Este trabalho procura oferecer contribuição para a reflexão sobre a melhoria da escola pública de ensino fundamental a partir da perspectiva teórica que entende a escola como instituição social ímpar, pois, ao mesmo tempo em que possui formas de organização e de funcionamento muito semelhante a qualquer outra escola, apresenta peculiaridades que lhe são próprias, fruto da sua própria trajetória histórica. Tendo como interlocutor privilegiado o professor da escola pública de ensino fundamental, procura oferecer subsídios para a organização do trabalho pedagógico, de tal forma que esta própria organização, em si, se constitua em elemento fundamental para o desenvolvimento de processos de democratização do ensino no país.
O trabalho analisa os dados oficiais de matrícula em educação especial tomando por base as Sinopses Estatísticas da Educação Básica realizadas e divulgadas pelo INEP no período 1997-2006. A análise foi feita a partir do cotejamento dos dados de matrícula em Educação Especial. Constatou-se a ampliação do número de matrículas em educação especial no sistema regular, principalmente classes sem apoio especializado; a ampliação de matrículas em instituições especiais e redução em classes especiais; o baixo número de matrículas na educação infantil e no ensino médio; e o aumento significativo do número de matrículas de alunos com deficiência visual, auditiva, mental e física no sistema regular de ensino.
RESUMO: O objetivo do presente artigo é apresentar, analisar e discutir a constituição do campo da Educação Especial, tendo como fonte os textos publicados pelo periódico Revista Brasileira de Educação Especial - RBEE, no período de 1992 até 2017. Por meio da fonte selecionada, foi possível elaborar balanço tendencial referente aos sujeitos que produzem os discursos disseminados pelo periódico, bem como os sujeitos e as políticas que essas narrativas produzem e a forma pela qual são produzidas. Para tanto, foram selecionados, dentre o total de textos publicados, aqueles que apresentavam discussão ampla sobre a Educação Especial, por meio de três eixos de entrada: quem produziu esses artigos, o que produziram e por quais meios produziram essas narrativas. Os dados colhidos foram organizados por meio de indicadores que alimentaram o banco de dados, permitindo a elaboração de tabelas e a análise das principais tendências dessa produção desde o seu lançamento até o ano de 2017, tendo como referencial teórico os estudos de Pierre Bourdieu, especificamente as noções de campo e linguagem. Destacam-se como resultados da análise a grande incidência de produções da região Sudeste do Brasil, de autores com título de doutores inseridos no campo acadêmico vinculados à educação, culminando com a análise dos termos que designam a população atendida pela Educação Especial e que expressam a disputa pela autoridade científica desse campo de investigação.
O trabalho dá prosseguimento a uma série de análises realizadas no ano de 1999 e que se referem à pesquisa Diagnóstico da Educação Física no Estado do Espírito Santo. Nesta nova análise, discute-se duas questões que fazem parte de um questionário com dezessete perguntas aplicadas aos alunos do ensino médio da Rede Pública da Região da Grande Vitória. Analisa-se especialmente, a questão nº 3 (Você gosta das aulas de Educação Física? Por quê?) e a questão nº 5 (O que você faz e aprende nas suas aulas de Educação Física? O que o seu professor ou professora mais ensina?). Utilizando como referência os estudos de Charlot (2000 e 2001), em relação às figuras do aprender, propõe-se uma nova análise a essa parte dos dados. Para tanto, volta-se a atenção para os saberes que os alunos reconhecem como os que foram compartilhados pela Educação Física durante o processo de escolarização. Com base nessa referência teórica, problematiza-se essa relação, em termos da distinção entre saber-objeto, saberes de domínio e saberes relacionais, estes dois últimos muito presentes nas aulas de Educação Física, mas pouco privilegiados como objetos de pesquisa.
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