Essa pesquisa propõe uma análise sobre as formas de produção da moradia e seus impactos na recon iguração espacial das metrópoles, concentrando-se no estudo dos empreendimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida destinados à população de faixa de renda de zero a três salários mínimos (faixa 1), construídos na Região Metropolitana de Natal. A partir da evidência de que os empreendimentos do PMCMV destinados à população de baixa renda implantados no território da RMN, em sua maioria, estão sendo construídos em localidades distantes do tecido urbano, com pouca ou nenhuma oferta de transporte público e equipamentos sociais, essa pesquisa buscou investigar se a construção dessas moradias tem promovido a segregação social dessa população, impactando diretamente no cotidiano dos moradores, da forma como Haesbaert de ine a desterritorialização. Foram visitados 32 empreendimentos, distribuídos em 8 municípios da RMN, caracterizando sua localização e inserção urbana, re letindo e veri icando se a carência de serviços e infraestrutura determinam uma segregação da população residente, implicando em consequências marcantes no seu cotidiano e promovendo o processo social de desterritorialização.
Uma das alternativas que vem sendo adotada pelos governos estaduais brasileiros na busca de alternativas para enfrentar a crise e otimizar seus processos de planejamento, monitoramento e avaliação, é a instituição de modelos baseados em gestão de projetos com foco no cumprimento de metas. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo analisar o modelo adotado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, relatando a experiência na implantação de Escritórios de Projetos e na celebração de Contratos de Gestão para pactuação de metas. Adota-se a abordagem metodológica do estudo de caso, apresentando os resultados de levantamento com Escritórios Setoriais de Projeto do RN, que obteve a percepção de quarenta e seis respondentes acerca da implementação desse novo modelo de gestão para resultados no RN. Além disso, foram realizadas análises qualitativas com a equipe do Escritório Central de Projeto, sistematizando a atuação durante o exercício 2017. Os resultados dos dados apontam elementos importantes a serem seguidos na implementação de uma rotina de monitoramento estratégico e na atuação dos Escritórios de Projetos, constituindo-se num banco de lições aprendidas para os entes governamentais que buscam melhorar as suas entregas e gerar valor público.
O presente artigo aborda as práticas desenvolvidas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) na dimensão da sua gestão operacional. Num contexto em que os problemas ambientais têm cada vez mais sido objeto de discussão, esse artigo tem como objetivo investigar como uma instituição de ensino superior do nordeste do Brasil tem colaborado para redução dos impactos de sua atividade, de forma a priorizar ações ambientalmente sustentáveis. Este artigo proporcionou uma discussão sobre o tema, somando esforços às demais publicações no sentido de contribuir para o desenvolvimento de universidades ambientalmente sustentáveis. Adotando a metodologia de estudo de caso, a pesquisa foi desenvolvida a partir da análise documental e da realização de entrevista semiestruturada, onde foi identificado que a UFRN vem implantando uma série de programas voltados para a gestão integrada de resíduos, controle de qualidade da água, arborização, eficiência energética, comunicação e educação ambiental. Com diretrizes da sustentabilidade incluídas nos seus documentos institucionais e recebimento de prêmios que reconhecem as suas práticas, torna-se importante analisar as contribuições dessas ações no contexto de uma universidade sustentável. Como desafios a serem superados para incorporação da sustentabilidade como pilar estratégico, a pesquisa destaca a dificuldade de sensibilização e engajamento da comunidade universitária, sendo necessário empreender iniciativas que transformem a cultura organizacional. Por fim, a pesquisa permite contribuir com o tema de uma maneira mais ampla, reunindo boas práticas que devem ser disseminadas e incorporadas por outras instituições.
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