Contexto: A pandemia de COVID-19 tem demandado esforços dos sistemas de saúde em todo mundo. Uma análise local e geográfica, elaborada por meio de ferramentas de geotecnologias, é capaz de orientar a tomada de decisão e definir áreas prioritárias ao enfrentamento dessa nova doença. Objetivo: O presente estudo faz parte do esforço do Laboratório de Biogeografia e Geografia da Saúde da UNESP de Presidente Prudente para dar suporte à tomada de decisão em situação de emergência em saúde pública. Para isso, tem como objetivo analisar a concentração de casos suspeitos de COVID-19 em Presidente Prudente – SP, Brasil, considerando também as medidas de isolamento social. Metodologia: Os dados são oriundos da Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente (de 28/02/2020 a 30/04/2020) e do Estado de São Paulo. Utilizamos uma API de geocodificação do Google Maps e elaboramos os mapeamentos em Sistema de Informação Geográfica. Calculamos a função K de Ripley dos casos de COVID-19, aplicamos o estimador de intensidade de Kernel e cruzamos as áreas de maiores concentrações dos casos com variáveis socioeconômicas do IBGE (menor renda, maior número de idosos e habitantes) para a identificação de áreas vulneráveis. Resultados: Os casos em Presidente Prudente estão aglomerados de 0,4 a 3,4 km. Identificamos cinco áreas de maior intensidade dos casos da doença, tanto em áreas mais centrais como mais distantes, das quais, por vulnerabilidade, as zonas quatro e dois são indicadas como prioritárias para o desenvolvimento de ações de monitoramento e vigilância. Também identificamos baixo índice médio de isolamento social em Presidente Prudente (46%), abaixo dos valores recomendados (>70%) que, por sua vez, estão correlacionados negativamente (-0,52, p-valor<0.05) com os casos de COVID-19 quatro dias após as taxas de isolamento.
É notório que as novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) vem transformando as relações sociais e promovendo mudanças nos paradigmas filosóficos, sociológicos, políticos e geográficos. Em meio ao protagonismo dessas tecnologias e da comunicação digital, nos propomos a investigar a exclusão digital no município de Presidente Prudente - SP. Abordamos o tema, incialmente, através de revisão bibliográfica, analisamos e organizamos dados secundários disponibilizados nos bancos de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC); TELEBRASIL; Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL); e sítios eletrônicos das principais operadoras de prestadoras de serviços de internet residencial. Como resultados, identificamos a oferta de internet nos bairros em áreas de exclusão social; posteriormente, produzimos uma série de produtos cartográficos referentes a distribuição espacial das praças Wi-Fi e das antenas de internet; o último produto cartográfico sintético condensa todos os resultados levantados. Constatamos que a exclusão digital é mais que o “não acesso”, corresponde a um subproduto da exclusão social e, por sua vez, da segregação socioespacial.
Este trabalho faz parte de uma Iniciação Científica em andamento, a qual se propõe a analisar a difusão espacial e o risco da COVID-19 em áreas de maior vulnerabilidade em Presidente Prudente e Botucatu – SP através de análises comparativas. Em três meses de pesquisa já se pôde obter resultados preliminares no que tange a espacialidade da COVID-19 no recorte estudado, portanto, este trabalho conta com cinco produtos cartográficos que, através do estimador de densidade de Kernel, discutirá a espacialidade da COVID-19 em dois diferentes recortes – o ano de 2020 e de 2021. Para isso, busca-se nas literaturas vigentes o arcabouço teórico e metodológico para realizar esta pesquisa, bem como algumas hipóteses e apontamentos do futuro da pesquisa que se delineará durante o ano de 2021.
Este artigo tem como objetivo central discutir os desafios do planejamento territorial para o enfrentamento da pandemia da COVID-19 no Brasil a partir do resultado da análise da demanda do Consórcio de Desenvolvimento do Vale do Rio Grande (CODEVAR). Composto por 25 municípios com cidades de médio e pequeno porte no oeste do Estado de São Paulo, a preocupação dos gestores municipais do CODEVAR era o detalhamento do planejamento da cobertura hospitalar para os casos mais graves de COVID-19 na região, em especial os leitos de UTI destinados aos pacientes com necessidade de respiradores. Ainda que os municípios do CODEVAR procurem atuar em conjunto, constatou-se que eles são pertencentes à diferentes pactuações de saúde. Assim, o presente estudo demonstra a necessidade de aprofundamento de pesquisas acerca da regionalização em saúde. Para isso, o objetivo principal do trabalho é demonstrar as dificuldades encontradas para o planejamento territorial neste momento pandêmico e de emergência em saúde pública. Foram produzidos mapas temáticos para visualização e compreensão da pactuação de saúde na região consorciada, utilizando-se da análise cartográfica da sobreposição de diferentes recortes regionais e da análise da distribuição dos equipamentos existentes. Diante da dificuldade para obter os dados regionais, o estudo aponta a necessidade de maior detalhamento do marco regulatório da regionalização da saúde no Brasil, considerando a contribuição conceitual da Geografia.
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