O contexto de pandemia do vírus Sars-Cov-2 contribuiu para a diminuição significativa do contato dos idosos com seus companheiros e familiares, além de desencadear sentimentos de vulnerabilidade e solidão. Além disso, o olhar sensível às subjetividades e demandas individuais deve ser continuamente estimulado durante todo o processo de educação médica, de modo a promover uma formação profissional mais sensível às necessidades do outro. Nesse sentido, a ação intitulada “Cartas aos Idosos” foi criada com o intuito de estabelecer uma comunicação entre idosos e estudantes por meio de cartas com conteúdo de afeto e suporte emocional. A ação “Cartas aos Idosos'', desenvolvida remotamente pela IFMSA Brazil UFBA-CAT, entre os meses de agosto e outubro, consistiu na escrita de cartas por estudantes de Medicina, de cunho pessoal, para idosos em situação asilar. O impacto da ação foi medido por meio de uma análise qualitativa dos envolvidos. A atividade foi bem-sucedida no que se refere ao acolhimento e ao amparo dos idosos envolvidos.
Objetivo: Realizar o levantamento das infecções hospitalares, associação com tempo médio de permanência dos pacientes e a incidência de infecções por bactérias multidroga resistentes em um hospital no sudoeste baiano. Métodos: Estudo documental transversal em que se analisaram fichas de notificação obtidas no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar correspondente ao período de fevereiro de 2018 a dezembro de 2018. Os materiais biológicos dos pacientes acometidos pelas infecções hospitalares foram analisados no Laboratório de Microbiologia da instituição, sendo que a determinação da resistência bacteriana foi feita com base no Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Resultados: Foram identificados 40 casos de infecção hospitalar, com maior incidência nos meses de fevereiro, dezembro e abril. Foram 22 casos de infecções de pele e partes moles, 6 em trato urinário, 4 em trato respiratório, 3 inespecíficos, 2 em sítio cirúrgico, 1 de trato gastrointestinal, 1 ocular e 1 osteomuscular. Infecções hospitalares aumentam o tempo médio de internação em até três vezes Conclusão: Há um grande impacto das infecções hospitalares, sobretudo aquelas por bactérias multidroga resistentes. A diminuição das infecções hospitalares diminui o tempo médio de permanência e a diminuição do tempo de médio de permanência diminui a incidência de infecção hospitalar.
O câncer de próstata é o quinto mais comum no mundo e o segundo entre os homens, sendo que mais da metade da população atingida é idosa. Tanto os homens mais jovens acometidos por câncer de próstata como os idosos sofrem preconceitos e tabus em relação à sexualidade. Diante disso, o estudo objetiva analisar, nos discursos dos homens idosos com câncer de próstata, os significados atribuídos à doença e à sexualidade. Trata-se de um estudo de caráter básico, descritivo, exploratório, explicativo e com abordagem qualitativa que foi realizado com 20 homens, no período de setembro a outubro de 2022, realizado em um hospital de médio porte, particular, no interior da Bahia e em uma instituição de apoio à pessoa com câncer, com homens idosos com 60 anos ou mais, diagnosticados com o câncer de próstata. Os discursos levantados foram transcritos literalmente e analisados de forma qualitativa, através do método de análise de conteúdo definido por Laurence Bardin. A partir da análise foram estruturadas categorias, a saber: sinais e sintomas, ineficiência de comunicação/informação acerca da doença e a sexualidade, diagnóstico e seus tabus, mudanças relacionadas à atividade habitual e sexual e medos e inseguranças nas relações sexuais após diagnóstico do CP. Conclui-se que as vivências descritas pelos idosos nas entrevistas demonstram que o processo do câncer pode trazer privações sociais no cotidiano e possibilidade de afastamento de seus afazeres tanto obrigatórios quanto de lazer e que o tratamento e seus efeitos colaterais acometem a vida sexual dos participantes.
Este artigo relata a experiência na disciplina “Tópicos Especiais em Saúde da Família: ênfase em metodologias ativas”, do Mestrado Profissional da Saúde da Família em uma Universidade do estado da Bahia, no ano de 2020. Trabalhou-se de forma modular em plataformas digitais, utilizando três fóruns de discussão com perguntas sobre o uso e o conhecimento de metodologias ativas. O produto final consistiu na apresentação de uma metodologia ativa, exemplificando uma ação realizada por mestrandos e mestrandas médicos na Unidade de Estratégia da Saúde da Família e/ou Universidade, relacionando-a às experiências dos sujeitos. O fórum de discussão para exposições dialogadas mostrou-se um importante instrumento de aprendizagem e de avaliação. A maioria citou exemplos de metodologias baseadas na problematização de suas práticas. As ações sinalizadas englobam as formas de aprender e de ensinar de maneira inovadora, o protagonismo dos aprendizes, o melhor aproveitamento do tempo para aprender, o foco na gestão do tempo, bem como a provisão de experiências de aprendizagem realmente significativas, centradas na simulação da realidade e também direcionadas à análise dos dados produzidos na interação do aprendiz com pessoas, conteúdos e ferramentas.
A síndrome da fragilidade é uma condição multifatorial que resulta em vulnerabilidade clínica e mortalidade. Objetivo: Verificar a prevalência de fragilidade e fatores associados entre pessoas idosas usuárias da Unidade Básica de Saúde (UBS). Método: Estudo observacional de corte transversal, com 354 idosos (as) de uma UBS da Bahia. Os dados foram obtidos pelos prontuários contendo o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional e dados sociodemográficos, para análise utilizaram-se ferramentas estatísticas com análises descritivas, bivariada e múltipla. Resultados: Os idosos avaliados tinham idade média de 72,4 anos (DP 8,35), em sua maioria autodeclarados negros, mulheres, com baixa escolaridade e residindo apenas com o cônjuge. Houve prevalência de fragilidade em 15,8% dos idosos, pré-fragilidade em 32,2% e robustez em 52%. Constatou-se associação estatisticamente relevante entre fragilidade e dependência para atividades diárias e comorbidades múltiplas. A fragilidade foi mais frequente entre as mulheres, os mais velhos, os com baixa escolaridade, os com coabitação com outros familiares ou só com cônjuge e os com autopercepção de saúde negativa. Conclusão: Reconhecer os fatores associados é indispensável para elaboração de políticas efetivas para pessoas idosas.
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