RESUMO:A educação ambiental (EA) vem-se expandindo no Brasil em diversos espaços educativos formais e não-formais. Este texto considera a EA provocadora de mudanças políticas, estimuladora de uma racionalidade ética e ecológica e promovedora de atitudes e valores pessoais e de práticas sociais compatíveis com a sustentabilidade da vida na Terra. Sob esta visão, o artigo tem como objetivo refletir sobre a expansão da educação ambiental nas universidades brasileiras, nos últimos vinte anos; discutir as possíveis mudanças educacionais das políticas públicas da área, a partir da Constituição de 1988; considerar a possível influência das forças dos movimentos sociais da sociedade organizada e das redes de EA locais, regionais e nacionais formadas com a generalização do uso da informática, como impulsionadora da sua expansão. A EA se constitui e se formaliza com o respaldo de uma polí-tica nacional que propicia sua permanência e aprofundamento
Este estudo objetiva apresentar uma proposta de formação de educador@ ambiental popular capaz de responder aos dilemas da modernidade/colonialidade por meio do diálogo entre a Educação Intercultural, Educação Popular e a Educação ambiental. Ele se justifica no desvelar da modernidade/colonialidade, na qual houve um distanciamento na relação humano-humano e humano-‘natureza’. E, ao afetar criticamente a dimensão social e ecológica, traz implicações para a própria formação dess@s educadore@s. Algumas questões nos mobilizam: o que podemos entender por modernidade? O que isto implica para a educação e para os modos de operar essa formação? Podemos pensar em alternativas a este padrão educativo no tocante a formação de educador@s ambientais populares que atendam aos dilemas do mundo atual? Em busca de respostas mobilizadoras de ações potencialmente transformadoras, realizamos uma pesquisa bibliográfica dialógica. Estabelecemos um diálogo entre Educação Intercultural, Educação Popular, Educação Ambiental, Formação de Educador@s e os Estudos da Colonialidade/Modernidade. Concluímos com uma proposta que resulta na Formação Relacional Ambientalizada Descolonializante.
Este artigo sistematiza trabalhos e discussões promovidas no Grupo de Discussão de Pesquisa (GDP) - Pesquisa em Educação Ambiental e a Formação de Educadores(as) - Professores(as), no IX EPEA. Dialogamos com estudos de Souza-Santos, Freire e Maturana, e com os estudos críticos da linguagem para compreender como democracia, políticas públicas e práticas educativas foram representadas, discursivamente, nos trabalhos do GDP. Foramanalisados os 28 trabalhos submetidos ao GDP. Entendemos que a pesquisa engajada está presente nas preocupações e motivações dos pesquisadores do GDP. Isso gera cenários empíricos diversos para análise das práticas educativas, em geral provindas de contextos locais. Além disso, observamos nesse GDP que as políticas públicas têm representado uma fonte de problematização, de questões, por sua vez, gerando pautas de novas pesquisas.Realizamos presencialmente um círculo dialógico, nos moldes de Paulo Freire. Nele, o grupo sinalizou para o entendimento dos limites da formação, diante desse quadro atual e, particularmente diante de uma democracia que não nos representa e uma formação institucionalista, imposta de cima para baixo, proposta de uma maneira artificial e dissociada do ambiente a que se destina, desconhecedora do grupo ao qual é proposta, em geral. Ao final, propomos uma agenda de pesquisa para o GDP.
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