RESUMO: este estudo busca problematizar o papel do Tradutor-Intérprete de Língua de Sinais (TILS) no espaço de escolarização com estudantes surdos incluídos. A escolha deste tema é justificada pela importância deste profissional no contexto da atual política de inclusão de surdos, a qual é refletida no reconhecimento de sua profissão, a partir de lei específica. A pesquisa foi realizada em cinco escolas estaduais, sendo duas do Ensino Fundamental II e três do Ensino Médio, que contavam com a presença do nas salas de aula. Com o objetivo de analisar a atuação deste profissional, foram realizadas entrevistas com 13 intérpretes e feitas observações de suas atuações, durante três meses. Os dados obtidos mostraram que, apesar de este profissional já se fazer presente há alguns anos nas escolas pesquisadas, havia muita confusão em torno de seu papel e, em consequência, a sua atuação era descaracterizada. Isso ficou patente no confronto entre o pronunciado e o executado pelos TILS pesquisados. Enquanto parecia haver um discurso coeso e bem elaborado sobre a profissionalização do TILS, notamos, na prática, certo esvaziamento de pressupostos que dariam significado à educação de surdos. Entre eles, consideramos questionável o estabelecimento de uma configuração educacional que delegava ao TILS a responsabilidade pedagógica com os surdos, pois isso reforçava a condição de passividade dos surdos ante uma matriz curricular construída para os padrões ouvintes. Essa situação era agravada pelas lacunas existentes em termos de compromisso profissional dos TILS. PALAVRAS-CHAVE:Educação Especial. Tradutor-Intérprete de Língua de Sinais. Surdos. Inclusão. ABSTRACT:This study aims to investigate the role of the Sign Language Interpreter Translator (SLIT) within the scope of schooling of included deaf students. We chose this theme because of the importance of the SLIT in current inclusion policy of deaf students, reflected in the recognition of the interpreter as a professional, according to a specific law. The study was undertaken in five state schools, namely two basic education schools and three secondary schools, which have SLITs in the classrooms. With the objective of analyzing the interpreter's performance, we carried out interviews and classroom observations with thirteen interpreters, over the span of three months. The data showed that, given the fact that these professionals had been working for some years in the schools that were analyzed, there is still a lot of confusion as to what their actual role is, and as a consequence, their work did not fit the job description. This fact was revealed when we confronted what was proposed with what was actually performed by the investigated SLITs. Although there seems to be well-structured and elaborate discourse regarding SLIT professionalization, we noted in practice the inadequacy of certain assumptions which would make deaf student education gain significance. Among them, we raised issue as to the educational configuration which allowed the SLITs to be pedagogically responsible ...
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