O constante desempenho esportivo de excelência é a realidade dos atletas, sendo importante o acompanhamento dos estados de humor e percepção de estresse e recuperação. O objetivo do presente estudo foi traçar o perfil dos estados de humor, da percepção subjetiva do estresse e recuperação da fadiga, correlacionando-os também com uma medida de condicionamento físico, o volume máximo de oxigênio (VO2max), em atletas da Seleção Brasileira Militar de Futebol. Fizeram parte do estudo 21 jogadores, entre 19 e 40 anos. Foram usadas na avaliação as versões Brasileiras do Recovery Stress Questionnaire for Athletes e da Brunel Mood Scale, além do teste de esforço cardiopulmonar em cicloergômetro com protocolo de rampa adaptado (modulando apenas a velocidade). Todos os testes foram realizados no software SPSS15. Descritivamente, podemos verificar que os fatores de recuperação tem uma tendência a maior escore que os fatores de estresse, tanto aqueles específicos do esporte quanto os gerais. Os escores de humor negativos apresentaram média e dispersão menor que o escore de vigor. Houve associação negativa entre o VO2max e o fator de Estresse Social e o fator fadiga. Os fatores Conflito, Bem Estar Geral e Descanso Atrapalhado variaram em função da posição de campo. A comissão técnica pode monitorar e orientar seus atletas a manejar o cansaço e desgaste de uma forma geral, não apenas no contexto esportivo, uma vez que se mostram importantes na associação com condicionamento físico e no posicionamento em campo.
Introdução: O futebol é uma modalidade de elevada exigência física que somada ao grande volume de treinos e jogos pode propiciar a ocorrência de lesões ao longo de uma temporada. Objetivo: Analisar marcadores indiretos de lesão celular em jogadores da Seleção Brasileira Militar de Futebol no início e no final da fase de preparação da temporada. Métodos: Participaram 13 atletas com idade mediana de 26 [24; 32] anos. A preparação durou três meses (volume semanal entre 450-1200 minutos) e as sessões de treinamento avaliadas duraram 120 minutos. A coleta de sangue ocorreu antes e após o treino em ambas as fases de preparação (inicial e final). Foram excluídos os atletas acometidos por lesões ou limitações osteomioarticulares, bem como aqueles que não compareceram em nenhuma das avaliações. Para responder ao objetivo foi utilizada ANOVA de medidas repetidas de 2 fatores (Freadman para dados não paramétricos) (p<0,05). Resultados: A enzima gama glutamiltransferase reduziu com o treinamento: 22,00 [17,00; 34,00] vs. 18,00 [14,50; 26,00] U/L (p=0,011), assim como o percentual de atletas com valores de CK acima da referência (15,4 vs. 0,0 %, p=0,007). Conclusão: Menores valores de marcadores de lesão celular foram encontrados ao final da fase de preparação, com destaque para GGT e CK. Tal fato pode sugerir que o treinamento aplicado está associado a uma menor propensão a lesão. Nível de evidência: IV. Tipo de estudo: Estudos terapêuticos, série de casos.
O futebol é caracterizado como um esporte de invasão que envolve duas equipes com o objetivo de fazer um gol para vencer. Objetivo: analisar o método de pontuação no desempenho físico, técnico e tático durante jogos de futebol em espaços reduzidos (SSGs). Métodos: Uma revisão sistemática baseada nas recomendações do PRISMA foi realizada em três bases de dados (Medline (Pubmed), Scopus e Web of Science) usando os termos ("pequenos jogos" [Título/Resumo]) AND ("futebol" [Título - lo/Resumo]) OU ("futebol" [Título/Resumo])]) e ("pontuação" [Título/Resumo]). Estudos transversais que analisaram o número de SSGs, posicionamento e tamanho do alvo foram incluídos. Resultados: Inicialmente foram selecionados 825 artigos com base na busca estabelecida. Destes, 120 foram excluídos automaticamente como duplicados e outros 65 foram identificados manualmente como duplicatas adicionais. Na fase de leitura dos títulos e resumos, foram excluídos 618 artigos. Posteriormente, durante a fase de leitura completa, foram excluídos mais 10 artigos. No entanto, 4 artigos da base de dados do Google Acadêmico foram inseridos manualmente devido à sua relevância temática. Como resultado, um total de 12 estudos foram incluídos nesta revisão. Conclusão: o número de gols na zona de pontuação (SZ) em SSGs parece influenciar a carga de treinamento. SSGs com 1 gol e SZ reduzido exigem mais esforço físico em comparação com SSGs com 2 gols (2G) e 3 gols (3G). SSGs com mais objetivos exigem maior desempenho tático. Portanto, os treinadores devem usar diferentes formatos de SSGs, SZ ou estratégias de pontuação, dependendo do objetivo da sessão de treinamento.
Palavras-chave: futebol, esportes coletivos, método de pontuação, treinamento.
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