Every year, in a variety of countries, current higher education students welcome newcomers with a set of ritualised practices in which the latter submit to the former through tests that entail varying degrees and types of violence, but also an important element of playfulness. In Portugal, these rituals are known as 'praxe académica'. This is a complex and multidimensional social phenomenon whose origins go back centuries, but is constantly reinvented and helps socialise new arrivals in accordance with the norms of the group into which they are to be integrated.Using sociological contributions to understand these rituals and their effects, we analyse the Portuguese case, arguing that these customary ways of greeting new higher education students have a triple effect on student life, contributing to: 1) the initiates' integration into a differentiated group; 2) the demarcation and attachment of symbolic value to the group members, compared to non-students and students who refuse initiation; 3) the structuring of positions and relations of power that mark the student world beyond the ritualised moments.Moreover, these rituals provide meaning and a sense of ontological security to the present, in the face of the biographical uncertainty that characterises contemporary youth.
Resumo:A Assembleia da República é um dos mais importantes órgãos de soberania do Estado português. Mas o que é que a caracteriza sociologicamente? Tendo por base uma etnografia do Parlamento, propõe-se três argumentos. O primeiro é o de que a representação política é socialmente circunscrita: tendencialmente dominada por homens, brancos, qualificados, com formações dominantes em direito, economia e gestão, oriundos do litoral e que se inserem em lógicas de polienvolvimento político. Depois, defende-se que a ação individual dos eleitos só pode ser compreendida a partir da sua inserção num mundo hierarquizado, que agencia determinadas pessoas em detrimento de outras. Finalmente, conclui-se que distintas pertenças de classe potenciam ou inibem o acesso, adaptação e permanência ao campo político. Campo, esse, onde a desigual distribuição do capital político, uma forma de capital compósito, simultaneamente cultural, social e simbólico, estabelece um conjunto de fronteiras entre quem está dentro e quem está fora, entre quem pode representar e quem deve ser representado. Palavras-chave:Parlamento, representação política, classes sociais, democracia. Abstract: Assembleia da República is one of the most important sovereignty body of the PortugueseState. But what characterizes it sociologically? Based on an ethnography of the Parliament, this study proposes three arguments. The first is that political representation is socially confined: tendentially dominated by white men, qualified, with dominant formations in law, economics and management, coming from the largest urban areas and participating in a multiple political environment. Next, it is argued that individual action of the members of parliament can only be understood from its insertion in a highly hierarchical world. Finally, it is proposed that distinct class positions enhance or inhibit access and adaptation to the political field. This is a field where the unequal distribution of political capital, a form of composite capital, simultaneously cultural, social and symbolic, establishes a set of boundaries between who is inside and who is outside, between who can represent and who should be represented.
Antiguidade e poder simbólico na praxe académica. A praxe académica consiste num conjunto de rituais iniciáticos que abrange um largo número de estudantes do ensino superior português. Dela faz parte o exercício de poder assimétrico dos alunos mais antigos sobre os recém-chegados, uma lógica assimétrica que impõe uma hierarquia fundada na antiguidade. Este artigo analisa as manifestações, a origem e os mecanismos de legitimação e reprodução deste poder. Ele resulta da antiguidade dos estudantes mais velhos enquanto elementos de um grupo estabelecido, capaz de impor normas e barreiras, e reforça-se através de uma dimensão ritual e simbólica que o legitima e naturaliza, ocultando-o enquanto forma de poder. palavras-chave: praxe académica; antiguidade; poder; poder simbólico.
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