no intuito de neutralizar o Al trocável. Palavras-chave: calcário; Ilex paraguariensis; nutrição mineral. ABSTRACTMate tea trees are native of south Brazil, growing on acid soils. However, small farmers intercrop this species with agricultural crops, which usually require liming to reduce the soil acidity. Therefore, this study aimed to verify the liming effect on Mate tea seedling growth and nutritional status. Samples of an acidic soil (pH = 4.2, Al 3+ = 3.9 cmol c dm -3 ) were incubated with increased rates (0.0, 0.7, 1.8, 2.5, 3.4, 4.3 and 5.2 g dm -3 ) of a liming material for 21 days. Then mate tea seedlings were transplanted to the pots containing 3 dm 3 of soil, grown for 210 days. At the end of this period, seedlings were harvested, split into leaf plants,
A ocorrência natural da erva-mate em solos ácidos e com baixa fertilidade natural, levou essa espécie a ser considerada de baixa exigência nutricional, principalmente em relação ao fósforo, embora pouco se conheça também sobre a exigência de N e K. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento, teor de nutrientes no solo e em plantas jovens de erva-mate submetidas a doses de P combinadas com NK. Aplicou-se 0, 100, 200, 400 e 600 mg dm-3 de P 2 O 5 combinados com 0, 50 e 100 mg dm-3 de N e K 2 O a um Latossolo Vermelho distrófico. Três mudas de erva-mate foram transplantadas para vasos com 2,9 dm 3 de solo. Aos 120 dias determinaram-se a altura, diâmetro do caule, comprimento e volume radicular e produção de matéria seca da parte aérea e radicular das mudas. Determinaram-se os teores de N, P, K, Ca, Mg, Fe, Cu, Zn, Mn e Al das folhas e raízes, além do conteúdo de N, P, K, Ca e Mg. Amostras de solo foram submetidas à análise química. O crescimento da erva-mate foi afetado pela interação entre P e NK, demonstrando melhor crescimento quando o teor de P no solo estava entre 18,5 a 28,6 mg dm-3 combinado com 100 mg dm-3 de N e K 2 O. Em doses superiores a 400 mg dm-3 de P 2 O 5 , as folhas passaram a apresentar clorose internerval, sintoma típico de deficiência de Fe. A ordem dos macronutrientes mais exigidos e que mais contribuíram para o crescimento da erva-mate foi P, N, K, Mg e Ca. A erva-mate cresce bem em solos com altos teores de P, mas depende da boa disponibilidade de N, K e Ca. Palavras-chave: Ilex paraguariensis; interação nutricional; teor de nutrientes; raízes.
Change in growth and nutrient content in carrots with the use of biofertilizerThe use of organo-mineral biofertilizers containing alga extracts is recent in Brazil. Thus, the objective of this study was to evaluate the effect of leaf application of Ascophyllum nodosum extract biofertilizer (Activo®) on growth and on the nutrient content of carrot. The experiment was carried out in the garden area at Paraná Federal University, in the city of Pinhais, State of Paraná, in 2009, in an organic system, using the cultivar Nantes. The treatments consisted in the application of organo-mineral biofertilizer containing alga extract in different seasons and at different concentrations. The treatments were as follows: 0.2% on the 25 th day after planting (DAP); 0.4% on the 25 th DAP; 0.2% on the 45 th DAP and 0.4% on the 45 th DAP. The applications increased shoot height, root diameter and number of leaves, which was also influenced by the concentration. Yield increased with the application of the O uso de fertilizantes organominerais contendo extratos de algas é recente no Brasil. Em vista disso, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação foliar de fertilizante organomineral contendo extrato da alga Ascophyllum nodosum (Activo®) no desenvolvimento e nos teores de nutrientes em cenoura. O experimento foi conduzido na área de olericultura da Universidade Federal do Paraná, no município de Pinhais, PR, no ano de 2009, em sistema orgânico, utilizando cultivar do tipo Nantes. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, e os tratamentos consistiram na aplicação de fertilizante organomineral à base de extrato de algas. Foi utilizado um esquema fatorial com duas doses (0,2 e 0,4%) e duas épocas de aplicação (25 e 45 dias após o plantio), e um tratamento testemunha. As aplicações aumentaram a altura da parte aérea, o diâmetro radicular e o número de folhas, sendo esta variável também influenciada pela concentração. A produtividade aumentou com a aplicação do fertilizante organomineral, independentemente da concentração e da época de aplicação. Os teores nutricionais na parte aérea e nas raízes também foram alterados em decorrência das aplicações, sendo observada diminuição dos teores foliares de Cu e dos teores radiculares de N, Ca, Mg, Cu e Zn, possivelmente em função de efeito de diluição, pelo incremento da biomassa. Conclui-se que a aplicação do fertilizante organomineral contendo extrato de algas foi benéfica ao crescimento, desenvolvimento e produção das plantas de cenoura, o que resultou em diminuição na concentração de N, Ca, Mg, Cu e Zn na raiz e de Cu na parte aérea. Palavras-chave:Ascophyllum nodosum, organomineral, cultivo orgânico.
A técnica de solarização e da cobertura vegetal são estratégias de manejo de plantas daninhas importantes para reduzir a mão-de-obra e outras limitações impostas pelo controle mecânico, porém a eficiência e resposta na composição florística desses métodos varia conforme manejo realizado na agricultura familiar. Dessa forma, o objetivo desse trabalho é avaliar o efeito supressivo da solarização e cobertura com capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) sobre a emergência de plantas daninhas, bem como identificar e quantificar as espécies daninhas presentes através do levantamento fitossociológico. O experimento foi conduzido a campo no ano agrícola 2017/2018, utilizando delineamento experimental em blocos casualizados e quatro repetições. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial, onde o fator A compara a solarização (presença e ausência); e o fator B a cobertura com capim-elefante (sem e com). Realizou-se o levantamento fitossociológico e avaliação da massa seca da parte aérea das plantas daninhas em resposta aos tratamentos. A adição do capim-elefante na superfície do solo atua como supressor da diversidade de plantas daninhas, como Ageratum conyzoides, Urochloa plantaginea, Galinsoga parviflora, Polygonum persicaria, Spermacoce latifolia, Sida sp. e Stachys arvensis. Enquanto que a solarização, aumenta o valor de importância do Cyperus sp. nas parcelas sem a utilização da cobertura vegetal. Ainda, a solarização realizada por 20 dias não foi eficiente para o controle das plantas daninhas.
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