Resumo: Neste trabalho, analisamos o funcionamento discursivo de um caso de violência verbal praticada no Congresso brasileiro, que envolveu os deputados Jair Bolsonaro (até então PSL-RJ) e Maria do Rosário (PT-RS), em sessão plenária da Câmara dos Deputados que prestou homenagem ao Dia Internacional do Direitos Humanos, em 2014. O corpus é constituído de matérias jornalísticas que tratam do evento. Na análise, mobilizamos referencial teórico-metodológico da Análise de Discurso, para identificar efeitos-sentido produzidos na relação entre o discurso político e o discurso jurídico na prática da violência verbal na esfera pública. Os resultados indicaram que, no entrecruzamento de uma atualidade e de uma memória, há uma tensão de efeitos-sentido que estruturam e reestruturam a violência verbal de acordo com posições discursivas diferentes em diferentes lugares sociais que ora produzem, tais como o efeito de dano moral e de quebra de decoro parlamentar, de um lado; e o efeito de um franco falar, permitido pelo exercício da liberdade de expressão e de uso da imunidade da função pública, de outro lado. Palavras-Chave: violência verbal; análise de discurso; discurso político; discurso jurídico; mídia.
Resumo: O presente artigo objetiva refletir sobre as subjetividades contemporâneas que se dão a ver na/pela mídia e na/pela cidade no que tange ao controle das representações do corpo e dos usos da língua. À luz dos postulados de Michel Foucault, principalmente àqueles que concernem sobre as condições históricas de possibilidades pelas quais passaram as sociedades de soberania para as disciplinares e, por últimas, as sociedades de controle, incidiremos nossa discussão sobre o funcionamento e a circulação midiática de discursos do -bem falar‖ e do bem escrever; discursos sobre a beleza, boa forma e bem-estar, aos quais relacionaremos com as práticas e os discursos urbanísticos que produzem também suas formas de controle, a fim de delinear um esboço do movimento de gestão social que descarta e agrega, privilegia e segrega, quando se trata de língua, de corpo e de cidade. Articularemos ainda às nossas discussões algumas passagens do texto -Delimitações, inversões, deslocamentos‖, de Michel Pêcheux, que abordam algumas questões sobre a injunção entre o ver e o dizer e a forma como se aliam os projetos urbanos e as políticas linguísticas de algumas sociedades. Assim, as três dimensões tratadas neste trabalho -corpo, língua e espaço -são tomadas como materialidade simbólica para entender a própria constituição -humana‖ do homem, da sua subjetividade e de sua cidadania. Palavras-chave: Língua; Discurso; Corpo; Cidade. Abstract:This article aims to reflect on contemporary subjectivities that are given to do in / by the media and in / around town regarding the control of representations of body and language usage. According to the postulates of Michel Foucault, especially those that concern about the historical conditions of possibility regarding the shift of sovereign societies to disciplinary societies and societies of control, we will emphasize our discussion on the functioning and the media circulation of discourses concerning the ability to speak and write well; discourses about beauty, fitness and wellness, which will relate to the practices and the urban discourse which also produce their forms of control in order to delineate an outline of social management movement that rules and adds, privileges and segregates, when it comes to language, body and city. We will also add to our discussions some passages of the text "Delimitações, inversões, deslocamentos" written by Michel Pêcheux that address some questions about the injunction between seeing and saying and the way they combine the urban projects and language policies of some societies . Thus the three dimensions considered in this work -body language and space -are taken as symbolic materiality to understand the"human" constitution of man, of his subjectivity and citizenship.
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