RESUMO Raúl Prebisch foi a principal liderança política e intelectual da Cepal, formulando as teses inaugurais do que viria a ser conhecido como estruturalismo latino-americano. Passados 70 anos da publicação do primeiro estudo da Comissão sobre a América Latina, este artigo se propõe a sistematizar e analisar criticamente as formulações teóricas de Prebisch no momento de formação da Cepal. Após apresentar sua trajetória política e intelectual, serão analisados seus três primeiros documentos produzidos na comissão: O Desenvolvimento Econômico da América Latina e Alguns de seus Principais Problemas (1949); Crescimento, Equilíbrio e Disparidades: interpretação do processo de desenvolvimento econômico (1950); e Problemas Teóricos e Práticos do Crescimento Econômico (1951).
A teoria marxista da dependência nos legou um marco teórico-político para analisar as formações econômico-sociais latino-americanas, tratando a dependência como uma totalidade e captando as particularidades do modo de produção capitalista na região. No entanto, dentro dessa totalidade de análise, pouco espaço foi dado à cultura e à dependência cultural. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é apresentar, na relação entre cultura e capitalismo dependente, notas para uma teoria marxista da dependência cultural. A partir da definição de cultura enquanto modo de vida, procuro analisar a trajetória de desenvolvimento do capitalismo dependente e suas conexões com a dependência cultural.
O final do século XIX e o início do século XX foram marcados por uma profusão de tentativas de dar um significado autônomo à sociabilidade que funcionava no interior das fronteiras do que se entendia como Brasil. Descobrir o sentido do Brasil era algo tão forte no pensamento social da época que as expressões econômicas, políticas e artísticas foram marcadas por esta questão, sem necessariamente buscarem uma referência nacionalista ou xenófoba, apesar de em alguns casos passar por elas. Tomando como referência o tempo histórico entre os movimentos abolicionistas e a Era Vargas, o objetivo deste texto é recuperar no pensamento dos intérpretes do Brasil os elementos da configuração das estruturas econômico-sociais brasileiras que ganham centralidade em suas visões sobre o Brasil e influenciam a origem do pensamento econômico brasileiro.
<p><span>O artigo apresenta uma síntese do entendimento de Celso Furtado sobre a importância do patrimônio cultural e como seu reconhecimento corrobora a criação de políticas culturais preocupadas com o desenvolvimento nacional. Objetiva-se entender como as políticas patrimoniais estavam sendo implementadas no Ministério da Cultura durante a gestão de Furtado (1986-1988). Três pontos centrais são abordados no artigo: i) a reestruturação do Ministério da Cultura em sua gestão e as políticas de patrimônio; ii) pensamento e prática de Furtado sobre o que venha ser patrimônio cultural e o vínculo entre política patrimonial e desenvolvimento nacional; iii) o legado de Furtado para a política de patrimônio e sua contribuição para as leis de patrimônio consolidadas na Constituição de 1988. </span></p>
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