As relações capitalistas no campo são geradoras de territórios com lógicas distintas e contraditórias. A partir da produção agrícola desses territórios é possível diferencia-los e relaciona-los com as questões sociais que se plasmam no campo. Nesse artigo, temos como locus o estado do Maranhão, onde discutimos dados da produção agrícola (lavouras, produtos da extração vegetal e da silvicultura) e relacionamos com o aumento da violência, compreendendo que a expansão do agronegócio maranhense é um dos principais responsáveis pelo aumento da violência contra camponeses e trabalhadores rurais.
Em 2016 o departamento criado para atender ao desenvolvimento do MATOPIBA fora extinto, engana-se, porém, que se tenha findado os investimentos públicos e privados para a Região. A fronteira agrícola continua avançando sobre os cerrados e ameaçando o modo de vida das populações ali estabelecidas. O crescimento das áreas plantadas de soja e dos conflitos socioterritoriais são indicativos dos impactos do agronegócio nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. No Maranhão, em pouco mais de duas décadas a microrregião de Chapadinha teve o maior aumento da área plantada de soja entre as demais microrregiões do MATOPIBA, é nela também que tivemos os maiores números de conflitos por terra da Região, quadro bastante representativo das relações estabelecidas pelo agronegócio brasileiro.
O processo evolutivo do sistema produtivo que resiste aos dias atuais é de incorporação de elementos históricos à vista de sua manutenção e reprodução. O trabalho escravo é um desses elementos sem temporalidade de existência definida na sociedade brasileira, em sua forma contemporânea ele está presente no campo e na cidade e continuamente seus executores buscam formas legais de perpetua-lo. Neste artigo, nossas reflexões se voltam a buscar compreender o trabalho escravo como parte estrutural do capitalismo no Brasil, a leitura de dados relativos à denúncias e libertação de trabalhadores escravizados em todo o país, contribuem para a compreensão das degradantes relações trabalho. O texto ainda é composto por uma análise do trabalho escravo no Maranhão, estado que se destaca por promover e prover mão de obra em condições de escravidão para o restante do país.
The Geography of Health is a field of study that is gaining more and more space among geographers. Given the emergence of epidemic outbreaks, and more recently pandemics (COVID-19 in 2019 and still in effect), the relevance of health studies from a geographic perspective is verified. The main objective of this research was to reflect on public health in the state of Maranhão in the face of the health crisis caused by the Covid-19 pandemic, a disease caused by the new severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2), identifying the rates of lethality in the state, noting that the capital São Luís and the municipalities of Imperatriz, Açailândia, Balsas, Caxias, Santa Inês and Timon concentrate the largest numbers of confirmed cases.
A luta pela terra frente à dinâmica territorial do agronegócio da soja no Maranhão: o caso da Microrregião de Chapadinha (1990-2015) The struggle for land in the territorial dynamics of soybean agribusiness in Maranhão: the case of the Microregion of Chapadinha (1990-2015) Referência: Almeida, Juscinaldo; Junior, José (2019). A luta pela terra frente à dinâmica territorial do agronegócio da soja no Maranhão: o caso da Microrregião de Chapadinha (1990-2015). Revista de Geografia e Ordenamento do Território (GOT), n.º 16 (março). Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, p. 251-274, dx.
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