BACKGROUND Considering the potential COVID-19 impact on pwMS health and the importance of vaccination for this population, we decided to assess: (a) pwMS’ beliefs and knowledge on COVID-19 pandemic; (b) their acceptance towards COVID-19 vaccination and (c) pwMS’ opinions on general vaccination. METHODS Observational study, based on a cross-sectional (10-20 th September 2020) online survey, conducted in a cohort of pwMS’ followed at two Portuguese hospitals. The survey included measures to characterize the sample and a questionnaire designed to assess the topics defined for this study. RESULTS 270 respondents completed the full survey (response rate 58.2%). pwMS greatest concern during the pandemic was an aggravation of MS, especially by patients older than 50 years old. Almost 40% of the patients older than 50 felt that the pandemic negatively affected their MS related medical assistance. Most patients believed they would recover from COVID-19 infection. More than half of the responders feared a MS aggravation if they got COVID-19; this was more pronounced in patients with progressive MS. About 12% of the participants did not want to be vaccinated and almost 40% was unsure. Regarding vaccines in general, almost a third of the participants feared their side effects or MS related complications. CONCLUSION Having knowledge of pwMS’ opinions on COVID-19 pandemic impact and vaccination is useful to better address these issues. Fears and expectations towards vaccination must be discussed with pwMS.
Introdução: A interação dos fármacos anticrise epilética com os métodos contracetivos, a sua potencial teratogenicidade e as implicações na gravidez e amamentação são aspetos a considerar no acompanhamento de mulheres com epilepsia em idade fértil. Para o seu desejado envolvimento nas decisões terapêuticas e o adequado planeamento da maternidade, é essencial que as mulheres estejam corretamente informadas acerca das implicações da sua doença. O objetivo principal do presente estudo foi avaliar o conhecimento das mulheres com epilepsia em idade fértil sobre o impacto da epilepsia na contraceção, gravidez e amamentação. Como objetivos secundários definiram-se (1) a caracterização demográfica, clínica e terapêutica deste grupo de doentes, (2) a identificação de variáveis correlacionadas com o nível de conhecimento das mulheres com epilepsia, e (3) a identificação de meios e suportes preferenciais para aquisição de novos conhecimentos sobre epilepsia.Material e Métodos: O estudo foi observacional, transversal e multicêntrico, tendo decorrido em cinco centros hospitalares da região metropolitana de Lisboa. Após identificação das mulheres com epilepsia em idade fértil seguidas na Consulta de Epilepsia de cada centro, aplicou-se um questionário eletrónico construído após revisão não sistemática da literatura.Resultados: Foram validadas 114 participantes, com uma idade mediana de 33 anos. Metade das participantes apresentavam-se sob monoterapia, tendo a maioria a epilepsia controlada há pelo menos seis meses. Identificaram-se importantes lacunas no conhecimento das participantes. Conceitos sobre complicações dos fármacos anticrise epilética e a sua administração durante a gravidez motivaram piores resultados. Não houve correlação entre variáveis clinico-demográficas e o resultado no questionário. A ocorrência de gravidez prévia e o desejo de amamentar numa gravidez futura correlacionaram-se com o desempenho na secção sobre amamentação. A discussão oral na consulta foi a forma preferencial para aquisição de novos conhecimentos sobre epilepsia, tendo a internet e as redes sociais sido os meios menos escolhidos.Conclusão: O conhecimento das mulheres com epilepsia em idade fértil na área metropolitana de Lisboa sobre o impacto da sua doença na contraceção, gravidez e amamentação parece apresentar lacunas importantes. A educação para a saúde deste grupo deverá constituir uma preocupação por parte das equipas médicas, devendo privilegiar-se a consulta como local de ensino.
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