O presente artigo foi produzido para tentar responder a uma pergunta freqüente dos alunos que se encontram em diferentes níveis de formação. Em síntese, indagam: estudar a história de instituições escolares, ou de uma delas, é optar pela metodologia da microhistória? Revisitei o trabalho de Vainfas (2002), um “historiador de ofício”, para construir a resposta mais didática que me foi possível. Concluo, com ele, que a definição que opõe a micro-história a uma história da totalidade não se dá pelo recorte do tema objeto da pesquisa, mas sim em decorrência da perspectiva de análise. Ressalto a relevância de se focar com prioridade o debate sobre os diferentes referenciais teórico-metodológicos.
Este artigo discute a política educacional do Estado de São Paulo, durante os mandatos de Mário Covas, Geraldo Alckmin, Cláudio Lembo e José Serra. Aponta-se que a perspectiva ideológica que dominou a política educacional durante estes governos do PSDB foi o neoliberalismo, com predominância da lógica do mercado. Para sustentar esta afirmação, são analisadas as principais ações e medidas do governo estadual neste período.
O presente texto faz um breve exercício de historiografia abordando algumas tesesacadêmicas que tiveram por objeto de estudo instituições escolares. Busca apontar asdiferentes abordagens assumidas por seus autores, em especial com a indicação quefizeram ou não de suas categorias de análise. Conclui apresentando uma propostametodológica para que as pesquisas sobre história das instituições escolares primempela explicitação da tensão e do movimento contraditório entre o singular e o universal.
RESUMO: Esse artigo teve por objetivo analisar as relações entre a agricultura, a educação superior agrícola e a ditadura do movimento civil-militar de 1964 a 1985, tendo por foco a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), eleita em 2015 a quinta melhor escola de Ciências Agrícolas do mundo. Projetada em 1881 e inaugurada em 1901, ela é uma instituição orgânica do ruralismo brasileiro e foi fundamental para fomentar as políticas agrárias dos governos militares, proporcionando as bases para a criação do agronegócio no país. Com a intervenção do governo dos Estados Unidos e grossos investimentos estatais brasileiros, a ESALQ/USP forneceu conhecimentos científicos, educacionais e de extensão rural para o processo de modernização conservadora do campo, com o regime ditatorial implementando a produção agroindustrial a “ferro e fogo” e conservando as estruturas de origem colonial, como o latifúndio e a alta exploração dos trabalhadores rurais.
Este texto objetiva apresentar uma leitura histórica do documento intitulado Manifesto dos Educadores - 1959, sob a ótica de um contexto tomado como síntese de tensões e com um potencial qualitativo de superação das contradições do então denominado modelo nacional-desenvolvimentista, com base na industrialização, referente ao período de 1930 a 1964. A maior incidência da análise recai sobre os anos de 1950. Espera-se, como resultado, ter alcançado um melhor discernimento histórico do processo de mudança ou do movimento estrutural vivido pela sociedade brasileira no período, de forma a explicitar os diferentes projetos educacionais e sociais que lá estavam em conflito.
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