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Recebido em: 28/09/2005; aceito em: 25/08/2006 RESUMO Neste trabalho é feita uma avaliação do comportamento espacial e temporal de parâmetros hidroquímicos que caracterizam a salinização das águas do aqüífero cristalino/RN, e uma abordagem sobre os aspectos relativos à origem e mecanismos da salinização. O estudo foi realizado a partir de um banco de dados hidroquímicos, obtido de resultados de análises físico-químicas de amostras de águas de poços da região. Os dados foram tratados por meio da aplicação de técnicas estatísticas e geo-estatísticas, especificamente da Krigagem dos dados. Os argumentos estatísticos confirmaram a existência de subáreas do aqüífero cristalino com águas de salinidade distintas, porém com uma tendência a diminuição da salinidade das águas no sentido de leste (Agreste) para oeste (Serrana). Os resultados sugerem que os componentes do ciclo hidrológico, associados à dinâmica da atmosfera e a um relevo movimentado, criam condições diferentes em termos da hidroquímica do aqüífero cristalino, cujas diferenças são intensificadas em período de situações climáticas extremas.Palavras-chave: água subterrânea, semi-árido, salinidade, rochas cristalinas ABSTRACTIn this work is done the evaluation of the spatial and temporal behavior of the hydrochemical parameters that characterize the water salinization of the crystalline aquifer. In addition, some aspects of the origin and mechanisms of the salinization are considered. The study was carried out taking in account a hydrochemical database, resulted of physicchemical analysis of water samples from the wells drilled in the region. The datas were handled using statistics and geostatistics techniques, specifically the Kriging. It was verified the occurrence of different types of water, with salinity increasing from the east to the west. The origin of these differences is a function of the hydrologic cycle, associated with the dynamic of the atmosphere and the characteristic relief of the region that is intensified in extreme climate situation.

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no Rio Grande do Norte, está situada em domínio semi-árido com precipitações pluviométricas médias de 765,1 mm/ano. O aqüífero Açu é o principal recurso hídrico disponível para o suprimento das populações com água potável e uso na irrigação, desempenhando, portanto um papel importante no desenvolvimento da região. A captação de água é feita através de poços, os quais fornecem vazões muito variadas, desde menos de 5 m 3 /h até 80 m 3 /h, atestando condições de heterogeneidade, o que tem limitado o uso das águas subterrâneas em maior escala. Os dados geológicos, estruturais e geofísicos (sondagens elétricas verticais e condutância longitudinal) mostram que a área é formada por altos e baixos estruturais. De conformidade com os resultados dos estudos hidrogeológicos realizados, isto condiciona a ocorrência de setores com diferentes potencialidades. Verificou-se que a transmissividade do aqüífero cresce no sentido de sul para norte segundo a direção do fluxo subterrâneo, com valores de menos de 10 m 2 /dia até 280 m 2 /dia, evidenciando, portanto maiores potencialidades do aqüífero Açu na faixa norte da área. A recarga das águas subterrâneas foi avaliada em 54 milhões de m 3 /ano, sendo que mais de 90% deste recurso é armazenado no setor norte da área. Palavras chave: Semi-árido, água subterrânea, recarga, fluxo subterrâneo.