A pandemia trouxe profundas alterações no campo da cultura. O setor cultural enfrenta um enorme desafio com a necessidade de isolamento social, passando por um processo forçado de transição digital. O presente artigo busca compreender as consequências do neoliberalismo sobre as políticas culturais e o mercado de trabalho cultural, analisando a especificidade do impacto da pandemia na cultura da Baixada Fluminense, território periférico na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde se evidencia o caráter informal e precário das condições de trabalho. Para interpretar o impacto da pandemia no setor cultural, utilizamos dados primários extraídos da pesquisa Impactos da Covid-19 na Economia Criativa, com um recorte específico sobre a precarização do trabalho cultural na Baixada Fluminense.
O presente artigo apresenta, inicialmente, uma discussão sobre as práticas de defesa dos Direitos Humanos que vêm sendo realizadas pela juventude periférica através de uma pesquisa em andamento junto ao Instituto Enraizados, que congrega jovens do movimento Hip Hop que atuam em um bairro do município de Nova Iguaçu/RJ, situado na região denominada Baixada Fluminense/RJ. A metodologia da pesquisa utiliza como dispositivo inicial roda de conversas sobre os conhecimentos e processos de significações das produções imagéticas realizadas pelos próprios jovens a partir de palavras-temas desencadeadoras eleitas por ela(e)s. O artigo apresenta, a partir dessa pesquisa, algumas indicações sobre as táticas empregadas por esses jovens nas suas ações cotidianas visando dar concretude ou dar outros significados à visão hegemônica de que na periferia de um centro urbano como o município do Rio de Janeiro não existe direitos humanos, produção cultural ou mesmo potencias de produção.
<p>O presente texto sistematiza os resultados de uma pesquisa com jovens em uma escola pública na periferia da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Iremos discutir como foi realizada uma prática dialógica e de produção de imagens sobre as relações cotidianas de poder na escola através de temas relacionados aos direitos humanos como democracia, violência e igualdade. Além do diálogo com os estudantes, estaremos dialogando com autores como Freire, Ranciere, Zizek entre outros.</p>
A partir das narrativas de encontros que se dão nas ruas, em aulas de teatro feitas em uma praça da zona portuária do Rio de Janeiro, esse artigo busca discutir as potencialidades do fazer teatral com crianças em espaços públicos. O texto contextualiza e examina as constantes modificações urbanas na zona portuária, área central do Rio de Janeiro, desde a constituição do Morro da Favela, hoje Morro da Providência, até a atualidade. Nesse processo de transformações impostas pelo poder público, a articulação dos projetos culturais e sociais do e no território atuam no sentido de articular com os moradores e habitantes da zona portuária outros usos para o espaço. O encontro de dois projetos educativos, o Viaduto Literário e o Projeto Teatro Nômade, que trabalham desde 2018 na fronteira entre os morros do Pinto e da Providência, coloca novas questões sobre a ocupação desse espaço urbano, que se apresenta então como palco e sala de aula, como um espaço de ensinoaprendizagem. Palavras-chave: Morro da Providência; Porto Maravilha; Pedagogia do teatro; Rua.
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