A argumentação está presente em inúmeras práticas discursivas do cotidiano, tanto por meio da escrita, como também através da oralidade. Nessa direção, o presente artigo tem como objetivo propor o ensino do gênero textual artigo de opinião como ferramenta pedagógica para o desenvolvimento de competências argumentativas dos discentes. Nesse passo, analisa-se a construção da argumentação na produção de artigos de opinião por alunos do 8º ano a partir de uma sequência didática, junto a uma escola pública de ensino fundamental do município de Crato-CE. A metodologia adotada na pesquisa foi de base qualitativa, com foco na modalidade pesquisa-ação, com base nas experiências de regência da pesquisadora durante o Estágio Supervisionado I, do curso de Letras. Para isso, a fundamentação teórica foi ancorada na orientação teórico-metodológica do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), com os autores Schneuwly e Dolz (2004), com foco no gênero textual artigo de opinião, segundo Boff, Köche e Marinello (2009) e Bräkling (2000), e nos aspectos teóricos da argumentação com Perelman e Olbrechts-Tyteca (2014), Fiorin (2015) e Koch e Elias (2016). A análise das produções textuais que constituíram o corpus permitiu observar avanços significativos quanto ao desenvolvimento argumentativo dos discentes entre a produção inicial e a produção final, além de evidenciar que as práticas de ensino voltadas para a argumentação auxiliam na formação do sujeito crítico-reflexivo e que o trabalho com o artigo de opinião se mostra um forte aliado para o desenvolvimento da competência argumentativa dos discentes.
Sabemos que o espaço digital produz muitos campos de interação, e neles as práticas de linguagem são as mais diversas. Isso nos permite observar as possibilidades de comunicação através dos meios digitais, o que pode explicar o surgimento de gêneros textuais próprios desse meio ou gêneros que foram “adaptados” ao ambiente virtual. Em vista disso, percebemos que a escola vem se mostrando cada vez mais disposta a aderir à cultura digital como ferramenta que auxilia no processo de ensino-aprendizagem. Apesar dessa “invasão” tecnológica no espaço escolar, o livro didático impresso, de modo geral, ainda é uma ferramenta didática muito utilizada pelo sistema educacional. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo analisar a consonância da abordagem dos gêneros digitais no livro didático de língua portuguesa do ensino fundamental com a proposta da BNCC e como esses gêneros são abordados metodologicamente no suporte impresso. Para atingir nosso objetivo, realizamos uma pesquisa de natureza analítico-qualitativa e teve como corpus de análise o livro didático do 6º ano da coleção Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem (2018), de autoria de Wilton Ormundo e Cristiane Siniscalchi. Para subsidiar nossas discussões sobre os gêneros digitais, nos embasamos nos estudos de Marcuschi (2010) e Xavier (2005); sobre textos multimodais, em Rojo (2012) e em outros autores. Após as análises do corpus, constatamos que o livro didático em questão aborda os gêneros digitais de forma satisfatória, procurando seguir o que está orientado na BNCC. Entretanto, concluímos que o suporte impresso é parcialmente adequado no trabalho com os gêneros digitais, visto que ele consegue transmitir com objetividade o que pretende ao abordar certos gêneros, mas, em relação a outros, não há como suprir a necessidade da prática por meio do manuseio do computador ou do aparelho celular.
Encontramos, neste número, trabalhos, de estudos linguísticos, sob os aportes da Análise do Discurso francesa e Análise Crítica do Discurso, analisando, inclusive, obras literárias e textos midiáticos, quanto da Teoria da Argumentação, analisando um texto religioso etc.; já em relação aos estudos literários, encontramos, predominantemente, estudos crítico-analíticos de/sobre obras literárias, especificamente, de autores consagrados e de autores da literatura contemporânea que (ainda) não fazem parte do cânone literário.
O presente artigo é um recorte de uma pesquisa na qual objetivamos identificar e analisar a concepção teórica de leitura que estava na base do Livro Didático de Língua Portuguesa (LDLP) do 6º ano de uma coleção, tendo em vista que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1997) recomendam uma concepção sociointeracionista de leitura. Sendo assim, tomamos como corpus de análise o livro didático (LD) da coleção Universos: língua portuguesa. E para alcançarmos nossos objetivos, nos utilizamos de uma pesquisa qualitativa de caráter analítico e bibliográfico-documental pautada numa abordagem psicolinguística, uma vez que essa abordagem nos orienta para uma análise contemplativa da ação leitora por meio de estratégias de compreensão. E como arcabouço teórico, para sustentar nossas análises, nos
O presente artigo tem por objetivo compreender como o aluno, que cursa a licenciatura de Letras e realizando seu estágio supervisionado obrigatório, vê o professor de língua portuguesa, ou seja, qual a imagem que ele tem de ser professor. Em vista disso, solicitamos a alunos de duas universidades públicas de duas regiões do país que reproduzissem essa imagem por meio de um desenho. Assim, lançando mão do arcabouço teórico da análise semiótica de linha francesa (GREIMAS; COURTÉS, [s.d.], 1970, 1974, 1984) e da Semiótica do Visual (FLOCH, 1985, 1991, 1997), selecionamos quatro desenhos entre os que formaram o corpus da pesquisa para analisarmos. Após as análises, pudemos constatar que as representações imagéticas desses alunos variaram entre a figura de ser super-herói, de ser mestre e a do profissional desvalorizado socialmente.
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