ResumoA prática de desoxidação dos aços durante o vazamento, na qual se utiliza o alumínio como desoxidante é bastante difundida entre os aciaristas. Entretanto, gera-se como produto da desoxidação a alumina 2 Al + 3 O = Al 2 O 3(s) . Na maioria das vezes, a alumina compromete a qualidade interna do produto, assim como a lingotabilidade do aço líquido elaborado. Estas inclusões não metálicas contribuem para a obstrução da válvula submersa durante o lingotamento. Visou-se neste trabalho avaliar o potencial da substituição de parte do alumínio pelo coque na desoxidação parcial dos aços baixo carbono acalmados ao alumínio durante o vazamento do metal dos convertedores para a panela. Após o desenvolvimento da metodologia e do procedimento operacional, utilizou-se o coque como pré desoxidante em 868 corridas, no período de 09/2014 a 02/2015, sem a ocorrência de reações durante a adição de coque no vazamento e sem o comprometimento do acerto da composição química. Palavras-chave: Aço baixo carbono; Alumínio; Desoxidação parcial; Coque. PARTIAL DEOXIDATION WITH COKE OF ALUMINUM KILLED LOW CARBON STEELS AbstractThe deoxidation practice of steel during the tapping, which aluminum is used as a deoxidizer, is widespread among steelmakers. However, alumina is generated as deoxidation product: 2Al + 3O =Al 2 O 3(s) . Most of the times, alumina is a problem for the internal quality of the product and also for the castability of liquid steel. Those nonmetallic inclusions promote clog formation at submerged entry nozzle (SEN). This study evaluated the partial replacement of aluminum by coke in deoxidation of Alkilled low carbon steels during the tapping. After the methodology and the operational procedures development, coke was used as a pre-deoxidizer in 868 heats, from 09/2014 to 02/2015, without the occurrence of reactions during the addition of coke in the tapping and without compromising the accuracy of the chemical composition.

A demanda por aços para aplicações mais nobres tem aumentado consideravelmente nos últimos anos e os critérios para a fabricação destes aços estão cada vez mais rigorosos, principalmente com relação aos teores de elementos residuais e à limpidez exigidos. Em relação a esta última, o principal problema que se enfrenta é controlar os níveis e a forma das inclusões de alumina, geradas a partir da desoxidação do aço com alumínio. Além de prejudicar a qualidade interna dos produtos, a presença de inclusões não metálicas provoca obstruções nas válvulas e, consequentemente, interrupções no fluxo operacional. A fim de melhorar a limpidez dos aços e reduzir as ocorrências de obstruções de válvulas, este estudo visa avaliar o potencial de uso do carbureto de cálcio na substituição parcial ao alumínio utilizado na desoxidação do aço. Após o desenvolvimento dos procedimentos operacionais, utilizou-se o carbureto em 397 corridas, através das quais se comprova melhoria substancial na limpidez dos aços, com consequente redução das ocorrências de obstruções de válvulas.

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