ResumoO modelo de Campos e Armas da Competição (CAC) vem sendo publicado como referencial teórico de muitos estudos, porém, de forma fragmentada. Devido ao grau de consolidação que atingiu, é o momento de publicá-lo na íntegra, a fim de lançá-lo à discussão na comunidade científica da área de Estratégia. É um modelo da Teoria da Competitividade validado cientificamente, que, por ser qualitativo e quantitativo, tem vantagens em relação ao modelo de Porter, RBV e Balanced Scorecard. Ele nasceu de uma idéia simples: separar, de acordo com o interesse do cliente, as chamadas vantagens competitivas, distinguindo as que lhe interessam das que não lhe interessam. As primeiras referem-se aos campos da competição, e, as segundas, às armas da competição. Os campos da competição estão relacionados à estratégia competitiva de negócio, e as armas da competição às estratégias competitivas operacionais. Este é o primeiro artigo de uma série de três.
Palavras-chave: Vantagem Competitiva. Campo da Competição. Arma da Competição. Estratégia Competitiva de Negócio. Estratégia Competitiva Operacional.Para a concepção do modelo de Campos e Armas da Competição foi necessária uma extensa pesquisa bibliográfica e várias centenas de pesquisas empíricas, cujos resultados permitiram aprofundar os conceitos sobre competitividade. A evolução dos conceitos teóricos iniciais resultou na concepção de um modelo muito bem estruturado, simultaneamente qualitativo e quantitativo, cientificamente validado e que apresenta vantagens em relação aos já existentes.Os estudos têm gerado artigos que, devido à originalidade, são freqüentemente publicados em revistas científicas e em congressos. Mesmo mostrando apenas fragmentos do modelo, esses artigos conseguiram despertar o interesse da comunidade acadêmica.
Frente a um mercado globalizado, competitivo e repleto de inovações tecnológicas, as empresas brasileiras ainda não atentaram para a importância da utilização de patentes como instrumento competitivo, assim como não atentaram para a importância da exploração das patentes como fonte de informação tecnológica. Este artigo procura analisar esses aspectos da gestão da inovação e do desenvolvimento tecnológico através da realização de um trabalho de revisão bibliográfica sobre patentes e gestão de C & T e de pesquisa junto a empresas cadastradas na Associação Nacional de Pesquisa Industrial - ANPEI. Às empresas pesquisadas foi solicitado que respondessem a questões específicas sobre os fatores motivadores e os inibidores na utilização das patentes como instrumento competitivo e na exploração das patentes como fonte de informação tecnológica, procurando estabelecer, através de uma escala, o grau de importância de cada fator. Assim foi possível analisar estatisticamente a relevância de dez fatores motivadores e de dez fatores inibidores para a utilização das patentes como instrumento competitivo e como fonte de informação tecnológica, segmentando-se essa análise de acordo com o porte da empresa. Os resultados da pesquisa trouxeram evidências de que na área de gestão do conhecimento foi considerada como fator motivador mais relevante a possibilidade de recorrer aos documentos patentários publicados e, desse modo, perscrutar o "estado da arte" da pesquisa no setor. O fator inibidor mais relevante, tratando-se ainda a patente como fonte de informação tecnológica, foi considerada a falta de cultura com relação à pesquisa de tecnologia patenteada. Entretanto o maior desestímulo à utilização das patentes como um instrumento competitivo reside na atuação do órgão competente (INPI), principalmente com relação ao tempo de processamento de um pedido de patente. Na área de gestão estratégica, os fatores mais motivadores estão relacionados à obtenção de vantagens competitivas de um monopólio temporário concedido pela patente adquirida e à importância da criação do conceito de empresa inovadora. Em contrapartida, o surgimento de uma eventual tecnologia substituta num processo de difusão da informação é um fator inibidor porque pode vir a encurtar o período de rendimentos extraordinários propiciados pela patente.
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