As relações capitalistas no campo são geradoras de territórios com lógicas distintas e contraditórias. A partir da produção agrícola desses territórios é possível diferencia-los e relaciona-los com as questões sociais que se plasmam no campo. Nesse artigo, temos como locus o estado do Maranhão, onde discutimos dados da produção agrícola (lavouras, produtos da extração vegetal e da silvicultura) e relacionamos com o aumento da violência, compreendendo que a expansão do agronegócio maranhense é um dos principais responsáveis pelo aumento da violência contra camponeses e trabalhadores rurais.
The Maranhão, according IBGE (2019), is an essentially agrarian state, encompassing the largest rural population in Brazil, and also has a historically concentrated land order, due to the process of incorporation and territorialization conceived by the capital, a process facilitated in its historical context by the state apparatus. Thus, this article proposes to analyze the role of the State and its dynamics of power transfer to capital, as a determining factor for the territorialization process, which materializes in conflicts and exclusion of workers in the Maranhão countryside. The research was based on the historical and dialectical materialism method with a quantitative approach. Specialized bibliography on the subject, secondary data and tabulation software, data auditing and the making of maps were used as a complement. The results obtained elucidate the high rate of land conflicts in Maranhão, which trigger the processes of conflicts and their conflicts in the field. Therefore, it is necessary to foster the articulation of movements within the social structure in order to build an effective land policy, which can and should be part of a political strategy aimed at fighting inequality, misery and unemployment at the same time,and contribute to overcoming the current model of land concentration, to placate the process of conflicts and conflicts, and to build a society where life is more important than the interests of capital.
Em 2016 o departamento criado para atender ao desenvolvimento do MATOPIBA fora extinto, engana-se, porém, que se tenha findado os investimentos públicos e privados para a Região. A fronteira agrícola continua avançando sobre os cerrados e ameaçando o modo de vida das populações ali estabelecidas. O crescimento das áreas plantadas de soja e dos conflitos socioterritoriais são indicativos dos impactos do agronegócio nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. No Maranhão, em pouco mais de duas décadas a microrregião de Chapadinha teve o maior aumento da área plantada de soja entre as demais microrregiões do MATOPIBA, é nela também que tivemos os maiores números de conflitos por terra da Região, quadro bastante representativo das relações estabelecidas pelo agronegócio brasileiro.
Este artigo é fruto de uma discussão que se inicia partir da declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2020) sobre a pandemia da Covid-19, doença causada pela nova severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2). Dessa forma, a partir do dia 11 de março, o grupo de estudos começou a acompanhar as notícias sobre os casos no Brasil e nas Regiões Nordeste e Norte, mais especificamente no estado do Maranhão, por meio das informações contidas nos boletins, notas técnicas e decretos governamentais disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde. Assim, iniciou-se o monitoramento para a compreensão da espacialização da doença. Para tal acompanhamento, promoveram-se discussões sobre o Meio Técnico Científico Informacional, Fluxos e Redes de Conexão entre a capital e os demais municípios localizados na Ilha, bem como com os municípios do continente. Posteriormente, foram utilizados softwares do Sistema de Informações Geográficas (SIG) para confecção de mapas temáticos diários sobre casos confirmados e óbitos, levando em consideração o período de 05/04/2020 a 15/06/2020 e, em conjunto com os referenciais bibliográficos, nos proporcionaram reflexões relevantes para o entendimento da difusão e espacialização dos casos nos municípios maranhenses. Verificou-se que o fluxo rodoviário foi o principal meio da difusão da Covid-19 com 1499 óbitos e 60592 casos confirmados, alcançando 655 e 98% respectivamente dos municípios maranhenses.
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