Resumo: O objetivo é propor uma sistematização de diversas variáveis que contribuam para a avaliação das compras da agricultura familiar para a alimentação escolar, apresentando resultados para o Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Procurou-se verificar a eficiência das Chamadas Públicas (CPs) em alcançar o público pretendido, a eficácia em contribuir para maior volume de compras dos agricultores familiares (AFs) e maior consumo de produtos in natura e menos processados, bem como a efetividade relativa aos efeitos na renda e organização dos agricultores. Os dados foram coletados de CPs, contratos de fornecimento e prestações de contas das prefeituras. Verificou-se que o cumprimento da legislação vem crescendo, embora o número potencial de agricultores familiares atendíveis seja relativamente pequeno na maioria dos municípios. Os preços são mais altos que em mercados convencionais e, nas compras, predominam produtos vegetais in natura ou com baixo grau de processamento, beneficiando escolares e agricultores familiares. Contudo, em vários casos as CPs apresentam debilidades, como a falta de informações, a frequência e o número de locais de entrega e os preços a serem pagos, o que prejudica a organização dos AFs e a eficiência do processo. Observou-se estímulo ao aumento da formalidade jurídica e de organização dos agricultores.Palavras-chaves: Agricultura familiar, compras públicas, alimentação escolar, mercados institucionais, abastecimento. Abstract:The aim of this study is to propose a systematization of several variables that contribute to the evaluation of purchases from family farming for school feeding,
O objetivo deste trabalho foi analisar as dificuldades e os fatores que condicionam a aquisição de produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar pela ótica dos atores sociais em municípios do Paraná. Para tanto, foi utilizada pesquisa qualitativa com entrevistas semiestruturadas com agricultores familiares, gestores, profissionais de extensão rural, membros do Conselho de Alimentação Escolar em oito municípios, com diferentes tamanhos populacionais e de diferentes macrorregiões. Os dados foram avaliados por categorização temática, para posterior análise de conteúdo. Barreiras como planejamento da produção, burocracia, logística, falta de comunicação, entre outras, foram referenciadas diferentemente pelos grupos de municípios e atores como dificuldades no cumprimento da legislação. Nos municípios onde existe maior participação, diálogo e parcerias entre gestores, agricultores, conselheiros e extensão rural há melhor aproveitamento dos recursos do Programa e esse entrosamento é mais evidente em municípios de médio e pequeno porte. Nesse sentido, evidencia-se a importância da existência de políticas públicas para a viabilização de mercados para a agricultura familiar, mas esta só se efetiva com a participação dos atores sociais.
Desde 2007, os preços dos alimentos sobem mais intensamente do que o conjunto dos preços ao consumidor no Brasil. O objetivo do trabalho é comparar a inflação de alimentos no primeiro semestre de 2020 com a de 2007 e 2019, verificando se houve mudanças em suas características e razões. Usam-se informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que permitem analisar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e seus componentes. Entre 2007 e 2019, preços da alimentação fora do domicílio expandiram-se mais que da alimentação no domicílio. Entre os componentes desta, os preços dos menos processados aumentaram mais do que os dos mais processados, indicando que a origem da inflação de alimentos foi agropecuária, com as carnes tendo grande contribuição para o fato. Por sua vez, no primeiro semestre de 2020, produtos sem comércio exterior significativo, feijão, arroz, frutas, legumes e verduras, pressionaram mais a inflação. Em todo o período, as condições de comércio exterior, preço internacional e taxa de câmbio, tiveram forte influência na inflação de alimentos. No primeiro semestre de 2020, entre as causas, ganhou relevância o aumento da demanda de alimentos nos supermercados, aparentemente não acompanhado pela expansão da oferta.
Resumo: Considerando-se a região Centro-Sul do Brasil e com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, comparou-se a evolução da produção sucroalcooleira com o número e tipos de pessoas formalmente ocupadas em empresas do setor, de 2007 a 2009. Nas empresas dedicadas ao cultivo da cana-de-açúcar, o número de pessoas ocupadas caiu nesses três anos, enquanto aumentava nas empresas dedicadas à produção de açúcar e etanol. Quanto às categorias de ocupação, constatou-se aumento no número de pessoas ocupadas em atividades industriais, administrativas, de apoio ou não sucroalcooleiras, enquanto diminuíam as pessoas ocupadas na agricultura. Neste caso, houve redução dos trabalhadores canavieiros não qualificados e crescimento dos trabalhadores da mecanização agrícola, fatos associados à intensificação da adoção da colheita mecânica de cana-de-açúcar. Não ocorreu mudança expressiva na sazonalidade de emprego dos trabalhadores canavieiros não qualificados, que permaneceu muito alta. O aumento mais intenso da produção do que do número de pessoas ocupadas refletiu em indicadores de produtividade, com crescimento da relação da produção de cana-de-açúcar, tanto com o total de pessoas ocupadas, quanto com o número de trabalhadores canavieiros não qualificados. Também foi constatada redução significativa na relação desse grupo de trabalhadores com a área colhida com cana-de-açúcar.Palavras-chave: ocupação sucroalcooleira, empresas sucroalcooleiras, produtividade do trabalho, Centro-Sul, Brasil.
RESUMO -As tendências do mercado mundial de alimentos apontam para alto crescimento no consumo de produtos naturais, como as frutas e verduras. O mercado mundial de frutas frescas registrou, em 2005, cifra superior a US$ 31,5 bilhões e cresce US$ 1 bilhão ao ano, em média. Tal fato se reproduz no Brasil, onde se observa elevação do consumo de frutas. Em termos monetários, o valor bruto da produção de frutas no Brasil atingiu, em 2006, cerca de R$ 16,3 bilhões, 16,5% do valor da produção agrícola brasileira. O presente trabalho buscou analisar características econômicas da participação brasileira no comércio mundial de frutas, entre 1997 e 2008. Ademais, foi analisada a evolução da balança comercial das principais frutas brasileiras, discriminação das exportações em frescas ou processadas, representatividade do comércio externo no valor da produção nacional e participação da exportação de frutas selecionadas na exportação total do agronegócio. PARTICIPATION OF THE MAIN BRAZILIAN FRUITS IN INTERNATIONAL TRADE FROM 1997 TO 2008ABSTRACT -The current trends in the global food market point to a high growth in consumption of natural products, such as fruits and vegetables. The world market for fresh fruits registered in 2005 cipher exceeding $ 31,5 billion and grows $ 1 billion annum, on averaged. This fact is reproduced in Brazil, which shows increase in fruits consumption. In monetary terms the gross value of fruit production reached, in 2006, around R$ 16.3 billion, 16.5% the value of Brazilian agricultural production. The present study sought analyzing economic features of the Brazilian participation in global trade of fruits from 1997 to 2008. Furthermore, it was analyzed the evolution of the trade balance of the main Brazilian fruit, discrimination of exports in fresh or processed fruits, representation of external trade in value of national production and participation of the exports selected fruits in all exportation of the agribusiness. It was used data from the Household Budget Survey from the Brazilian Institute of Geography and Statistics, the system of Survey and Analysis of Foreign Trade -AliceWeb from the Ministry of Development, Industry and Foreign Trade and database from the Ministry of Agriculture, Livestock and Supply. After surveying the fruits that would be studied, it was found that growth of the exports was higher than the growth of Brazilian imports in the period of 1997 to 2008. This contributed to increase the balance trade by 112% in the period. Exports of fresh fruits grew relatively more than the exports of processed fruits. However there was a drop in the share of fruits export in the Brazilian agribusiness exports, 5.8%, in 1997, to 3.9% in 2008.
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